26/01/2015

Drug Of Love -75- Memories


Estados Unidos/Nova York
12:20 PM
Jennifer P.O.V


Era estranho ver eles ali depois de tudo, depois de todas as ligações. Depois de todas as mensagens que eu enviei no celular de Rose, no celular de Jared pedindo perdão... ligações essas que eram todas ignoradas. Eu tentei fazer de tudo pra poder falar com eles, fui na casa deles, eles bateram a porta na minha casa e agora eles estão aqui na minha frente pedindo uma reconciliação.

Eu sou fã das voltas que o mundo da.

Eu sabia que não podia perdoa-lós tão facilmente, na verdade eu nem deveria perdoar eles mas quem sou eu pra não perdoar alguém? Se até Deus perdoa nossos pecados quem sou eu pra não fazer isso? Mas perdoar não queria dizer que tudo voltaria a ser a mesma coisa de sempre porque não seria.

Sabe... eles me fizeram muito mal, me ignoraram e me deixaram pra baixo quando eu mais precisei. Quando eu mais precisava eles estavam dando apoio a Julia e a Justin, enquanto a filha deles chorava pelos cantos.

Mas ta ai... coisas que eles sempre quiseram, me afastar de Justin mesmo sabendo que ele era minha felicidade.

Era. Tudo que eu conseguia sentir dele agora era pena, pena por estar no lugar que eu estava a meses atrás, pena por estar se rastejando aos meus pés enquanto eu chutava ele. Se eu sentia culpa? Obvio, que não! Ele fez isso comigo, o que tem demais devolver na mesma moeda?

Encarava eles com a sobrancelha arqueada. Eu não sabia o que eu fazia, o que falar mas a unica pergunta que batia na minha cabeça era se eles achava que falar "reconciliação" iria fazer todas aquelas coisas se apagarem. Nunca elas se apagariam. Aquelas feridas se tornaram cicatrizes, porém cicatrizes que nunca desaparecem. Ela sempre irá chamar minha atenção um dia. Eu sempre lembrarei da humilhação que passei com eles.

Respirei fundo e soltei uma gargalhada fazendo meu pai respirar fundo e abaixar o olhar e fazendo minha mãe abaixar a cabeça. Eles sabiam que não viria coisas boas.

-E vocês acha que "reconciliação" vai apagar tudo?
-Jamais, nós sabemos que isso doí em você até hoje...
-Não, não dói.
-A gente te conhece, somos seus pais e vemos isso nos seus olhos. -Minha mãe questionou.
-Idai que vocês são meu pai? São meus pais mas não agem como um, irônico você falar isso né, Rose
-Por que é irônico?
-Porque era a Julia que estava te chamando de tia, tenho certeza que você curtiu muito o tempo com ela e com o seu ex genro.

Ela abaixou a cabeça de novo e se ajeitou na cadeira.

-Nós sempre agimos como seus pais, erramos uma vez com você! -Jared disse- Alias, você que nos pediu pra ficar longe de vocês e parar de cuidar da sua vida. E você só veio atrás de nós dois quando precisou.
-E vocês só veio atrás de mim quando souberam que aquela menina é uma vigarista- Disse me levantando- E ainda pedem reconciliação -Disse irônica.- Passar bem, Jared e Rose.

Puxei minha bolça da cadeira e sai batendo meus saltos no chão fazendo um barulho. Desfilei até fora do hotel e apontei pra um táxi que parou na mesma hora. Entrei no mesmo e dei o endereço para o mesmo. Em minutos já estava dentro do meu apartamento. Coloquei minha chave no trinco da porta e virei a mesma. Abri a porta e Justin estava deitado no chão, Math no andador e Liv fazia massagem nas costa de Justin. Nenhum deles ainda tinham percebido que eu estava ali.

-Você pode dormir no meu quarto hoje, papai. Eu não quero mais te ver com dores nas costa. 

Senti meus olhos se encherem de lágrima ao ouvir as palavras proferidas de Olivia. Ela era tão pequena mas mesmo assim entendia tanto da vida. 

