13/05/2015

Drug Of Love -91- As If For The First Time


Canada/Stratford
10:12 AM
Jennifer P.O.V

Eu estava aflita, não sabia o que fazer. Não sabia nem como reagir, feliz ou triste? Nem eu mesma sabia dos meus próprios sentimentos, estavam tudo misturado.

Dois filhos. Mais duas crianças correndo pela carra, a responsabilidade que eu teria que ter agora tem que vir em dobro, o que eu achava que tinha totalmente tudo sob-controle eu não tinha mais, eu não tinha mais droga nenhuma sob-controle.

Como eu iria me virar com duas crianças? Duas crianças para mamarem, duas crianças pra cuidarem, duas crianças chorando no meu ouvido, duas crianças me acordando a noite. Por que eu só conseguia pensar no lado ruim da coisa? Eu simplesmente não queria carregar mais dois filhos, eu não queria minha barriga pesando pra caralho, não queria mais saber de enjoo... Eu estava pasma com tudo isso.

Eu tinha minha cabeça em minhas mãos enquanto a mesma permanecia abaixada. Justin estava deitado na maca da Dra.Julie e ela disse que era normal, muitos pais tinham tido a mesma reação... Ele estava assustado. Como ele reagiria quando acordasse? Eu precisava que pelo menos ele gostasse da noticia. 

Eu já conseguia imaginar aquele monte de gente tentando enfiar coisas na minha cabeça e de Justin, só conseguia imaginar a feição do meu pai de assustado. Um tudo bem... Só que mais um? Não tinha necessidades disso. Eu estou prestes a fazer vinte e dois anos e estou com quatro filhos.

Eu sentia vergonha de mim mesma por todas essas irresponsabilidade.

Justin começou a se mexer e abriu os olhos por alguns minutos, fiquei em silêncio e percebi que a Dra.Julie sabia que precisaríamos de um tempo. Justin olhou pra mim e fechou os olhos, percebendo que nada daquilo tinha sido um sonho.

-A gente ta fodido. -Ele resmungou de olhos fechados.
-Eu sei que estamos.
-Vinte e três anos Jennifer, tenho vinte e três anos e tenho quatro filhos. Eu não queria isso pra mim... Eu só queria...
-Ser um jovem normal, tudo bem, eu entendo! -Disse bufando.
-E o que fode mais ainda é que a gente ta separado, como a gente vai cuidar dessas crianças Jennifer? Nossos pais vão nos matar.

As suas palavras pareciam quando ele descobriu da gravidez de Liv, elas não eram necessariamente as mesmas mas era o mesmo significado. Decidi ficar em silêncio. Como eu responderia uma coisa que nem eu mesma sei responder? 

Justin se levantou da cama e sem dizer nada ele saiu da sala, o segui e me despedi da Dra.Julie quando a vi no corredor conversando com uma médica. Entrei no carro de Justin e ele começou a dirigir, encostei a cabeça no vidro e comecei a repensar o que séria a minha vida.

Eu estava eternamente fodida. 

Justin me deixou na casa da minha mãe e eu decidi não falar nada, sabia que ele queria um tempo pra raciocinar as coisas e eu também queria. Desci do carro sem me despedir e toquei a campainha da casa de mamãe. Quando ela atendeu eu a abracei e comecei a chorar.

-Filha, o que foi? O que aconteceu? -Perguntou preocupada.
-O papai já foi trabalhar? -Ela negou- Mãe, eu preciso conversar com você dois.
-Ok, ele está tomando café. Venha. -Ela pediu estranhando tudo.

Mamãe me guiou até a cozinha e eu sentei na cadeira a frente do meu pai. Ele levantou o olhar pra mim e ficou me encarando como ponto de interrogação. Abaixei a cabeça tentando tomar coragem pra mim contar tudo pra ele.

-Pai, mãe... -Chamei e eles me olharam- Eu preciso contar uma coisa pra vocês. Prometam que não vão surtar e nem brigar comigo. -Pedi como uma adolescente, com medo dois pais.
-O bebê está bem? -Papai perguntou preocupado. 
-Sim, pai ele está bem... Na verdade.. -Respirei fundo e fechei os olhos- Eles estão bem.

Escutei um talher caindo no prato e abri meus olhos, fixei o olhar em papai e ele me encarava sem expressão alguma. Eu não sabia que ele reação ele teria mas algo me dizia que não era muito boa. Olhei pra mamãe e ela estava com os olhos arregalados me olhando assustada.

-Pai... 
-Como assim dois, Jennifer? -Disse alterando o tom de voz.
-Pai, eu também fiquei assustada.
-COMO ASSIM DOIS, JENNIFER? -Ele gritou bravo se levantando- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ E JUSTIN PODEM TER SIDO TÃO IRRESPONSÁVEIS A ESSE PONTO. CARALHO JENNIFER, OLHA SÓ PRA VOCÊ! VOCÊ TEM VINTE E DOIS ANOS E VAI TER O QUARTO FILHO, ACHA QUE ISSO SEJA MOTIVO PRA MIM SE ORGULHAR DE VOCÊ? -Ele disse e eu abaixei o olhar- EU AMO LIV E MATH SÓ QUE MAIS DOIS FILHOS É DEMAIS, NÃO ACHA? Eu fico me perguntando onde foi que eu errei com você. -Disse e respirou fundo- Eu te dei tudo Jennifer, todas as coisas que você precisava e tudo que você me deu em troca foi se casando com aquele moleque, foi engravidando três vezes dele, apanhando mil vezes dele. Eu aguentei tudo Jennifer calado Jennifer mas chega uma hora que a gente cansa. Você me disse esses dias que tinha dinheiro o suficiente pra cuidar de um filho, você disse que tinha responsabilidade o suficiente pra cuidar dessa criança! Mas agora me diz Jennifer, você tem o dinheiro em dobro? Nem uma casa em Stratford você tem, como acha que vai conseguir cuidar dessa criança? Vai ficar aqui, de baixo do teto dos seus pais? -Ele perguntou me encarando, abaixei o olhar- OLHA PRA MIM QUANDO EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ. -Ele disse e eu olhei, as lágrimas já escorriam livremente pelo meu rosto- Eu só queria que você tivesse um pingo de responsabilidade. 
-CHEGA JARED. -Mamãe gritou assustada- Você não precisa dizer todas essas coisas pra ela.
-EU JÁ ESTAVA ASSUSTADA, MUITO OBRIGADA MESMO POR ME DEIXAR MAIS AINDA. EU VIM CORRENDO PRA CÁ PORQUE ACHEI QUE VOCÊS ME AJUDARIAM A TIRAR ESSE MEDO DE MIM E ME ENCORAJARIAM MAS EU ERREI PORQUE TUDO O QUE VOCÊ FEZ FOI ME JULGAR. EU SEI QUE ERREI EM TER ENGRAVIDADO MAS EU NÃO PEDI MAIS UM FILHO, OK? EU NÃO PEDI PRA TER GÊMEOS. E pode deixar Jared, se o problema é eu ficar na sua casa você deveria ter dito antes, porque eu saía daqui. -Disse entre dentes.

Sai rapidamente da cozinha e fui correndo pro meu quarto, bati a porta e tranquei a mesma. Comecei a chorar sentindo as lágrimas escorrem por meu rosto. Eu tinha muito mais medo do que iria acontecer daqui pra frente, eu sabia que não podia mais ficar nem um dia na casa de meus pais, muito menos ficar aqui com as com as crianças. Pra onde eu ia? Não queria simplesmente ir pra NY, mas também não queria ter que ficar mais aqui só arcando despesas pros meus pais enquanto eles se sentiam incomodados.

Me levantei da cama e peguei minha mala, comecei a colocar as coisas dentro da mesma. Escutei batidinhas na porta e olhei pra mesma, as batidas soaram mais uma vez e eu abri a porta vendo Jared. Eu não sentia raiva dele muito menos estava chateada com ele, ele tinha total razão de falar todas aquelas coisas porque apesar de tudo ele continua sendo meu pai.

-Oi... -Disse e caminhei até as malas novamente- Eu já estou arrumando as coisas.
-Jennifer, eu não falei que queria você fora daqui, eu gosto de ter você aqui. Eu falei aquelas coisas que porque eu estava nervoso.
-Tudo bem, eu entendo. Não quero continuar sendo um peso pros dois.
-Você nunca é um peso pra nós dois.
-Pai, tudo bem. Eu vou embora!
-Jennifer! -Ele me chamou e encarou o mesmo- Eu tenho sim orgulho de você, desculpa ter tido todas aquelas coisas. Você realmente não merecia, eu só fiquei um pouco nervoso. Não é fácil pra mim ver minha filha, aquele bebê que eu segurei nos braços, que eu tentava proteger de todos, não é fácil ver minha filha que muitas vezes eu dei mama, que eu troquei fralda grávida de gêmeos. Você é mãe, sabe do que eu estou falando.
-Eu entendo pai. Não é fácil pra mim também ver a Olivia crescendo tanto assim, ta tudo bem. Eu não vou mais me sentir bem aqui, agora me sinto um peso pros dois.
-Fica...
-Eu vou ver se Justin me deixa ficar na casa dele.
-Não Jennifer, quero que fique aqui. Não quero que vá morar na casa de Justin enquanto vocês não se ajeitarem, quando vocês decidirem se realmente querem ficar juntos você vai. E não ousa me desobedecer, você ainda tem vinte e um anos e eu ainda sou seu pai. -Ele disse me fazendo sorrir de maneira carinhosa.

♀♀

-Jennifer? Oi amiga, o que ta fazendo aqui?
-Isso é maneira de falar com visitas Carla? -Disse e ela gargalhou.

Tinha ido na casa de Carla, queria contar pra ela a novidade, já que de noite eu e Justin iriamos na casas dos pais dele contar. Sabia que Pattie ficaria feliz e assustada, assim como minha mãe. Mas também sabia que Jeremy nos daria uma lição de moral e diria mil coisas pra nós dois.

