"São as coisas que mais amamos que nós destrói" -Jogos Vorazes A esperança Part I
Stratford/Canada
13:25 PM
Jennifer P.O.V
Uma semana, uma semana insuportavelmente horrível se passou. Era horrível ter que encarar Justin nas horas que -por acaso- nos encontrávamos. Eu evitava sair do quarto as vezes quando ele estava por lá, o que era difícil já que nessa semana (eu não sei o que aconteceu) ele não foi trabalhar. As vezes eu era obrigada a sair do quarto e ir dar comida pros meus filhos e dar atenção pra eles já que eu nunca mais tinha feito isso.
Não, a garota ladrona de amigos e maridos não apareceu em nem um momento mas Justin saiu algumas vezes e aposto que foi pra ver a vadia.
Eu estava bem, ou estava aparentando estar bem, mas o que me incomodava no momento era o fato de Liv ter ficado fria nesses últimos dias. Ela tinha reclamado sobre ter feito uma amizade e ter que abandonar, já que ela nunca fez uma amizade de verdade. Ela ignorava Justin e evitava ficar no mesmo lugar que ele, até parecia um verdadeiro desconhecido. As vezes eu pegava ela olhando Justin e Math do outro lado da sala e ela permanecia quieta e as vezes sorria fraco pra mim. Eu não queria ter que acreditar que tudo isso que aconteceu comigo e com Justin tinha afetado a personalidade de Liv, eu queria me recusar a acreditar que Olivia tinha se tornado uma garota fria.
Que isso Jennifer, ela era apenas uma criança.
Eu organizava a mala de roupas de Math e colocava alguns pertences, hoje mesmo nós iriamos partir. Eu já tinha providenciado todas as coisas para Nova York, sim, nosso próximo destino. Eu tinha passado todas as coisas do atelie para NY, e ainda estava de olho em um espaço grande a venda em Nova York. Eu tinha alugado um flet mas que logo estaria com uma casa cuidando dos meus filhos.
Abri uma outra mala e coloquei todas as coisas de Math ali dentro, doía muito fazer isso mas eu prometi não deixar mais nenhuma lágrima saltar.
Ouvi a porta do quarto de Math abrir e olhei de relance vendo Justin ali. Virei a cabeça pra frente colocando as coisas ali dentro.
-Você não precisa ir Jennifer.
-Não fala comigo, por favor! -Disse firme.
-Eu não quero ter que ficar longe dos meus filhos... de você!
-Cara qual é a sua? -Levantei por completo parando de frente com ele- Uma hora você está terminando comigo porque se apaixonou por outra e na outra ta dizendo que não quer estar longe de mim, qual é a sua? você está querendo mexer com alguma coisa?
-Eu só quero ficar perto de você. -Ele disse tremendo a voz.
-Isso é ridículo, você é um ridículo. Eu nem sei porquê eu ainda te respondo.
Dei-lhe as costas pegando as malas de Math e saindo porta a fora. Coloquei as malas perto do quarto de Liv e entrei em seu quarto. Vi ela com dificuldades pra dobrar algumas coisas e cheguei perto dela.
-Meu anjo... quer ajuda?
-NÃO, EU NÃO PRECISO DA SUA AJUDA. -Ela gritou me assustando.
-Liv...
-Desculpa mamãe... -Ela abaixou a cabeça- Me desculpe mas eu não queria ter que ir... não queria ter que abandonar Sarah.
-Eu entendo meu amor, mas eu só quero...
-Eu sei, mãe... Eu sei que você também precisa ficar longe desse monstro. -Ela disse com os olhos marejados.
-Que monstro, filha?
-Justin.
-Ele é seu pai.
-Ele escolheu a vadia da Julia, então ele não é mais meu pai.
-Filha... Você não pode falar vadia, ta escutando e ele é seu pai. Sim? -Ela assentiu.
-Você mesmo disse que ela é uma vadia mamãe. -Ela riu leve.
-Eu estava brava. -Dei uma risadinha.
-Você está bem? Eu nunca vou querer passar por isso ai.
-Isso ai é fácil suportar quando eu já passei por tanta coisa. -Passei meu dedo na ponta do nariz dela e ela riu. -Filha, só de ver você sorrir eu me sinto mais do que bem.