Me lembro de todas as coisas que ela já viu, me lembro de quando ela chorava e implorava pra que Justin não me batesse. Me lembro de tantas vezes que já descarreguei minhas magoas nela e disse coisas que não deveriam, mas ela sempre me perdoou.

Acho que se não fosse tantos tropeços nada teria acontecido, acho que se eu não tivesse ficado gravida de Liv eu e Justin nem estaríamos mais juntos. Confesso que muitas vezes o que segurou meu casamento com Justin foi a nossa filha, ele sempre quis farrear, viver a vida dele. Me lembro de tantas vezes quando tínhamos quatorze anos ele dizia que me levaria pra baladas junto com ele, que dançaríamos e que só iriamos ter filhos quando eu estivesse com vinte e cinco anos. Mas isso não aconteceu. A gente não passou nossa juventude em casas noturnas, e eu tivesse filha com quinze anos. Quem diria que a vida iria nos surpreender dessa forma?

FlashBack On

Olhava pra Tracy com o rosto lavado de lágrimas enquanto ela me olhava com pena, é claro que com pena... todo mundo teria pena de mim. Ela me puxou pra um abraço e eu escondi minha cabeça em seu ombro começando a chorar descontroladamente. Eu tentava parar de chorar mas me parecia impossível, as únicas coisas que me vinha na cabeça era o que eu ia fazer, como eu iria me virar. Meus pais me matariam! Justin ficaria louco. 

Nós nunca planejamos isso e agora? Ele vai me deixar, é claro que vai! Pensar nessas coisas só me fazia chorar mais ainda. 

-Calma. Shh -Tracy dizia acariciando meu cabelo.
-Ta tudo perdido Tracy, ele vai me odiar pra sempre. -Dizia chorando.
-Você não fez sozinha! -Ela disse.
-Ele vai me deixar, ele vai me deixar sozinha.
-Se ele te deixar nesse momento eu arranco a cabeça dele.
-Meus pais vão me matar! -Disse negando.
-Você sabe que eu nunca deixaria eles encostarem um dedo se quer em você.

Só sentia meus olhos marejarem a cada instante. Soltei de Tracy e me joguei no banco negando e resmungando coisas pra mim mesma. Ela respirou fundo e se abaixou na minha frente tirando os cabelos do meu rosto.

-Eu sempre estarei aqui pra você! Nunca deixarei ninguém nunca, nunca! fazer nada com você.
-O que vão dizer de mim?
-Foda-se o que eles pensam. Eles não tem nada a ver com a sua vida.
-Justin... ai meu Deus. -Disse voltando a chorar.

Ela me puxou pra um abraço e começou a afegar meus cabelos. Me rendi ao abraço apertando seu ombro em meus braços. Ela passou as mãos na minha cintura e me abraçou forte. Levantei minha cabeça e vi Justin abrir a porta do meu quarto com a testa franzida. Meu corpo gelou na hora. Claro que eu contaria pra ele, mas eu não queria ter que contar aqui e agora.

Me soltei de Tracy que me fitou sem entender, abaixei a cabeça e ele olhou pra trás respirando fundo. Ela tirou meus cabelos do rosto e se aproximou ainda mais de mim.

-Conta pra ele. -Sussurrou e eu assenti desnorteada- Eu tenho certeza que ele vai te apoiar. -Respirei fundo e abaixei o olhar- Você vai ficar bem? -Assenti.

Ela respirou fundo e se levantou. Antes de sair ela parou na porta e olhou pra Justin que estava parado na porta com os braços cruzados. Ela bufou e saiu do quarto. Justin me encarou como se soubesse o porquê de eu estar chorando.

-Deu positivo? -Ele disse frio me encarando.

Nós já estávamos desconfiando que eu estava gravida ou eu estava doente. Eu vomitava direto, passava mau e me enjoava atoa. E então com o olhar duro em cima de mim ele jogou uma nota de vinte dólares em cima de mim pedindo pra mim ir comprar um teste.