-Carla, eu fui hoje de manhã no ultrassom.
-E ai, o Cameron ta bem? -Ele disse e eu sorri.
-Ele tá ótimo. Na verdade eles estão ótimos, eu estou grávida de gêmeos. -Disse e ela arregalou os olhos.
-Gêmeos? PUTA QUE PARIU! COMO ASSIM GÊMEOS? VOCÊ É LOUCA?! -Disse e sorriu- PUTA QUE PARIU SÃO DOIS.
-Para de gritar como se fosse a melhor coisa, eu estou muito assustada.
-Assustada por quê?
-Cala como eu vou cuidar dessas duas crianças sozinhas? Como eu vou fazer com a minha vida se nem uma casa só pra mim eu tenho? -Disse e senti algumas lágrimas escorrem.
-Jennifer, se você está grávida de gêmeos é porque Deus quis assim, você já ouviu o ditado que Deus escreve o certo por linhas tortas? Esse é o seu certo. Sabe por que da tudo errado na sua vida? É porque você é muito pessimista. Você só vê as coisas erradas da vida. Jennifer, olha o quanto isso é bom. Quatro filhos, sei que no começo as coisas são complicadas, você vai ter que cuidar de duas crianças, limpar as duas, dar educação pra duas, ensinar pra duas mas imagina quando eles crescerem? Jennifer, imagina! Sabe o bom de ter muito filho? É que vocês Biebers vão fazer história, você e o Justin são filhos únicos e tem mesmo é que dar um monte de neto pros seus pais. Eles brigam no começo? Brigam! Mas depois eles ficam paparicando mais que tudo. Filhos são benção Jennifer, filhos são as coisas mais importantes na nossa vida. Eu mesma quero ter seis filhos, não é questão de ser exagerada mas eu fico louca de ansiedade só de imaginar aquele monte de criança correndo pra casa, me fazendo feliz. Depois eles vão crescer, darem netos pra você! Isso não é bom? Você pode ficar com medo a gravidez toda, ficar triste a gravidez toda mas eu tenho certeza que esse medo irá passar quando você ver o rostinho dessa criança.
-Obrigada por me dar esse apoio Carla, obrigada por ser minha amiga. Eu estava tão aflita sem saber o que fazer, mas agora me sinto um pouco mais aliviada, vou me sentir ainda mais quando todo mundo saber que são gêmeos. Não quero ninguém me julgando e falando que eu sou uma mãe solteira grávida de gêmeos! -Disse bufando e ela riu.
-E mesmo se falarem, cada um tem que cuidar da sua própria vida! A vida é sua e quem cria, cuida, paga as contas são você e não essas pessoas. Se você for parar pra escutar a opinião de todo o mundo você nunca vai ser feliz. -Disse e eu assenti.- Agora vem, vamos assistir um filme e comer mil besteiras porque a gente tá grávida e merecemos. 

Carla estava linda com a barriga grande, não estava totalmente grande tipo enorme. Ela estava com quatro meses, quase cinco e só começaria a aparecer no fim do quinto mês. Carla e eu preparamos um monte de coisa doce pra gente comer e mais tarde chegou Lissa que embarcou na conversa.

-Como ta você e o Chris? -Perguntou Carla.
-Estamos estranhos um com o outro. -Disse e respirou fundo- Ele já tentou fazer mil coisas pra gente voltar ao normal mas eu não consigo ficar normal com ele depois de todas aquelas coisas que eu ouvi dele.
-Orgulho. -Resmunguei e ela assentiu.
-Orgulho ferido, muito ferido.
-Vocês fizeram sexo? -Perguntei na cara de pau e ela corou, Carla começou a rir que nem hiena. 
-Não, depois daquele dia. Eu não fiz sexo com ele porque não gosto de fazer algo sem compromisso, ele não quer ter filhos? Ótimo, então a gente só fica nos beijos até ele achar alguém que seja da mesma laia que ele e eu encontre alguém que queira casar comigo.
-Ele não falou mais nada de filhos?
-Nada. Eu também cansei de implorar! Ele não quer ter filhos? Ótimo, não vou forçar mas isso não quer dizer que eu tenha que continuar fazendo sexo com ele.
-Você tem uma visão diferente... -Disse estranhando.
-Sim Jennifer, sempre fui muito religiosa. Eu sou da igreja e ia todos os domingos, seguia o mandamento de Deus! Até queria seguir o de casar virgem e ter filhos mas eu conheci Chris e vi que estava na hora e que eu tinha que fazer, me senti segura com ele e fiz. Mas o que eu não esperava era que ele não quisesse ter filhos comigo. 
-Alissa, o Chris te ama.
-Também amo ele Carla, mas eu quero ter filho, quero ter um marido. Sabe? Eu queria que Christian fosse igual o Justin e fizesse mil filhos.
-Por favor, não diga isso. Nunca mais diga que queria que Chris fosse igual o Justin. -Disse e gargalhamos.
-Ele é tão ruim assim?
-Ele é muito complicado, só eu consigo entender ele. As vezes nem mesmo eu consigo. -Disse e gargalhamos- Puta, perdi a hora. Tenho que ir pra casa me arrumar que Justin vai me buscar. To atrasadíssima. -Disse beijando Lissa e em seguida Carla- Vejo vocês amanhã. -Disse sorrindo.
-Vê sim!


Sai praticamente correndo e entrei no meu carro, dei partida. Quando cheguei em casa estacionei o mesmo e logo em seguida subi correndo. Mamãe tinha ido no shopping com a Pattie e papai estava na empresa. Olhava toda minha mala mas não achava nada que estivesse bom pra mim, eu iria pirar! Decidi ir arrumar tomar um banho e depois arrumei meu cabelo e passei uma maquiagem básica. O que eu usaria? Eu estava com muita raiva, deveria ter aceitado o convite da minha mãe e ter ido no shopping com ela. 

Escutei a porta se abrir e até achei que era meu pai, mas ele tinha ido em um jogo de basquete com uns amigos. Justin surgiu. Sorri automaticamente quando o vi. Estava chateada por ele ter dito que ele não queria pra ele quatro filhos.


-Justin, oi. -Disse sorrindo fraco.
-Jenni, oi. -Disse e se sentou na cama.
-Cadê as crianças? Elas não iriam?
-Sim, Cassy está arrumando eles. Quando estivermos indo pegamos eles em casa. -Assenti- O que você ta procurando?
-Uma roupa, eu não acho nada.
-Pega qualquer uma e ta bom. 
-Justin! Não, né? -Bufei- Eu não acho nada legal! 
-Olha coloca esse shorts e essa blusa.
-Isso é um pijama. -Disse revirando os olhos.
-Deixa eu escolher. 
-O que você entende de moda Justin? -Disse rindo.
-Ah cala a boca, olha meu swag.
-Uh, ok... Mas a estilista aqui sou eu. -Disse e ele riu.
-Foda-se.

Justin levantou e foi até minha mala, me sentei na cama e vi ele vasculhar a mala. Dei uma risada fraca. Passei a mão na barriga e automaticamente sorri. Justin puxou uma saia preta rodada de cintura alta com a barra rendada. Ele puxou uma blusa rendada jogada de lado e eu ri ao ver que ele tinha tido uma boa escolha. 

-Você usa essa blusa sem sutiã? -Disse e eu ri.
-Não Justin! Claro que não, acha que eu vou usar sem sutiã? Iria dar pra ver todo o meu peito.
-É, isso não é uma boa ideia! -Disse depois de pensar.
-Eu uso com um top branco sem alça.
-E você trouxe ele?
-Deixei ele na sua casa. -Disse fazendo uma careta.
-Eu vou ter que ir lá? -Disse e eu assenti rindo. 
-Se você quiser que eu vá nesse jantar, sim. -Justin bufou.
-Eu só vim mais cedo pra gastar meu tempo com você. Mas ta cedo ainda, daqui a pouco eu vou buscar. Ou melhor, a gente passa lá enquanto eu estiver indo pra casa dos meus pais.
-Ok, Justin. 
-Você precisa de uma massagem, você está tensa.
-A ultima mensagem... -Ele me cortou.
-Passou de uma massagem. -Disse dando um sorriso malicioso.
-Não Justin...
-Ah para vai.
-É melhor você ir buscar logo o top.
-Você é muito chata. -Disse revirando os olhos.
-Aproveita e pega meu salto branco e o cinto pra colocar na saia.
-Quer mais nada não? -Perguntou com a voz cheia de ironia. 
-Não Justin! Apenas isso. -Disse rindo e ele deu de ombros.


Justin saiu do quarto e eu me joguei na cama olhando pro meu quarto. Cheio de luzes de natal pra enfeitar, na cabeceira da cama e em volta dos enfeites, tinha uma prateleira roxa cheia de estrelas preta, que continha alguns livros, meu antigo Notebook e alguns de meus pertences, e com um globo médio colorido. Minha cama era uma coxa grossa cheia de guitarra. Na porta do meu quarto tinha um enorme poster do Adam Levine sem camiseta e na parede da minha cama era cheio de poster do Adam Levine. Típico quarto de uma adolescente revoltada, mas eu não era uma adolescente revoltada, eu era toda certinha, tirava boas notas na escola. Eu amava mais que tudo meu quarto, era lindo. Nas paredes só não tinham poster do Drake Bell porque meu pai nunca permitiu, ele falava que ele era muito feio. 

Coloquei minha saia e fiquei de sutiã com a parte de cima. Arrumei minha bolça carteira beje. Coloquei um colar com um pingente verde e uma pulseira. Escutei a porta do meu quarto abrir e Justin sorriu malicioso quando me viu de sutiã.

-Gostosa! -Disse sussurrando.
-Justin, sai. -Disse rindo. Ele cheirou meu pescoço e logo ouvi batidinhas na porta.
-Jennifer? -Disse e eu empurrei Justin.
-Oi pai.
-Quem ta ai?
-O Justin. -Disse prendendo o riso.
-Justin está ai? -Disse com uma voz mais grossa ainda.
-To' sogrão. -Disse me fazendo rir.
-O que você tá fazendo Jennifer?
-Eu to me trocando pai.
-Então Justin, sai dai agora.
-O que que tem eu ficar aqui? -Ele perguntou- Eu já vi tudo, ela já tá vestida.
-Desce, agora! -Disse grosso e em seguida escutei passos distanciarem.
-Eu não acredito que esse filme vai se repetir. -Disse fazendo uma careta- Arruma uma malinha pra você levar lá pra casa, você vai dormir lá hoje.
-Meu pai disse que eu não vou dormir na sua casa enquanto a gente não se ajeitar. -Disse rindo e Justin bufou.
-A gente arruma uma desculpa. Termina logo de se vestir, não to afim de ficar olhando pra cara do teu pai enquanto ele me xinga.
-Vai logo, Justin.