-Eu te amo, ta? Eu nunca vou amar ninguém igual te amo.
-Eu também te amo meu amor. -Abracei ela.
Ajudei ela a arrumar as malas e colocar seus pertences. Ajudei ela a escolher a roupa e arrumar seu cabelo já que ela fez questão disso. Fomos pro meu quarto e ela me ajudou a escolher uma roupa (uma calça jeans justa, um salto alto preto e uma blusa jogada de lado). Me vesti e desci com minhas malas e de Liv, quando chegamos na sala demos de cara com Pattie que me olhava como se não estivesse entendo.
E bom, ela não entendia... Porque ela não sabia.
Essa era a parte mais difícil.
E bom, ela não entendia... Porque ela não sabia.
Essa era a parte mais difícil.
-Jennifer, por que essas malas?
-Pattie...
-Ai meu Deus... O que ta acontecendo?
-Eu e a Jennifer nos separamos mãe.
Justin disse surgindo da cozinha com um copo de água na mão. Ele me olhava com o maxilar travado e Pattie nos olhava aflita e bom eu estava... Bem relaxada, até demais.
-Como assim? -Ela me olhava.
-Bom, seu filho me trocou por uma garotinha. -Disse sorrindo forçado
Peguei Math do colo de Pattie e ela olhava pra Justin com uma cara de quem queria chorar e que não queria acreditar que o filho tinha feito aquilo. Justin olhava pra mim como se quisesse enterrar a cara em algum lugar. Tirei uma roupa da mala de Math e o troquei ali mesmo.
-Por que você fez isso? -Ela perguntou a Justin pela primeira vez.
-Mãe...
-Mãe? Que eu me lembre esse não foi o ensinamento que eu dei pra você Justin.
-Mãe, eu pedi pra ela ficar mas ela não quis.
-Que tipo de mulher no mundo ficaria na casa do marido depois dele ter terminado com ela? Eu faria o mesmo Justin.
Olhei pra Justin sorrindo vitoriosa e penteei o cabelo de Math que sorriu pra mim e eu lhe dei um beijo. Liv desceu usando um par de botas pretas, cabelos enrolados e blusa de manga comprida junto de uma calça.
-Nós já vamos mamãe? -Ela disse direcionando o olhar pra mim.
-Sim querida. -Sorri.
Arrumei as coisas de Math e subi indo pegar minhas malas. Mas antes liguei para um táxi que já estava a caminho. Desci as escadas e olhava para Justin que me observava descer como se estivesse recebendo um tapa bem dado na cara. Puxei minhas malas e coloquei no canto pegando algumas coisas minhas da sala.
-Eu venho buscar o resto. -Disse sem olhar pra sua cara.
-Jennifer... -Ele tentou segurar meu braço.
-NÃO TOCA EM MIM!
Ele engoliu seco e se afastou um passo pra trás. Ajeitei a roupa de Liv e sorri pra ela que sorriu pra mim como se estivesse prestes a chorar... Oh filha, eu também estou.
-Podemos passar na casa da tia Carla primeiro?
-Sim... Mas você desce sozinha, sim?
-Certo. Eu posso ver a Sarah antes também e o Victor? Não tive tempo de me despedir.
-Quem é Victor?
-Um garoto...
-Hum... -Sorri e ela me deu um tapa leve.
-Que papo é esse Liv? -Justin disse bravo.
-Vai demorar muito mamãe? -Ela disse ignorando Justin.
-Mamã... -Math resmungou e eu abri um sorriso. Oh céus era a sua primeira palavra.
-MEU BEBÊ.
Gritei feliz. Peguei o celular e coloquei na câmera.
-Diz de novo... vai filho? -Ele negou e eu fiz biquinho- Tudo bem, outro dia.
Olhei pra Justin de relance e ele olhava aquilo com os olhos cheios de lágrimas. Sorri.
-Vamos filha, se despeça do seu pai e da vovó!
-Que pai? Eu não tenho pai!
Liv disse e Justin abriu a boca deixando uma lágrima cair. Ela sorriu cínica e foi até a sua vó que começou a chorar. Math engatinhou até Pattie que o abraçou. Justin me olhava e abria a boca algumas vezes mais nenhum som saia.
-Por favor fique. -Pattie e implorava
-Eu não posso. -Sorri.