Assenti de vagar ainda com a cabeça baixa e escutei ele socar a porta do quarto e soltar um suspiro longo. 

-Eu to fodido. -Escutei ele sussurrar.
-Justin, nem tudo ta perdido...
-NEM TUDO TA PERDIDO? -Ele gritou.- O QUE VOCÊ ACHA QUE SEUS PAIS VÃO FALAR? E OS MEUS PAIS? ERA PRA SER DIVERSÃO JENNIFER, ERA PRA GENTE SE DIVERTIR MAS VOCÊ FOI BURRA O BASTANTE PRA DEIXAR ISSO ACONTECER.

Senti meu coração se encolher e voltei a chorar, eu sabia que ele me odiaria e sabia também que ele colocaria toda a culpa pra cima de mim. E eu era mesmo a culpado disso tudo. Ele se sentou na minha cama e colou a mão sobre a cabeça.

-A gente tava se curtindo... 
-Se curtindo? -Disse com raiva- A gente se ama e não estávamos se curtindo, estávamos namorando.
-SE AMA? VOCÊ TEM QUINZE ANOS E EU DEZESSEIS, JENNIFER! QUINZE. VOCÊ ACHA QUE TEMOS IDADE O SUFICIENTE PRA SE AMAR

E foi ai que eu descobri que eu o amava e que ele estava "curtindo". Abaixei a cabeça e coloquei a mão sobre o rosto voltando a chorar.

-PARA DE CHORAR COMO SE ALGUMA COISA FOSSE ADIANTAR, JENNIFER!
-PARA DE GRITAR COMIGO, EU TENHO CULPA MAS VOCÊ TAMBÉM TEM.
-EU TENHO CULPA? -Ele riu irônico- Eu te dei dinheiro pra você comprar a porra do teste de gravidez. O que você fez com o dinheiro? Gastou pra comprar maconha e se juntar com a sua amiguinha drogada?
-NÃO FALA DA AMY DESSE JEITO.
-É O QUE ELA É, UMA DROGADA E VOCÊ TA IGUAL A ELA.
-EU NUNCA USEI NENHUM TIPO DE DROGA, COMO VOCÊ PODE FALAR ISSO?
-O QUE VOCÊ FEZ COM A PORRA DO DINHEIRO?
-Eu comprei, Justin! Eu juro. Mas eu esqueci de tomar, eu esqueci de tomar no dia que a gente transou porque a gente foi pra uma festa juntos e...
-CALA A BOCA, PORRA! SUA BURRA DO CARALHO.

Abaixei minha cabeça e me sentei no banco. Estava um completo silêncio o quarto e era apenas escuto o barulho da respiração pesada dele. Eu tinha medo do que podia acontecer, eu tinha medo do Justin me deixar e eu ter que cuidar de uma criança sozinha... Como eu iria cuidar de uma criança? Eu nem sei cuidar de mim direito. 

Justin se levantou da cama e eu o encarei. Ele estava com o olhar congelado em cima de mim. 

-Eu não vou jogar minha adolescência, fora! -Respirou fundo- Sinto muito.
-Você vai me deixar?
-Eu falei que não vou jogar minha adolescência fora, não por um bebê. A culpada é você, quem não tomou o remédio foi você. -Disse frio- Se vira, Jennifer.

Ele bateu a porta do quarto e eu comecei a chorar desesperadamente. Desci correndo atrás dele e o puxei pela camiseta.

-Não me deixa sozinha, por favor. -Disse implorando- Eu preciso de você!
-Jennifer, me larga. -Disse respirando fundo.
-Meus pais vai me matar, Justin. Eles vão me mandar embora de casa. Onde eu vou ficar?
-Fica na rua. 

Ele disse e saiu porta a fora. Me sentei na escada sentindo meu corpo doer, e agora? O que eu vou fazer. Senti lágrimas descerem pelo meu rosto e subi pro meu quarto. Me joguei na cama e me encolhi colocando minha mão sobre a barriga. Minha cabeça parecia que ia explodir e o que eu tinha mais vontade de fazer era me matar. 