Justin saiu do quarto e eu gargalhei. Justin e Jared juntos eram uma figura, fingiam que se odiavam mas todo mundo sabia que no fundo eles se gostavam, papai só se fazia de durão. Abri a sacola e tirei o top branco, vesti o mesmo e em seguida vesti a blusa rendada. Coloquei o salto branco e organizei minha maquiagem, coloquei o cinto e arrumei meu cabelo que estava de baby-liss. 

Peguei uma sacola e coloquei um pijama e duas lingeries. Eu já tinha roupa de ficar em casa lá na casa do Justin, era o que mais tinha meu lá. Desci e vi Justin com uma cara de emburrado, quando ele me olhou ele abriu um sorriso enorme.

-Tá gostosona em. -Disse e eu gargalhei.
-Fala direito com a minha filha, seu fedelho. -Disse encarando Justin com raiva- Você está linda Jennifer, e como eu estava falando com Justin, não! Você não vai com ela.
-Mas pai...
-Jennifer não! -Ele disse e eu bufei.
-Amanhã é meu aniversario. -Disse revirando os olhos.
-Amanhã, não hoje. 
-Pai se eu não dormir na casa do Justin o Math vai ficar triste.
-Jennifer... -Disse e respirou fundo- Eu queria entender que merda você estava na cabeça quando decidiu tirar meus netos da minha filha. Eu te odeio por isso Justin, o que você fez não é uma prova de amor. Tenho certeza que você não sente nada pela Jennifer.
-Isso o senhor não pode falar, eu amo a sua filha Jared. Entendo que já errei muito com ela, mas eu não podia ficar mais longe dos meus filhos e se eu não recorresse a guarda das crianças ela iria pra longe de mim com ela.
-Não esqueça que ela só levou as crianças pra longe de você porque você trocou ela.
-Jared...
-Pai, não vamos falar sobre isso. Tudo o que eu mais queria era que você e Justin ficassem bem. 
-Eu nunca vou aprovar esse relacionamento de vocês dois, preferia o Logan. Pelo menos ele sabe como tratar uma garota, diferente desse idiota. -Olhei pra Justin e ele tinha os olhos marejados e a expressão de fúria.
-Eu já errei muito com a sua filha, sei que não deveria ter feito nada disso mas o que eu sinto por sua filha homem nenhum jamais irar amar ela. Eu duvido que Logan se jogaria na frente de um carro por ela, eu duvido que Logan levaria tiros e tiros por sua filha. 
-Isso é doentio, não é amor. -Disse e Justin ficou bem a frente dele.
-Doentio é esse seu ódio que você nutre por mim. Eu amo a sua filha, daria a minha vida por ela. Eu faria tudo por sua filha porque o que eu sinto por ela eu jamais vou sentir por mulher nenhuma. Eu sei que muitas vezes eu agi errado, briguei com ela, bati nela e até mesmo trai ela. Mas aquele não era eu, aquele era uma máscara. Eu tinha dezessete anos e eu não sabia o que eu estava fazendo, o mundo inteiro estava caindo em cima de mim e parecia que tudo desmoronaria. Eu sei que eu não mereço ela, mas ela me ama e eu amo ela o que me impede de ficar com ela? O seu ódio por mim? A sua aprovação pra mim não vale nada Jared, porque mesmo se você quiser ou não eu nunca vou me afastar da Jennifer, eu sei que deveria mas eu não vou porque eu não consigo respirar sem ela. Ficaria muito feliz se você aprovasse nós dois juntos, mas você aprovando ou não não quer dizer que eu vá me afastar dela. A gente tem uma família juntos, temos uma história desde crianças e eu nunca vou sair da vida dessa mulher. A gente nasceu juntos, feitos um para o outro! Eu amo essa mulher aqui -Disse apontando pra mim- E eu não vou deixar ela por nada.

Justin saiu de casa em disparado e de dentro de casa pude ouvir a porta do carro bater com força. Jared parecia em choque ao escutar todas as coisas que Justin tinha dito! Justin sempre foi de abaixar a cabeça pra ele mas agora acho que nem mesmo ele aguentou tudo isso e disse todas essas coisas. Dei um sorriso fraco pro meu pai com o choro entalado na garganta, beijei sua bochecha e sai de casa. Entrei no carro de Justin e ele encarava a frente.

-Não liga pro meu pai você sabe que ele... -Justin me cortou.
-Jennifer me desculpa por ter dito hoje que eu não queria pra mim quatro filhos. Eu estava um pouco nervoso, ter dois filhos de uma vez me parece tão complicado mas eu quero que você saiba que eu estarei com você apesar de tudo. Jennifer, -ele disse e me encarou- eu te amo! Você foi a melhor coisa que me aconteceu.
-Você também foi a melhor coisa que me aconteceu, Justin. -Disse e selei nossos lábios.

Depois de alguns minutos trocando caricias Justin dirigiu até sua casa, quando chegamos ele buzinou e Cassy logo apareceu com as crianças arrumadas. Liv estava com o vestido que eu tinha dado pra ela e Jaxon estava com uma roupa que eu tinha comprado recentemente pra ele em NY.


-Oi crianças. -Disse beijando a bochecha de Math e de Liv.
-Oi mamãe. -Math disse e eu sorri.
-Oi mamãe. -Liv disse e eu peguei sua mão.
-Cassy.
-Jennifer. -Disse sorrindo.
-Por que não vai com a gente?
-Vou sair com um gato, além do mais eu não me sentiria bem em um jantar de familiares. -Assenti
-Você vai voltar tarde?
-Talvez eu nem durma em casa.
-Cuidado. -Disse Justin com uma voz séria e Cassy riu, até mesmo eu ri.
-Ta bom, papai. -Disse e beijou a bochecha dele e acenou pra mim.

Justin sorriu pra mim e logo começou a dirigir em direção a casa de seus pais e quando chegamos lá ele abriu a porta pra mim sair e eu sorri achando aquilo fofo da parte dele. Ele me deu a mão e entramos na casa. Pattie quando me viu abriu um sorriso enorme e me abraçou.

-Querida, você está linda! -Disse e sorriu.
-Obrigada Pattie, você também está maravilhosa.
-Que isso. -Disse e sorriu envergonhada.
-Jennifer -Jeremy surgiu da cozinha e me abraçou- Oi pedaço de bosta.
-Oi pra você também, pai. -Justin disse irônico.
-Jeremy, já disse pra você parar de chamar o Justin assim na frente das crianças. -Disse brava- Justin, vai pra sala com a Jenni, Jazzy e Jaxon estão aí.
-Sério? -Disse sorrindo- Eu estou morta de saudades deles.

Sem dizer ou escultar mais nada eu corri em direção a sala Liv e Math correram também, parecia até que a gente estava correndo atrás de comida. Quando vi Jazzy enorme, com os cabelos lindos e seu corpo coberto com um vestido rosa rodado. Abracei ela com força e rodei ela, depois abracei Jaxon e sorri. Ele estava lindo.


-Jazzy! -Liv a abraçou com força.
-Liv, que saudades amiga. -Disse com a voz fofa e eu ri.
-Jaxon, você está enorme e muito lindo.
-Obrigada, tia.
-Jazzy, você tá muito linda. -Disse sorrindo e ela me abraçou de novo.
-Você também tá linda, tia. 
-O irmão não ganha abraço? -Justin disse entrando na sala com uma carranca.
-Desculpa, boobo. -Disse Jazzy e abraçou ele.
-Irmão.
-Homem aranha. -Disse Justin pegando Jaxon no colo- Você está enorme, até mais forte que eu.
-Estou? -Ele disse convencido e Justin assentiu- Estou tia Jenni?
-Sim meu amor, está até mais bonito que Justin. -Disse e beijei sua bochecha.
-O quê? -Justin disse me encarando- Agora pronto, minha mulher me trocando pelo meu irmão mais novo.
-Justin, deixa de ser ciumento. -Disse e ele riu.
-Eu sei que você ama apenas a mim. -Disse convencido e Jazzy riu.
-Nem se acha. Tia Jenni, é verdade que tem um bebê aqui? -Disse passando a mão na minha barriga- Outro?
-Sim meu amor.
-E você já sabe o que é? -Disse e eu neguei.
-Se for menino vai ser Cameron e se for menina vai ser Ashley. Espero que seja um casal. -Disse e Jazzy fez careta, não entendendo o que eu tinha dito.
-Ashley?
-Sim Jazzy, é bonito? Eu que escolhi. -Justin disse.
-Sim, é bonito. Tenho uma amiga chamada Ashley.
-Ashley Clark Bieber. -Justin disse sorrindo.-É tão lindo.
-Sim. -Disse com um sorriso enorme.
-Crianças, venham jantar. 


Justin pegou Math no colo e eu fiz o mesmo com Jaxon, Pattie me repreendeu com o olhar quando me viu com Jaxon no colo mas eu fingi não ver. Coloquei Jaxon sentado e um guardanapo por dentro da blusinha dele. Justin me encarava sorrindo, até parecia bobo com isso mas eu não entendi o olhar. Ajudei Math a se arrumar e Liv fez tudo sozinha, assim como Jazzy, e eu sorri olhando o quanto minha pequena tinha crescido a ponto de não precisar mais de mim pra se arrumar na mesa do jantar, parecia bobo mas eu sentia falta até disso.