-Eu não quero ter que ficar longe das crianças.
-E nem precisa, você pode visitar eles sempre que puder.
-Não vai ser a mesma coisa. -Ela abaixou a cabeça e colocou Math no chão.- Você é a garota mais forte que eu vi. Como palavra de mãe eu sei que ninguém vai conseguir aguentar esse garoto -Apontou pra Justin.-Tanto tempo como você aguentou. -Ela secou uma lágrima. -Vá mas saiba que eu estarei orando por você, orando pra que você encontre um homem de verdade e que te ame mais que tudo a ponto de nunca te deixar.
Ela disse duas lágrimas saltaram. A ficha estava caindo agora, Justin tinha desistido de mim. Ele me deixou, ele prometeu e agora estava me trocando... Céus.... Ele não me aguentou.
-Você é uma garota que vale ouro Jennifer, mesmo com tudo isso que esta acontecendo com você, você não deixou ninguém te derrubar porque é isso que garotas fortes fazem, e você é uma delas. -Ela segurou meu braço. -Eu te amo independente de tudo e nunca a deixaria como todos fizeram, eu te tenho como filha e você sabe. -Ela disse e eu assenti sorrindo fraco- Aqueles tempos em Londres que passamos juntas me fez raciocinar que você é o tipo de mulher que eu sempre quis pra casar com meu filho, mas por uma burrada ele esta te deixando. Ele irá se arrepender. Me prometa Jenn..
-O quê? -Disse soluçando.
-Você encontrará alguém que te ame de verdade e se entregará pra essa pessoa sem medo de sofrer de novo. Promete? -Ela disse e eu assenti- Eu não quero que isso que ele esta fazendo afete seus sentimentos. Você merece felicidade, então me promete?
-Eu te prometo! -Abracei ela- Obrigada por tudo que fez por mim Pattie -A soltei- e o que ainda faz. -Sorri.
Justin olhava aquilo com várias lágrimas caindo. Ele estava escorado na parede com uma feição de arrependimento. Ouvi uma buzina tocar e sorri para Pattie que me abraçou e em seguida abraçou as crianças. Justin foi até Math e o abraçou mas quando foi abraçar Liv ela saiu pela porta.
-Jenn você foi e é uma mulher incrível e uma esposa também. -Ele disse pela primeira vez.
-Eu sei! -Disse assustando ele por ter sido modesta- Você que nunca foi um bom marido.
Ele me olhou com a boca aberta e Pattie levou algumas malas e levou Liv e Math junto dela. Passei por Justin e quando ia sair da casa ele segurou meu braço e veio me abraçar mas eu o empurrei.
-Me deixa passar e ir viver minha vida, me divertir e conhecer pessoas novas. Se você acha que você estragou minha vida por causa que me deixou saiba que não Justin. Eu te amo de verdade como nunca amei ninguém mas você era mentira, você era tudo fogo. Você nunca me amou de verdade. Mas quer saber? Você acha que ta doendo tanto assim? Não está porque eu escondi esse amor a sete chaves e nem parece que eu sinto mas eu sei que sinto, porém foda-se você nem é tudo isso Justin Bieber.
Peguei as malas e passei por ele batendo em seu ombro saindo da casa. Eu não estava acreditando que eu disse aquilo pra Justin sem chorar ou sem gaguejar. Eu me considerava uma garota forte. Eu era uma garota forte e ainda sou.
Stratford/Canada
14:10 PM
Justin P.O.V
Eu me sentia um babaca. Assim que ela saiu por aquela porta se encontrava um Justin chutando tudo que encontrava pela frente. EU A PERDI, EU PERDI A MULHER DA MINHA VIDA. Meu nome não deveria ser Justin Bieber e sim Justin Burro Bieber.
Quando ela desceu por aquelas escadas foi como se eu estivesse levando um tapa na cara. Ela era tudo de bom, era uma mulher e tanto, com um corpo maravilhoso, linda e a mulher da minha vida... a unica coisa que eu conseguia sentir era uma voz falando no meu ouvido "ainda tem tempo, não a deixe partir" e eu queria poder fazer alguma coisa mas eu estava sem reação. Eu não sabia o que fazer.
E quando ela passou por aquela porta foi a confirmação que eu tinha perdido Jennifer para sempre.