Eu não faria isso.

Não faria porque não só me mataria mas mataria meu filho, filha... Eu tenho uma vida dentro de mim e tenho que prezar ela.

Acordei com barulho na minha porta e rapidamente despertei me levantando. Abri a porta sem pensar duas vezes e meus pais entraram.

-Filha, nós pedimos piz...
-Por que seu olho ta inchado? -Meu pai questionou.
-Pai... eu preciso conversar com vocês.

Ele respirou fundo e se sentou junto com a minha mãe na cama. Abaixei o olhar sem saber o que fazer, respirei fundo e me sentei na frente deles. Comecei a brincar com meus dedos e olhei pra eles que me olhavam como se esperasse o que eu tinha pra falar. Respirei fundo e abaixei a cabeça.

-Pai... foi sem querer.
-O que você fez? -Ele disse frio.
-Pai, mãe... eu sei que vocês sempre quis que eu fosse a bebê de vocês, sei que o sonho de vocês sempre foi que eu me formasse na escola e depois na faculdade, que eu tivesse uma boa profissão e um namorado que goste de mim de verdade... mas...
-Fala de uma vez. -Meu pai disse frio me encarando.
-Eu to gravida. -Sussurrei.

E foi como se o mundo de meus pais estivesse sido desabado e pra mim foi como se uma onda tivesse saído de cima de meus ombros. Eu estava aliviada de ter contado pra eles a verdade mas eu estava com medo da reação deles. A ultima vez que eu estive com medo meu namorado me deixou. Respirei lentamente e olhei pra cima mas tudo que eu recebi foi um tapa forte na cara. 

Meus cabelos voaram para o lado conforme minha cabeça voou. Minha mãe soltou um grunhido e lentamente eu fui voltando a olhar pro meu pai que tinha um olhar duro em cima de mim. Lágrimas deitavam sobre meus olhos e eu sentia meu mundo desabando. Meus olhos ardiam mais que tudo e eu tinha vontade de morrer.

-Pai...
-Eu não criei filha pra ser vagabunda.
-Jared! -Minha mãe disse chorando.
-Quinze anos e gravida, você é uma vergonha Jennifer. -Meu pai disse.

Abaixei a cabeça voltando a chorar e minha mãe me abraçou. Eu sabia que ela não esperava aquilo, eu era a unica filha dela. Ela me mimou tanto, me deu tanto conselho e eu errei com ela. Eu errei feio com a minha mãe e agora ela esta sofrendo por minha culpa. Exatamente minha. Meu pai respirou fundo e nos encarou.

-Pega suas coisas e vai embora de casa.
-O QUE? -Gritei sem saber o que fazer. 
-Você escultou.
-Jared, você não pode fazer isso. -Mamãe disse.
-Pai, por favor. -Respirei fundo- Eu não tenho pra onde ir.
-Vai pra casa do fedelho filho da puta do seu namorado que engravidou.
-Pai o Justin...
-EU NÃO QUERO SABER! SAI DESSA CASA AGORA.
-Deixa eu pelo menos pegar minhas coisas. -Disse chorando.
-Você vai sair apenas com a roupa do corpo.

Ele puxou meu braço e foi me arrastando enquanto eu chorava e enquanto minha mãe gritava pra que ele parasse com aquilo. Ele abriu a porta da entrada e me empurrou pra fora fazendo todos que estavam na rua me encarar.

-SOME DAQUI E NUNCA MAIS VOLTA AQUI. -Ele disse gritando.
-Pai, por favor. -Disse chorando. 
-SOME DAQUI SUA VAGABUNDA. 

Todos na rua olhavam pra saber o que estava acontecendo. Ele entrou pra dentro mas antes de conseguir fechar a porta eu voei na mesma batendo. Ele saiu e me empurrou fazendo eu cair de bunda na grama. Ele me olhou com desgosto e fechou a porta. Engatinhei até a porta e me ajoelhei batendo na mesma enquanto chorava. Me sentei na escada da minha casa e abaixei a cabeça chorando. 