-Então Justin, abandonou a empresa?
-Não pai, eu voltei pra lá. As coisas estão corridas mas eu consigo colocar tudo em ordem. -Jeremy assentiu.
-E você Jennifer? Decidiu o que vai fazer?
-Eu vou no ateliê daqui de Stratford ainda hoje. Preciso voltar a trabalhar. -Ele assentiu.
-Você tem dois atelies. -Disse e eu assenti- O que você vai fazer com o de NY?
-Vou continuar as coisas por lá, vou tentar não vender meu apartamento. Vou continuar com atelie porque ele lucra muito, minha coleção é bem conhecida em NY, e pra quem já fez um vestido pra Rihanna não pode fechar o atelie de NY.
-Você queria estar morando lá? -Ele perguntou interessado.
-As vezes sim, a cidade é maior e tem mais pontos. Eu me sentia bem lá, mas por outro lado eu gosto de Stratford por ser minha verdadeira casa e se eu voltasse pra NY eu não poderia ficar perto dos meus filhos. -Disse e Jeremy olhou pra Justin que abaixou o olhar.
-E você está morando com seus pais, né? -Assenti- Justin não te deixa ficar na casa dele? Ou melhor, na casa de vocês dois porque que eu saiba o Justin vendeu essa casa mas ela era de vocês dois e só conseguiu comprar aquela por causa do dinheiro dessa.
-Pai, eu sei disso. A casa é dela e ela pode voltar quando quiser. 
-Meu pai disse que só posso voltar pra lá quando eu e Justin nos acertamos, caso contrário eu continuaria na casa deles.
-Concordo com seu pai, não acho certo Justin ficar brincando com você.
-Eu não estou brincando com ela, pai. -Justin disse revirando os olhos. 
-Jeremy esse jantar não foi feito pra falar do relacionamento do Justin com a Jennifer e muito menos de negócios. -Ela disse rude e ele assentiu.
-O jantar está ótimo Pattie. -Disse sorrindo pra ela.
-Obrigada, querida.
-Concordo com a mamãe, está ótimo vovó. -Liv disse de maneira engraçada.
-E você meu amor, quando irá pra escola?
-Meu pai me matriculou na escola que eu ia. Volto semana que vem. A diretora brigou com o papai. -Ela disse e riu.
-O quê? -Olhei pra Justin.
-Porque a gente fica trocando Liv de escola sem parar, não podemos ficar trocando ela assim.
-Acabamos nos perdendo em tudo isso e eu nem notei. -Disse envergonhada.
-Mas agora ela não muda mais, né querida? Liv só sai de Stratford pra cursar a faculdade!
-Você quer trabalhar do que querida? -Pattie perguntou olhando Liv.
-Eu queria ser dentista, gosto de sorrisos bonitos! Principalmente o do papai e o da mamãe. -Disse e eu sorri pra ela. Nunca tinha perguntado o que ela queria ser, eu me sentia a pior mãe do mundo.
-Eu me sinto a pior mãe do mundo, estou descobrindo coisas que nem mesmo eu sabia.
-E você Math? Quer trabalhar do que?
-Bobelu, igual da Peppa. -Disse fazendo todos rirem.
-É bombeiro, querido. -Disse e ele assentiu- Como está a escola Jazzy?
-Chata, né tia? -Disse e eu ri- Eu aprendi conta de dividir, eu estou feliz.
-Eu aprendi conta de dividir na sua idade também. Eu amava matemática.
-Eu também amo.
-Eca. -Disse Liv fazendo todos rirem.
-Já Justin não gostava nem de ir a escola. -Jeremy disse me fazendo gargalhar. Justin fez uma cara feia e eu acariciei o seu rosto.
-Isso é verdade Justin, você nunca queria levantar da cama pra ir pra escola.
-Escola não é legal!
-É, não é legal. -Disse Jaxon e todos riram.
-Copia fiéis. -Sussurrei.
-E a comemoração do seu aniversario Jennifer?
-Já que Justin insistiu muito, iremos fazer uma comemoração básica amanhã, só que para os mais chegados. -Disse e Pattie assentiu.

Depois do jantar comemos a sobremesa conversando em perfeita harmonia, Jeremy já não implicava com Justin e eles se falavam normal. Justin fez um sinal pra Pattie e ela assentiu.

-Crianças! Eu, Jeremy, Justin e Jennifer iremos conversar. Brinquem aqui na sala e nada de sair ok? Não quero bagunça.
-Escutou Jazzy e Jaxon? -Jeremy disse.
-Ta, pai. -Disse e ele saiu.

Jeremy e Pattie já iam em direção ao escritório e eu sentia um frio enorme na minha barriga. Justin me olhou e respirou fundo, segurou minha mão com força e caminhamos até o escritório. Jeremy estava sentado na cadeira atrás da mesa e Pattie estava sentada na braçadeira de Jeremy, quase em seu colo. Justin apontou pra cadeira e eu me sentei, já Justin ficou encostado na parede ao meu lado.

-Então, o que vocês tem de tão importante que quiseram fazer um jantar? -Jeremy perguntou. Eu tinha medo dele, morria de medo do que ele poderia falar.
-Então pai... -Justin disse e respirou fundo- A gente não precisa que ninguém mais nos julgue por isso, a gente não pediu isso e apesar de eu estar assustado eu estou muito feliz por isso e...
-Chega Justin! -Jeremy o interrompeu- Fala logo, chega de enrolação.
-Jeremy está grávida de gêmeos. -Disse e Jeremy arregalou os olhos.

Jeremy parecia em choque, Pattie nos encarava também assustado. Parecia até um replay de quando eu tinha contado pros meus pais. Abaixei o olhar e senti Justin agarrar minhas mãos e eu senti um frio na barriga. Olhei pra Jeremy quando ele soltou um suspiro alto.

-Gêmeos? -Disse e eu assenti com medo- Vocês sabem que agora as coisas vão se complicar mais ainda, né? -Disse e eu assenti- São quatro filhos agora, atenção pra quatro filhos, criarem quatro filhos juntos e separados... Me diz como isso vai acontecer? -Disse e e o encarei- Queria saber como é que vocês vão cuidar de quatro crianças separados. 
-A gente vai dar um jeito.
-Dar um jeito? Por favor né Justin! A Jennifer dorme na sua casa, vocês dormem no mesmo quarto estando SEPARADOS e não voltam por quê? Por quê você está se divertindo com ela? Saindo com outras mulheres enquanto fica com ela? -Ele perguntou incrédulo, olhei pra Justin com medo... Não queria que fosse aquilo.
-Claro que não, pai. -Disse respirando fundo- Eu amo a Jennifer e eu estou ficando apenas com ela. A gente vai dar um jeito, vamos se ajeitar e ver o que a gente quer da nossa vida.
-Eu acho bom Justin, porque eu não to afim de ver meus netos sendo jogados de um lado pro outro.
-Isso eu garanto que não vai acontecer.
-Não vou brigar com vocês porque sei que gêmeos não foi uma coisas que vocês escolheram e apesar disso eu estou muito feliz. -Pattie disse sorrindo.
-Parabéns Justin! -Jeremy disse e abraçou Justin- Se prepara, porque agora você também vai ter que acordar de madrugada. -Disse debochado e Justin bufou.
-Obrigada Jeremy.

♀♀

Justin dirigia pra algum lugar que nem mesmo eu sabia onde era. Só sei que ele deixou as crianças na casa dos seus pais e avisou que pela manhã buscaria eles. Justin parou o carro em frente a um morro de sorriu pra mim. Respirei fundo e começamos a subir o morro, claro que eu tive que tirar os saltos.

-E se aparecer uma cobra? -Disse e ele riu.
-Amor, não tem cobra aqui. Só a minha, claro. -Disse e eu desferi um tapa em seu braço- Ai, isso é agressão. Eu vou te denunciar.
-E eu te mato. -Disse rindo- Justin, por favor. Ta chegando?
-Quer que eu te leve no colo princesa? -Disse irônico.
-Não seria má ideia. -Disse debochada.

Em um movimento rápido Justin me pegou no colo e começou a subir o morro e eu comecei a rir, achei que ele estivesse sendo irônico.

-Ta louco, Justin?
-Não vou deixar minha mulher andar de pés no chão. -Disse e eu sorri.

Justin parecia cansado mas mesmo assim não desistiu, quando chegamos ao topo do morro ele me colocou no chão. Calcei meu sapato e ele me levou até a beira do morro. Olhei pra ele e sorri maravilhada quando eu vi aquela cena, eu que achei que Stratford era tão calma nunca tinha imaginado que era cheia de luzes. Luzes vermelhas de comércios estavam acesas, era tudo muito colorido. Fora o vento gostoso que batia no rosto, era maravilhoso ficar ali. Era uma visão de tirar o folego. 

-Justin, aqui é lindo. -Ele assentiu sorrindo- Como descobriu aqui?
-Eu não descobri Jenni, muita gente vem aqui. Principalmente casais, como nós.
-Não Justin, a gente é diferente de todos os casais. -Disse e ele assentiu rindo.

Justin abraçou minha cintura e aproximou meus lábios dos deles e eu agarrei sua nuca, o beijei rapidamente e logo senti sua linguá passeando por minha boca enquanto eu sorria. Justin era maravilhoso, gostoso, era delicioso na cama e ainda beijava bem pra caramba. Ele não tem nenhum defeito na aparência, mas por dentro ele tem tantos problemas que me deixavam louca.

-Eu te amo. -Ele sussurrou.
-Eu também te amo. -Sussurrei de volta.
-É sério, eu te amo muito. 

Puxei novamente a nuca de Justin e o beijei, o beijo agora era cheio de amor. Não envolvia nenhuma malicia, a gente apenas se amava incondicionalmente. Mesmo com tantos erros, mesmo com tantos defeitos, a gente se amava a ponto de aguentar qualquer coisa um pelo outro. Quem disse que o amor não suporta tudo está mentindo. Já suportei tanta coisa por Justin e mesmo com todas as coisas que se passaram ao longo da nossa história eu nunca tirava da cabeça que precisava o deixar.

Eu o amava cada vez mais. E se eu fosse parar pra escultar as pessoas eu nunca iria ser feliz. Porque as pessoas só viam o lado ruim do que Justin tinha me feito, mas ninguém nunca parava pra ver o quanto ele me fazia feliz em momento como esse, ninguém nunca parava pra observar o quanto ele me fazia sorrir ao vê-ló tentar ser fofo pra me agradar. Justin era o oposto de mim mas muitas vezes ele deixava seu orgulho de lado pra ser o príncipe que eu sempre quis. Apesar de tudo, ele é meu príncipe vagabundo. Não era o que eu sempre quis, mas foi por quem me apaixonei.

Justin olhou no relógio e sorriu. Tirou uma coisa de seu bolço e acendeu e eu pude ver que era um fogos de artificio. Justin apontou o mesmo pro céu e logo começou os barulhos e surgiu corações em meio aos fogos de artificio.

-Feliz aniversário meu amor, eu te amo. 

...