Stratford/Canada
14:28 PM
Jennifer P.O.V
Pedi para o taxista que parasse na casa de Carla. Liv desceu e alguns segundos vi Carla saindo dali, meus olhos encheram de lágrimas. Liv falou algo e apontou para o carro e Carla olhou, ela abraçou Liv e Ryan saiu e Liv falou algo que ele também a abraçou. Carla falou algo para Ryan e pegou Liv no colo vindo até o carro.
-Jennifer... -Carla falou.
-Sim?
-Você está indo embora?
-Ta bem na cara né?
-Jenni...
-Não Carla, agora você vai me escutar. -Disse saindo do taxi. -Você está se achando porque esta casada com Ryan e deve até ta rindo da minha cara com aquela Julia não é? -Ela negou- Magina! Você deveria agradecer a mim que te empurrei pra cima de Ryan porque se não você estaria sem ninguém até agora. Eu te ajudei Carla, te dei trabalho, te acolhi e tudo que você fez foi me apunhalar pelas costas quando eu mais precisei de ajuda.
-Você deixou de ir na minha despedida.
-Você deixou de fazer tanta coisa por mim pra ficar com Ryan, e eu nunca reclamei. Você colocou uma garota que você nem conhecia direito no meu lugar, ela ainda roubou meus amigos e meu marido. Tem noção do ódio que eu to sentindo agora? Mas tudo bem Carla é assim que a gente vê como as pessoas são. E se vocês acha que depois de fazer tudo isso pra mim eu vou ficar quieta você estão enganados, porque eu vou superar e vocês vão comer na minha mão. Brincaram comigo achando que só porque aparento ser uma menina bobinha eu vou ficar chorando pelos cantos não é? Mas você esta enganada, eu cresci Carla! Eu sou uma mulher agora. Agora se você me da licença eu tenho um voo para pegar.
Ela me olhava boquiaberta e com algumas lágrimas em seu rosto. Entrei no Taxi e fechei a porta mandando ele ir em direção a casa de Elizabeth, mãe da tal Sarah. Eu tinha descoberto a casa delas pela escola que me passou informação.
Chegamos na casa da amiguinha de Liv e ela foi correndo abraça-lá elas conversaram uns minutos e as duas foram até a casa vizinha que era o tal do Victor. Era um garotinho lindo. Ele deu um abraço em Liv e sua mãe olhava pra mim com uma feição tristonha. Victor deu um rápido selinho em Liv que me deixou de boca aberta mas resolvi não falar nada já que Liv estava um pimentão... Céus, crianças...
-Eu vou comprar um tablet pra você e vocês podem conversar sempre. O que acha?
-Você compra também tia Elizabeth e tia Lo?
-Claro meu anjo.
-Vou comprar sim. -A mãe de Victor disse.
Peguei o telefone das duas e em seguida fomos para o taxi vendo Liv se despedir da amiguinha que lhe deu uma pulseira. Ela sentou no carro engolindo o choro me olhando apertando a pulseira sobre o coração.
Chegamos no aeroporto e passamos por aquele monte de burocracias até a nossa entrada no avião. Olhei pra trás observando o aeroporto pequeno de Stratford e respirei fundo.
-Eu espero nunca mais ter que voltar pra esse lugar. -Disse baixinho a mim mesmo.
Dei a mão pra Liv e segurei Math firme em meu colo. Eu estava indo, mas eu estava indo de cabeça levantada e sem chorar diferente de como tinha ido pra Londres. Eu esperava reconstruir a minha vida e achar alguém que mudasse a minha vida e me amasse de verdade. Alguém que cuidasse de mim e não desistisse de mim.
Eu iria mudar com todos aqueles que um dia brincaram comigo, eu não ia deixar isso quieto. Eu daria a volta por cima e faria todos ver que eu não era mais aquela garota bobona.
Estava doendo ter perdido ele para outra, mas eu não podia fazer nada a não ser mostrar pra Justin o que ele perdeu, e eu faria isso.
Sorri comigo mesma assim que pisei o pé no avião. Garotas crescidas não chora e eu era uma garota crescida. Eu ia embora deixando tudo e todos e essa droga de amor.
...
Continua
Jennifer sambando de salto agulha na Carla e no Justin :)
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