Continua


Quero dedicar esse capitulo pra Vic que fez aniversario sexta-feira passada e para a Paula Machado que faz aniversário amanhã; Feliz aniversario meus amores, tudo de bom <3

As If For The First Time = Como Se Fosse A Primeira Vez

Queria me desculpar com você porque eu demorei. E queria pedir desculpas também por não ter mudado a localização deles que estava em NY ainda, mas eu já mudei. Me perdoem, sério! 
A fic ta acabando gente, não vai nem chegar a 100 eu acho :(
Eu amo DOL e ta doendo muito postar cada capitulo sendo que está super no final.
Mas enfim, coisas novas viram. 
Amo vocês, comentem! Beijão ♥

FAVORITEM SOBREVIVENTES QUE SERÁ MINHA PRÓXIMA FANFIC

Sobreviventes:
Ela só andava de preto e todos queriam saber a vida dela, ela demonstrava ser uma garota fria e eu queria me aproximar dela... queria poder saber sobre sua vida, mas acho que fui longe demais. Ela é fria e não esta nem ai para meus sentimentos. Embora eu sempre tenha tentado ajuda-lá ela era sempre muito ignorante comigo, ela machucava meus sentimentos apenas com palavras e ela gostava disso, ela gostava de me ver sofrendo. Eu queria construir a sua vida mas quando eu percebi que estava apaixonado por ela, foi ela quem destruiu a minha, mas no fim eu sabia que ela precisava de alguém que concertasse seu coração quebrado.


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Beijos!!!

06/05/2015

Drug Of Love -90- Are Twins



Estados Unidos/Nova York
16:25 PM
Jennifer P.O.V

Sabe quando você sente que é incapaz de fazer qualquer coisa porque o mundo inteiro está em cima de você e você não tem nem um suporte pra se apoiar? Sabe quando você sente que sua vida acabou e não tem mais pra onde correr, não tem mais quem vá te guiar? Sabe quando você sente que está abeira de um abismo e de repente alguém faz o favor de terminar com tudo e te empurrar? Sabe quando você sente que nada está dando certo pra você? Sabe quando você sente que até Deus está contra você?

Eu me sentia assim.

Eu me sentia como se tudo acabou, e na verdade foi isso o que aconteceu. Eu perdi a guarda dos meus filhos, eu não iria mais poder acordar cedo e ver o rostinho deles, eu não iria mais poder cuidar deles e dizer que eles são tudo pra mim. Eu não sabia o que fazer, eu não sabia pra onde correr e como lutar.

Minha casa era em NY e a casa dos meus filhos agora em Stratford. Como eu ficaria? Eu não tinha pra onde correr, o pequeno apartamento que eu tinha não daria nem pra comprar um comodo daqui de Stratford. Meu dinheiro estava todo contado pra mim pagar o hotel hoje e se mandar com as crianças.

Tão inocente, tão pequena pra não perceber que eu poderia perder meus filhos. E realmente eu tinha perdido.

Eu sentia um medo incontrolável, sentia medo de Justin arrumar outra pessoa e meus filhos começarem a chama-lós de mãe. Pior, imagina se eles me esquecerem? Parecia como se fosse o fim do mundo, e na verdade era.

Eu estava sentada em frente a privada e as lágrimas corriam rapidamente. Carla acariciava minha costa e na porta do banheiro estava mamãe. Eu passei muito mal na audiência depois que foi dito que tinha acabado, Justin ficou me olhando e eu não me importei com mais nada. Eu queria morrer.

Quando cheguei no hotel eu me sentei em frente a privada e coloquei tudo pra fora enquanto mamãe e Carla me ajudavam. Nada doeu mais do que ter que entregar Math no colo de Justin, ele chorou tanto pra ficar comigo. Chorou ainda mais ao ver todas as suas roupas na mala. Justin veio atrás de mim no hotel, já que eu não quis dar ouvidos pra ele na audiência, e então ele veio atrás de mim e avisou que iria semana que vem na minha casa buscar todas as coisas das crianças.

Eu odiava Justin com todas as minhas forças, parecia que todo o amor que eu sentia por ele simplesmente foi pros ares e se transformou em ódio, mas eu sabia muito bem que aquilo era temporário.


Olivia e Math é tudo pra mim, mas de repente mais me parece que eu perdi meu tudo. 



-Você precisa se acalmar. Ou essa criança vai sofrer sérias consequências.
-Eu não consigo mãe, não consigo. -Disse voltando a chorar- Eu quero os meus filhos de volta.
-Chorar não vai adiantar nada.
-E fazer alguma coisa vai? Mãe, eu perdi meus filhos na audiência, em uma audiência! Justin está com a guarda deles, eles vão me odiar pra sempre.
-Por que vão te odiar? -Ela perguntou passando a mão no meu cabelo.
-Porque eu perdi eles mãe, eu não lutei por eles.
-Você lutou sim, meu anjo! É claro que você lutou. -Ela disse respirando fundo- O Justin vai cuidar bem deles, você não precisa se afastar deles, a diferença é que vocês não vão morar na minha casa.
-É esse o problema. Mãe, como eu vou conviver sem aquelas crianças? Como eu vou viver sem ficar gritando por eles ter espalhado brinquedos pela casa? Eu nunca mais vou machucar meu pé acidentalmente por ter um brinquedo espalhado.
-Você diz como se eles estivessem morrido. -Carla falou irritada.
-Eu vou morrer pra eles.
-Deixa de dizer besteira, Justin não vai aguentar as crianças sozinho. -Carla disse respirando fundo.
-Vai começar assim mãe, ele vai deixar eu ver as crianças nas primeiras semanas, depois eles não vão mais querer me ver por Justin ter colocado uma outra mulher na casa dele, depois eles vão a estar chamando-a de mãe e eu vou ser esquecida.
-Para de pensar assim.
-Ele não vai tirar Cameron de mim, eu não vou deixar. -Disse passando a mão pela minha barriga.
-Cameron? -Mamãe perguntou e eu assenti- E como você sabe que vai ser homem?
-Eu sinto. -Disse respirando fundo- O nome dele vai ser Cameron. 
-É um nome lindo. -Carla sussurrou e eu assenti- O meu é uma menina.
-Por que não me contou? -Disse a olhando.
-Não queria te encher com meus problemas.
-Isso não é um problema, é maravilhoso. -Disse sorrindo- Ela vai ficar com Math. -Disse e ela riu.
-Eu espero! -Disse sorrindo.


Alguns minutos depois Carla foi embora mas mamãe continuou ali, conversamos sobre coisas aleatórias e eu não quis em momento nenhum ter que falar sobre a guarda das crianças. Dentro de mim estava tudo bagunçado, ferido e machucado. 

Eu não contei pra ela que eu não sabia o que fazer, eu não contei pra ela que o dinheiro do hotel estava contado pra apenas o final da noite de hoje. 

-Mãe? -Disse respirando fundo, eu teria que lhe contar.
-Oi meu amor?
-Eu posso ficar na sua casa? Até eu decidir o que vou fazer na minha vida. Esse hotel já me custou caro demais e o dinheiro esta contado e eu não sei o que eu...
-Shii. -Ela me cortou- Está tudo bem, vai ser maravilhoso ter você lá em casa novamente. Sentimos tanto a sua falta nesse meio tempo que ter você lá em casa vai ser a melhor coisa no momento. Ainda mais no momento que você se encontra tão frágil dessa forma, eu vou adorar cuidar de você e te mimar.
-Obrigada, mamãe. -Disse e lhe abracei.

Mais tarde quando mamãe decidiu ir embora eu comecei a organizar as coisas pra sair do hotel, paguei o mesmo e com o meu carro nós fomos pra  casa dela. Quando chegamos lá papai me recebeu muito bem e nem ao menos discutiu comigo ou falou qualquer coisa, apenas me abraçou e disse que sentia muito e que me amava, coisa que era rara acontecer.

Subi pro meu quarto e me senti nos meus quinze anos quando eu me joguei na cama. Olhei pro lado e na minha escrivaninha estava meu globo de neve. Lembro que quando eu era pequena eu sempre sacudia antes de dormir e quando estava quase no final eu já tinha caído no sono. 

E foi como se eu tivesse seis anos novamente, sacudi o globo de neve e fiquei observando. Em segundos eu caia num sono.

♀♀

Caminhava em passos lentos até a casa de Justin, não, eu nunca deixaria de ver meus filhos por causa de uma maldita guarda. Justin está com a guarda dele, nada disso me impede de ir visita-lós, mesmo que uma das crianças não queira minha presença.

Qual é? Eu sempre dei todo amor, carinho, educação e atenção que Liv precisava e ela diz que eu não tenho tempo pra eles? Isso foi pior que mil facadas, uma rejeição de uma filha, uma coisa vindo dela que eu nem se quer esperava. 

Toquei a campainha e alguns segundos depois Justin atendeu, eu tinha nojo do sorriso sínico que ele tinha em seus lábios mas não me abalei com isso e muito menos me surpreendi. Esperava isso dee, afinal, ele ama me ver sofrer.

-Cadê as crianças? -Disse sem encara-ló.
-Estão lá dentro. -Disse ainda com aquele sorriso sínico no rosto.
-Tira esse sorrisinho idiota da cara, você tem sorte de eu não ter falado que você me espancava e usava droga! Seu maldito...
-Você não sabe como é bom ver sua derrota.
-Eu vou estar na primeira fila vendo a sua. -Disse e lhe lancei um sorriso sínico.

Entrei na casa dele mas não sem antes bater com força meu ombro contra o seu. Entrei na sala e me surpreendi ao ver Math com os olhinhos vermelhos sentado no canto da sala. Quando ele me viu ele veio correndo na minha direção e me abraçou com força, e então começou a chorar.

-Eu quelo ir embola. -Disse e soluçou- Pur favoi mamãe, me leva daqui.
-Meu bebê, o que houve? Por que você ta chorando?
-Eu quelo a mamãe.
-Eu estou aqui. -Disse sorrindo e o abracei com força.

Fiquei brincando com Math na sala, ligamos o vídeo-game e ficamos jogando um jogo de dança. Ele ria sem parar comigo dançando. Justin ficava nos observando sentado no sofá mas em momento nenhum eu fiquei olhando pra ele ou retrucando suas piadinhas de mal gosto. Meu tempo é curto demais pra mim ficar prestando atenção em Justin e não nos meus filhos.

Aprendi a me amar primeiro pra depois amar ele, acima de tudo eu amo meus filhos e me amo e depois vem Justin. Eu já tinha parado minha vida demais por ele, eu tinha dado tudo por ele e mesmo assim ele retribuiu me traindo, me trocando e tirando meus filhos de mim.

Eu o amava, claro que amava, mas eu coloquei na minha cabeça que nunca daria certo, que na verdade o certo é cada um pro seu lado. Eu me sentia bem com ele, mas eu me sentia mais natural sem ele. Eu me sentia eu mesma sem ele. Quando estava com ele eu tentava agrada-ló de todas as formas, brigávamos todos os dias e nada nunca estava bom pra ele. É sempre bom não ter ninguém te cobrando nada.

-Eu preciso que você me ajude a arrumar uma escola pra eles.
-Ué, não é você que está com a guarda dele? Acho que me lembro de ter ouvido você dizer na audiência que conseguiria cuidar de tudo sozinho. Recorreu a guarda deles porque quis, agora se vira. -Disse grossa o suficiente pra acertar em cheio como uma estaca.
-Eu só preciso da sua ajuda com isso! O que custa?
-Custa minha dignidade, custa muito pra mim. Você tirou as coisas mais importantes de mim e isso eu nunca vou perdoar. 
-Eu não estou pedindo a merda do seu perdão, Jennifer...
-Cala a boca! -Disse com raiva. 

Justin ia retrucar dizendo alguma coisa mas o toque do meu celular foi mais alto. Quando vi o nome de Logan brilhando ali eu sorri. Atendi rapidamente.

-Logan...
-Jennifer! -Disse respirando fundo- Como esta as coisas por ai? Eu estava preocupado, você não deu sinal de vida nenhum.
-Beca te contou?
-Sobre a audiência? Sim, e o que deu?
-Bom... Aconteceu que eu perdi. -Bufei.
-Que droga! Esse seu ex marido é mesmo um maldito, -disse e eu gargalhei- Jennifer, eu preciso de você! -Disse desesperado.
-O que foi?
-Eu quero te ajudar, ficar perto de você e...
-Logan, eu não quero te fazer de idiota de novo, não quero que você sofra. Agora tem muito mais coisa envolvida.
-Jennifer acorda! A gente nasceu pra ficar junto, você não me ama mas você pode aprender a amar, ainda mais agora que você está oficialmente solteira.
-Eu sei Logan.
-Você também acha que a gente nasceu pra ficar junto?
-Eu não acredito em destino. -Disse e ele gargalhou.
-Eu acredito, meu destino é você! 
-Logan!
-JENNIFER, você não entende? Eu quero ser seu de novo, eu quero ser feito de idiota novamente. Nem que aconteça de você e do Justin voltar no final...
-Isso não vai acontecer. -O cortei- Eu não quero te magoar.
-Eu quero tentar, Jennifer. Eu quero ter uma família com você! Eu quero ter um filho com você chamado Stevan Clark Somfai.
-Stevan Clark Somfai? -Disse rindo- É um bom nome, mas não pra uma criança.
-A gente coloca o que você quiser. -Disse rindo.
-Isso está parecendo desesperado.
-Eu preciso de um tempo na minha vida.
-Tem tempo melhor do que você poder ficar com quem quiser e mesmo assim transar com o Logan aqui? Ou você não gostou do tempo que passamos juntos?
-Eu acho que devemos conversar pessoalmente.
-Eu estou a caminho do aeroporto. Por que eu sabia que essa seria sua resposta?
-Você está vindo pra cá? -Disse gargalhando- Logan, você é louco.
-Louco por você, meu amor. Eu preciso desligar, nos vemos em Stratford.

E sem eu conseguir responder alguma coisa pra ele, ele simplesmente desligou. Oh meu Deus, e agora? Eu nem sabia o que iria fazer, eu não sabia se queria me envolver com alguém tão cedo, ainda mais que essa pessoa vá ser Logan, nós namoramos, praticamente moramos juntos e do nada meu ex marido chega. E então eu me separo dele e agora Logan me quer de volta?

Eu precisava de um tempo na minha vida, sabia disso, mas eu já tinha tido tempo demais, o que acontece é que eu o tinha gastado todo com Justin. Pode ser que era pra ser, eu e Justin se separar e eu ficar com o Logan. Eu me sentia tão bem com ele, era maravilhoso a forma que ele cuidava de mim, que ele me mimava, que nos encaixávamos tão bem, não eramos o oposto, ele era minha versão masculina.

-Eu não posso acreditar. -Levantei meu olhar pra Justin e ele me olhava indignado.
-O que foi?
-A gente mal terminou e você já quer se envolver com esse almofadinha de novo. Isso tudo era porque me amava.
-Por que Justin? Você quer simplesmente que eu pare minha vida por você? Você acha que eu vou ficar chorando pelos cantos só porque novamente você me iludiu e brincou comigo? Saiba que não vai ser assim nem fodendo.
-Eu te odeio, Jennifer.
-Ótimo, porque eu também te odeio. Te odeio mais que tudo nesse mundo! Você acabou com a minha vida, tirou tudo que a de melhor de mim. Você tirou minha dignidade e até minhas melhores qualidades.
-Eu não tirei droga nenhuma de você!
-Você me fez se jogar de cabeça naquele relacionamento ridículo que a gente tinha, brincou comigo e me fez de idiota.
-Relacionamento ridículo? -Disse e gargalhou- Mas eu tenho certeza que você é louca pra ter novamente aquele relacionamento ridículo. 
-O que ta acontecendo aqui? -Cassy disse entrando na sala.
-Briga de casal Cassy, não se mete! -Justin disse nervoso.
-NÃO SOMOS UM CASAL. -Disse nervosa.
-Math, vem comigo. -Disse e o levou lá pra cima.
-É claro que somos um casal. -Disse nervoso.
-A gente acabou Justin, você mesmo disse que não tínhamos nada, lembra? Você me fez de idiota, me fez achar que a gente ia ficar junto de novo.

Em um movimento rápido Justin veio até mim e me jogou no sofá. Eu não consegui raciocinar quando vi ele em cima de mim. Justin olhou no fundo dos meus olhos e tive que me render quando vi seus lábios vindo em minha direção. Abri os lábios e senti sua linguá passar desesperadamente por dentro da minha boca, puxei a nuca dele com força e logo estávamos nos beijando desesperadamente. Um beijo cheio de saudade e paixão, mas o que mais doía em saber era que depois disso cada um ia pro seu lado tentar fingir que esse beijo nunca aconteceu.

Puxei a nuca de Justin com mais força e logo senti as mãos dele na minha cocha a apertando e forçando-as pro seu quadril. Coloquei minhas cochas em seu quadril e logo ele estava em baixo de mim e eu estava sentada em cima dele. Senti seu membro duro em baixo de mim e ele me olhou sorrindo safado. Me levantei rapidamente de cima dele e coloquei a mão sobre a testa.

Como eu sou burra a esse ponto? Eu me sentia a pior puta do mundo! Ele praticamente me humilhou quando disse que só queria me pegar e agora aqui estou eu de novo, caindo no encanto dele.

-ME DEIXA EM PAZ. -Gritei quando senti ele se aproximando de mim.
-Qual é Jennifer! -Disse e respirou fundo.
-Qual é, Justin? Qual é? -Disse o olhando com raiva.- Você me usou e agora quer que eu caía de novo no seu encanto.
-Jennifer.

Senti minhas mãos tremendo e quase cai no chão mas ele me segurou. Justin me colocou sentada e me olhava preocupada.

-Eu vou te levar no hospital.
-Justin não...
-Não? É a terceira vez que você passa mal na minha frente. 
-Justin...
-Eu vou ir avisar a Cassy e... -Ele estava já de pé prestes a subir quando eu lhe dei um grito.
-JUSTIN! -Disse gritando com raiva.- ME ESCULTA! -Disse respirando fundo.
-O que foi?
-Eu to grávida. -Disse respirando fundo. 

Justin parou de repente e me encarava com os olhos arregalados e com a boca aberta. Ele se sentou no sofá e colocou a mão sobre a cabeça parecendo atordoado. Ele não parecia feliz com a noticia, mas isso não importava, ele não tinha que gostar e sim eu. E eu amei a noticia de ter mais um filho. Qual é, eu sou nova, não sei quando vou ter outro homem e posso nunca mais ter. 

-Você ta triste com a noticia?
-O que você acha? -Ele disse e me olhou, seus olhos estavam cheios de lágrimas- A gente esta separado, já é difícil termos dois filhos e ser separados e...
-Você não tem que gostar. Eu gostei de saber que eu vou ser mãe de novo, você não precisa procurar meu filho.
-Você tá louca? Ele também é meu filho. -Disse respirando fundo- Eu só estou assustado porque eu vou ser pai de novo. Eu achei que...
-Que as crianças cresceriam e que ia jogar elas no meus braços e ai ia começar a sair e vagabundar por ai.
-Eu não disse nada disso.
-Mas pensou! Eu te conheço muito bem, sei que está triste em saber que vai ser pai porque...
-EU SOU NOVO JENNIFER!
-Eu também sou nova Justin, mas olha pelas coisas que eu já passei e não estou reclamando. As crianças ficaram comigo tanto tempo e eu nunca reclamei delas por eu ser nova demais pra ter três filhos, você acha que o quê? Que eu vou simplesmente jogar minhas crianças em um orfanato qualquer porque EU e VOCÊ transamos sem camisinha? Qual é, eu sou nova mas eu sei como é a vida. Eu pedi por isso, eu fui irresponsável, as crianças vieram pelo meu descuido mas eu não reclamo porque eu as amo mais do que qualquer na minha vida. -Disse e depois de um tempo me calei, respirei fundo e coloquei a mão sobre a cabeça.


Justin que estava sentado do meu lado ficou calado, parecia repensar tudo que eu falei, parecia atordoado ao escultar todas aquelas coisas. O que eu podia fazer? É a verdade, as crianças não pediram pra nascer. Eu não vou as odiar por um descuido meu, por mim ser irresponsável, quem tem culpa sou eu e não elas. Afinal, os pais sempre tem a culpa dos filhos nascerem. 

-Sabe... -Respirou fundo- Eu te amo pra caramba, -ele disse e eu sorri fraco- e mesmo que a gente não esteja mais juntos um lado de mim ta muito assustado por ser pai novamente e o outro está feliz demais por saber que você tá grávida, que você vai me dar um filho de novo. Porra, -disse e sorriu- já percebe que a gente sempre discute quando ficamos sabendo que vamos ser pais novamente? Na verdade eu que fico muito assustado, mas agora eu parei pra pensar que quando eles nascem eles passam a ser as coisas que eu mais amo e que mais importa pra mim. Eu não vou dar uma de louco, te culpar por essas coisas porque no final as minhas duas partes sempre são as mais felizes. -Disse e eu sorri fraco- Não leva em consideração o que eu te disse sobre querer outra mãe pros meus filhos, você é a melhor de todas. -Disse e pegou minha mão- Eu acho que esse bebê veio pra nos juntar novamente. -Disse e eu sorri.

Justin me puxou me aproximando mais dele, segurou meu queixo e me selou. Senti um sorriso enorme me dominando e abracei sua nuca puxando ainda mais pra mim. Senti como se todo meu mundo estivesse com cor novamente, era mágico estar nos braços dele novamente, era mágico o beijar com tanto amor e paixão.

Senti Justin fazer um carinho na minha cintura e eu automaticamente sorri entre o beijo. Ele se afastou de mim e colou nossas testas e isso fez com que meu sorriso aumentasse mais ainda, era maravilhoso, uma sensação fora do normal ficar encarando os olhos de Justin.

Eu sabia que o que ele tinha dito não era pra gente simplesmente voltar. Sabia que o que ele tinha dito significava que nós iriamos nos ver mais, conversar civilizadamente e se o destino concedesse nós iriamos voltar. Pelo menos eu esperava que fosse isso.

-Você vai dispensar o Logan, né? -Disse e eu ri.
-Eu ainda não conversei com ele sobre isso. -Disse e ele acariciou meu rosto.
-Você é minha e sempre vai ser, ele precisa saber disso. -Disse e eu sorri fechando os olhos- Você não me traiu com ele, né? -Disse e eu neguei.
-Foi uma atitude infantil, só que minha raiva era tanta.
-Sempre tem algo que nos impede de ficar juntos, mas quando consegue sempre tem algo que nos faz ficar próximos de novo. Por que será?
-Eu não sei...
-Pode ser o destino. -Disse e eu revirei os olhos- Não faça essa cara, você não acredita no seu destino com o Logan, mas com a gente já é destino de verdade.
-Justin... -O chamei e ele me puxou me fazendo sentar em seu colo, e ele me segurou em seu colo como se estivesse segurando um bebê.
-Oi?
-Você acha que vai ser um garoto?
-Eu queria ter dois casais, tem problema se a gente tiver mais um depois desse? -Disse e eu ri lhe dando um tapa- Mas eu quero que seja um garotinho, ai vai ser dois pra cuidar da Liv.
-Eu tenho pena quando ela nascer, ter que aguentar o pai e os irmãos enchendo o saco dela. 
-Eu não quero que ela cresça.
-Eu não quero que nem um deles cresçam. -Disse e ele riu- É sério Justin, imagina quando a Liv vir dizer pra mim que perdeu a virgindade ou quando...
-OPA, minha filha vai morrer virgem. -Disse e eu gargalhei.
-Justin, menos. Ela vai transar quando ela sentir que é a hora.
-Eu não quero nem pensar quando Math vir falar pra mim que bateu a primeira punheta dele.
-Justin. -Disse e desferi um tapa em seu braço.
-Eu to brincando. -Disse e gargalhou.- Como vai ser o nome dele ou dela?
-Se for ele eu quero que se chame Cameron.
-É um nome bonito! E se for ela?
-Você escolhe...
-Ashley é tão lindo!
-Concordo. -Disse sorrindo.
-Cameron ou Ashley. Jenni... -Disse e eu olhei- Você está bem, né? A saúde do bebê e tudo mais...
-Sim, eu estou bem. -Disse e sorri.
-Ele está bem? -Disse e eu sorri assenti- E você?
-Ta tudo bem, eu só estou com anemia. 
-O QUE? NÃO ACREDITO, NÃO ACREDITO! -Disse nervoso.
-Ei, calma.
-Jennifer, anemia! Você tem noção do que é isso? Se você não cuidar você pode até mesmo ter uma leucemia, eu não quero nem pensar nisso.
-Ta tudo bem agora.
-Não ta, não! Esses hotéis só servem comida engordurada. Quero você na minha casa, já! Na verdade essa casa é nossa.
-Justin, -disse e massageei seu peitoral- ta tudo bem! -Sorri o tranquilizando- Eu sai do hotel, to morando na casa da minha mãe.
-Na casa da sua mãe?
-Sim, até eu conseguir comprar um apartamento aqui. Vou vender o meu em NY e...
-Desculpa fazer você passar por isso. -Disse e respirou fundo- Sei que não queria se afastar dos seus amigos. 
-Ta tudo bem, eu só quero ficar perto dos meus filhos.

Justin respirou fundo e beijou minha testa. Abracei ainda mais sua cintura enquanto me colocava na posição de "bebê" como ele me segurava. Sabia que Justin estava se sentindo culpado mas eu não queria que ele se sentisse assim. Eu estava com ódio do Justin mas como eu disse, sabia que isso era temporário. Em momentos que eu estava assim com ele, já valia tudo a pena. 

Principalmente estar com ele.

♀♀

Nada era mais impagável do que a felicidade de Pattie ao saber que teria mais um netinho. É claro que ela achava que eu e Justin estávamos quase voltando, bom... Eu não sei se estávamos. Justin estava recebendo parabéns de todos os seus amigos e eu estava sendo paparicada pelas mulheres. Justin as vezes me olhava e sorria como se fosse a melhor coisa estar ali comigo. 

As crianças não entenderam muito bem, claro que Liv novamente ficou com ciumes de ter mais um irmão, segunda ela eu não teria mais nenhum tempo mesmo. Por mais que eu e ela estivéssemos sem se falar -porque ela queria assim, obvio- ela vivia passando a mão na minha barriga e até tirava foto dando beijinhos nela. Eu amava esses momentos, era o único que ela se referia a mim pra algo a mais. Math não tinha entendido muito bem o que queria dizer, mas ele sabia que teria outro irmão e ele estava na minha barriga, assim como ele estava a quase dois anos atrás.

Logan tinha vindo pra cá, é obvio. Mas eu tive que esclarecer todas as coisas pra ele, contei tudo que tinha pra conta. Até que eu e Justin estávamos nos acertando. Ele ficou meio chateado, mas depois entendeu que deveria ter deixado eu falar pra ele. 

Essa semana, na verdade, depois de amanhã era meu aniversario e eu só esperava não me decepcionar como me decepcionei ano passado quando fomos ao Texas, foi o pior aniversario que eu tive. Amanhã eu e Justin iriamos ver o ultrassom, saber se estava tudo bem e saber com quantos meses eu estava. 

Meu pai, Justin e Jeremy tinham ido conversar no escritório e passaram horas lá. Pelo o que eu conheço meu pai, sabia que ele tinha ido falar pra Justin não me magoar de novo e muito menos me iludir. 

-E você e Justin? -Carla perguntou, em meio a rodinha de mulheres. Corei na hora, não sabia o que falar e Cassy estava lá, qualquer passo em falso que eu desse ela diria pra Justin e ele diria que eu estava me iludindo rápido demais.
-O que tem eu e Justin? -Ri sem graça e todas arquearam a sobrancelha, parecia até complô- Nós somos amigos, estamos nos dando bem. -Disse e todas bufaram, até parecia armado.
-Ah, por favor! Você esteve na casa dele esses dias todos, dormiu na casa dele! Não me diz que não aconteceu nada. -Disse Pattie, rimos na hora.
-É mentira, eles vivem se beijando abraçados na sala. Como um casal. -Disse Cassy sorrindo, mostrei a língua pra ela.
-A gente só deu alguns beijos.

E era verdade mesmo, não tínhamos transado. Claro que ele tentou, mas eu não queria me iludir de novo, tinha medo que no final fosse tudo igual o que tinha acontecido a alguns dias atrás.

-Pode nos contar, somos suas amigas. -Disse Rose, ri.
-Você é minha mãe. -Disse fazendo as meninas rirem. -E ai Lissa, você e Chris planejam casar ou ter filhos? Percebi que estão estranhos um com o outro. -Disse e ela respirou fundo.
-Eu e ele quando a gente... -Ela se enrolou com as palavras e todas riram.- Então, a gente usa camisinha e eu disse pra ele que não precisava mais porque eu queria ter um filho. Eu não sei o que aconteceu, ele pareceu me odiar na hora! Veio com mil pedras na mão e disse que não queria filhos, e então hoje eu perguntei pra ele sobre casamento e ele ficou todo estranho, disse que não queria casar e bom... -Ela respirou fundo abaixando a cabeça- Eu não sei, acho que vamos terminar.
-O quê? Como assim Lissa? Vocês não podem! -Bella disse desesperada.
-É, não podem! -Disse estérica- Você foi a unica namorada dele que eu gostei.
-Eu quero ter filhos, quero casar e ter uma família! Christian não, ele quer curtição, ele não quer filhos e nem se casar, ele é totalmente o oposto de mim e eu não quero continuar com alguém se ela não tem o proposito em uma relação.
-Eu tenho certeza que Christian te ama.
-Eu sei que ama, mas nem sempre amor é o suficiente. Ele quer curtir o mundo em uma noite de sábado na balada e eu quero curtir meus filhos em uma noite de sábado. -Ela riu sem humor.
-Vocês tem que conversar.
-Alissa? -Chris a chamou, ele estava estranho. Com o maxilar travado e seus olhos pareciam que ia pegar fogo de tanto ódio.
-Oi? -Ela respondeu com medo.
-Ta me difamando pras suas amiguinhas?
-Christian, eu não to falando nada. -Ela disse de cabeça baixa.
-Ah não? Por que eu to escutando de lá você dizendo que eu não quero casar. Eu não quero mesmo me casar com você e muito menos ter filhos com você!
-Ta esperando alguém melhor?
-Talvez eu esteja. -Disse e sorriu irônico. Lissa levantou rapidamente.
-Então já pode começar a procurar.

Ela saiu andando dali e Christian parece que levou um choque de realidade. 

-Christian, vai atrás dela. -Disse apressada- Lissa é uma mulher incrível, é tão difícil achar uma que queira casar agora, as pessoas só querem curtir ultimamente. Lissa é a mulher da sua vida! Ter filho é a melhor coisa do mundo Christian, você não sabe como é bom ter um bebê que você pode pegar no colo sabendo que ele é seu, educar ele e quando ele crescer se tornar motivo do seu orgulho e saber que ele só é daquela forma porque você o ensinou a ser assim, vá atrás dela. -Disse e ele respirou fundo parecendo desesperado.
-Eu vou... -Disse determinado- Obrigada por ser a melhor amiga do mundo.

Christian me abraçou rapidamente e logo saiu correndo dali. As garotas pareciam assustadas com o que tinha acontecido, até eu estava... Não sabia porque Christian tinha a tratado daquela forma, Lissa sempre foi uma mulher encantadora e a timidez dela só a fazia mais linda ainda. Justin sentou do meu lado e passou os braços sobre meu ombro fazendo as meninas darem uma risadinha maliciosa.

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-Dorme comigo, mamãe? Pur favor! -Implorava Math quase chorando.
-Eu vou ficar aqui até você dormir, tudo bem? -Ele assentiu sorrindo fraco- Vuxê vai dormir com o papai? -Assenti- Eu amo o papai, mamãe. Tambéim amo vuxê.
-Eu e o papai também amamos você. -Disse sorrindo e beijando sua testa.

Contei uma história pra Math, depois fiquei fazendo carinho em seu cabelo e alguns minutos depois ele já dormia. Olhei pra cama de Liv e ela estava acordada me encarando, caminhei na direção dela e sentei na sua cama.

-Não consegue dormir? -Ela negou.- Posso fazer você dormir? -Ela assentiu rapidamente.

Peguei ela no meu colo e comecei a cantar uma canção de ninar enquanto balançava ela em meu colo, apesar de ela estar muito mais pesada agora eu não me importei. Era tão bom estar com ela no colo. Ela começou a fazer carinho no meu cabelo e eu sorri selando sua testa.

-Mamãe, me desculpa... Por tudo!

Assenti beijando sua testa, continuei a balançar ela, mas agora com um sorriso enorme no rosto. Alguns minutos depois Liv estava dormindo. Coloquei ela na cama e caminhei até a porta do quarto. Apaguei a luz e fechei a porta. Caminhei até o quarto de Justin e ele estava sentado na cama coberto, reparei que ele estava sem camiseta. Sorri corada e fui em direção a cama, eu sempre dormia em outro quarto mas hoje ele tinha exigido que eu dormisse aqui com ele. 

Deitei na cama e Justin deitou também, ele me puxou pra perto dele e abraçou minha cintura nos fazendo ficar em posição de conchinha. 


-Eu falei com o Christian! -Ele disse beijando meus cabelos.
-E o que deu?
-Ele e Lissa se acertaram, ele disse que ainda ela esta meio estranha com ele. -Disse e eu ri.
-Depois do que ele disse pra ela. -Disse e ficamos em silêncio.-Justin?
-Hum...? -Disse me apertando em seus braços.
-Liv me pediu perdão.
-Eu fico muito feliz em saber disso, amor. -Sorri.

Justin me virou, me selou e logo voltei pra mesma posição que antes. Escutei os suspiro de Justin e logo eu dormi também. 


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Senti beijos no meu ombro mas que logo foram em direção ao meu pescoço, sorri automaticamente e encolhi meus ombros. Justin deu uma risadinha e passou a mão por minha cintura e logo foi em direção as minhas cochas, senti-me toda arrepiada e mordi os lábios. Justin passou a mão por de baixo da minha camisola e aí que eu tomei um choque de realidade, abri os olhos rapidamente e dei um pulo da cama me afastando dele.

Justin começou a rir de mim mesmo eu não achando graça de nada, com certeza estava mais do que corada e isso era uma vergonha. Ele ia enfiar a mão de baixo da minha camisola, isso é... Céus!

-Ta louca? -Ele disse ainda rindo.
-Quem esta louco é você. -Disse sem graça.
-Eu ia passar a mão no meu filho, qual o problema nisso? -Corei cinquenta tons quando percebi que ele não colocaria a mão... Lá.
-Eu estou de camisola, faça isso quando eu estiver com uma camiseta!
-É mais excitante você estando de camisola.
-Ta vendo? Você é um tarado! -Disse e ele gargalhou.
-Não tenho culpa se minha mulher é a maior gostosa.
-Sua mulher, é? -Disse e ele corou. 
-Ai Jennifer. -Ele disse e foi pro banheiro rindo.

Escutei a porta do banheiro bater e me permiti sorrir, ele falou que eu sou a mulher dele, isso é tão... Justin! Levantei da cama e peguei meu celular, tinha algumas mensagens que tinha recebido ontem de noite e duas ligações perdidas, uma da minha mãe e outra de Brandon... Brandon me ligou!

Respondi as mensagens que era de Lissa me pedindo pra sair com ela mais tarde e de Carla me dizendo que camisola usar pra ficar sexy com o Ryan, eu comecei a rir sozinha. Disquei o número da minha mãe e liguei pra ela.

-Mãe? -Disse e sorri.
-Querida! -Ela disse e percebi que ela estava sorrindo- Tudo bem?
-Eu to bem, e você?
-Eu to bem. E você dormiu na casa do Justin de novo?
-Você sabe que sim, mãe.
-Dormiu com ele?
-Dormi mãe! Antes que você me pergunte não aconteceu nada.
-Eu nem ia perguntar. -Disse irônica- Quando você chegar do ultrassom liga pra mim que eu quero saber como meu bebê esta.
-Tudo bem mãe, eu preciso desligar!
-Por quê? Seu noivo está te esperando, é?
-Ele não é meu noivo. -Disse. Mesmo que eu negasse, doeu muito dizer isso.
-É seu namorado.
-Mãe, eu preciso me arrumar. Até logo, te amo! Bye Bye.

Desliguei o celular e caminhei até minha sacola de roupas que eu tinha trago, já que as roupas que eu tinha aqui era só pra ficar em casa. Praticamente todas minhas roupas estavam em NY então eu tinha que me contentar com elas. Retirei meu vestido florido rodado e uma sapatilha, não queria ter que ouvir a Dra.Julie dizendo pra mim que eu não podia mais usar calças jeans. 

Quando ouvi que Justin tinha desligado o chuveiro fiquei encarando meu celular pensando se eu ligava ou não pra Brandon, não ligaria agora, não quero ter que me estressar logo de manhã quando eu vou ir ver como está meu filho. 

A porta do banheiro abriu e eu olhei pra lá vendo Justin fodidamente gostoso, ele estava com uma toalha enrolada na cintura, o que mais me deixava excitada era as gotículas caindo por seu abdômen. Óh droga de hormônios.

Levantei da cama rapidamente e quando tentei passar pela porta do banheiro ele segurou meu braço e me agarrou fazendo meu corpo ficar bem colado no dele.

-Justin... Me solta! -Disse respirando ofegante.
-Por quê? Não consegue resistir a mim, meu amor? -Disse irônico.
-A gente vai se atrasar, me deixa tomar banho.
-Eu posso ir com você?
-Justin, eu não vou tomar banho com você, você acabou de tomar.
-E daí? Eu quero tomar com você!
-A gente vai se atrasar, por favor.
-Vai lá... Gostosa!

Quando fui passar por ele Justin me deu um tapa estalado na bunda, olhei pra ele com os olhos arregalados o que o fez gargalhar. Entrei rapidamente no banheiro, prendi meus cabelos no alto da minha cabeça e me despi. Liguei o chuveiro no gelado e entrei de baixo dele tentando fazer com que todo aquele fogo passasse, Justin era muito gostoso e eu não sei como consigo ainda resistir a todas essas provocações. 

Quando terminei de tomar banho me troquei e arrumei meu cabelo. Sai do banheiro e Justin arrumava seu topete. Calcei minha sapatilha e pelo canto de olho vi que Justin me encarava pelo espelho. Fui até o espelho e empurrei Justin pro lado o que fez ele bufar.

Passei uma maquiagem fraca e um batom nude da marca Devonne. 

-Pronta?
-Só preciso buscar minha bolça. Você tem certeza que a Cassy vai ficar com as crianças?
-Tenho Jennifer, já repeti isso mil vezes.
-Eu só quero ter a certeza, Justin.
-Ela ama as crianças, não tem problema nenhum.
-Tudo bem. -Peguei minha bolça- Pronto.

Justin me deu a mão e eu corei. Passei no quanto das crianças e vi que elas ainda dormiam. Desci com Justin e ele me deu a mão, caminhamos até o carro e ele abriu a porta do mesmo. Liguei o rádio e passava Say Something, respirei fundo escultando a letra da musica.

-Will swallow my pride, you're the one that i love... (Engolirei meu orgulho, você é a pessoa que eu mais amo) -Justin cantarolou me encarando. Sorri pra ele e apertei a mão dele.

Quando chegamos no consultório, tinha algumas mulheres lá. Me sentei com o Justin e percebi algumas mulheres encarando Justin. Abracei a nuca dele e puxei-a pra mim lhe dando alguns selinhos.

-Isso tudo é ciumes? -Ele perguntou abraçando minha cintura, rindo.
-Isso tudo é marcação de território. 

♀♀

Estávamos na sala, eu estava deitada na maca enquanto a médica passava o aparelhinho, alguns borrões apareceram na telinha e meu sorriso se aumentou. Sempre seria parecido com a primeira vez que eu estava grávida. Justin tinha levado até mesmo um pen-drive pra gravar todas as ultrassonografia do bebê. Dra.Julie fez uma careta olhando pro televisor e passou ainda mais o aparelho sobre a minha barriga.

-O que foi Dra.Julie? Ele está bem? -Justin perguntou desesperado.
-Sim Justin. -Ela disse e respirou fundo- O bebê está alimentado, na verdade... -Ela fez uma careta- Eles estão bem alimentados. Parabéns Justin e Jennifer, vocês vão ter gêmeos.


Senti meus olhos se arregalaram, quando olhei pra Justin pra saber a reação dele tudo que eu vi foi ele caído no chão desmaiado. 

...

Continua


ANTES QUE VENHAM DE BLABLA A FIC É MINHAAAAAAAA
KSHFKSKD Não levem isso como ignorancia, to cansada das pessoas tentarem fazer com que eu mude a fic porque não é do gosto delas. 

Sobreviventes:
Ela só andava de preto e todos queriam saber a vida dela, ela demonstrava ser uma garota fria e eu queria me aproximar dela... queria poder saber sobre sua vida, mas acho que fui longe demais. Ela é fria e não esta nem ai para meus sentimentos. Embora eu sempre tenha tentado ajuda-lá ela era sempre muito ignorante comigo, ela machucava meus sentimentos apenas com palavras e ela gostava disso, ela gostava de me ver sofrendo. Eu queria construir a sua vida mas quando eu percebi que estava apaixonado por ela, foi ela quem destruiu a minha, mas no fim eu sabia que ela precisava de alguém que concertasse seu coração quebrado.


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