A porta se abriu e eu olhei pra mesma, minha mãe tinha uma nota de cem dólares na mão. Ela se sentou do meu lado e percebi que ela ainda chorava.

-Pega esse cem dólares pra você comer algo na rua.
-Mãe me ajuda...
-Eu vou te ajudar! Passa a noite na casa do Justin...
-Mas mãe o Justin...
-Meu amor, eu não posso ficar muito tempo aqui. Seu pai tava no quarto e se ele me ver aqui ele vai achar ruim. Por favor, vai pra casa do Justin.

Sem saber o que dizer eu apenas assenti. Ela me deu um beijo na testa e entrou dentro do quarto. Encarei a nota na minha mão e voltei a chorar. Isso não dava nem pra passar um minuto no hotel. Olhei pra casa do Justin e ele me encarava com a cortina aberta, quando ele percebeu que eu olhava ele fechou a cortina e eu voltei a chorar.

Me levantei dali e comecei a caminhar sem destino. Eu não tinha pra onde ir, meu namorado me deixou e se eu fosse pra casa de Tracy daria problemas com a mãe dela que nunca foi muito com a minha cara mesmo eu sendo mais certa que Tracy. Que porra eu to falando? Eu to gravida e não Tracy. 

Caminhei mais um pouco notando que eu já estava longe de casa. O céu estava escuro mostrando que estava noite e as nuvens não estava no seu tom normal e sim, estavam pretas denunciando a chuva que cairia. Meus olhos marejaram na hora. Parei em uma lanchonete, comprei algumas coisas pra comer quando meu estomago doeu e ignorei o enjoou. Uma chuva grossa começou e meu corpo se arrepiou, eu trajava apenas um shorts, um all-star e uma blusa de ombros com um casaco jeans, curto e de mangas. 

-Nós vamos fechar a lanchonete.
-Moça, me deixa ficar aqui até a chuva passar.
-Eu infelizmente não posso fazer nada. -Ela disse me encarando com tédio.

Sai da lanchonete ouvindo a mulher bufar. Senti meus cabelos molharem cada vez mais e respirei fundo. Me sentei em um banco da praça e olhei pro céu sentindo os pingos no meu rosto. Eu estava acabada e doía muito, doía passar por aquilo. Pensei em ir pra casa de Amy mas desisti na hora, ela com certeza deveria estar na balada. 

Minhas pálpebras pesavam e minha unica opção foi deitar no banco. Fiquei encarando algumas pessoas que passavam ali com guarda-chuva e me olhavam como se eu fosse um lixo.

Se meu namorado e meus pais me abandonaram isso quer dizer que eu sou mesmo, né?

Acordei com o farol no meu olho, ainda chovia só que mais forte. Meu corpo estava ensopado. O motor do carro roncou mais forte e eu bufei. Vi um menino sair correndo de dentro do carro e um meio sorriso surgiu no meu rosto. Justin veio atrás de mim. Ele secou os olhos e eu notei que ele chorava. Ele me pegou no colo e eu deitei minha cabeça no peito dele.

Ele me colocou dentro do carro e sem falar nada ele começou a dirigir.

-Eu sou um mostro. -Ele sussurrou.
-Justin
-Me perdoa, amor. -Ele disse me olhando através do espelho. -Eu sou um monstro.

Ele começou a chorar e eu não sabia o que fazia. Ele parou o carro em frente a casa dele e me pegou no colo me levando pra dentro de casa. Senti um alivio ao sentir o ambiente quente. Ele abriu a porta do quarto dele e me levou pro banheiro. Ele tirou minha roupa e ligou a banheira. Ele puxou a camiseta pra cima e tirou sua roupa ficando nu, assim como eu. Ele me puxou me abraçando forte. 

Entramos na banheira enquanto eu sentia meu corpo se aconchegar ainda mais com a água quente. Depois ele me tirou da banheira, colocou uma camiseta dele em mim e secou meu cabelo. Ele vestiu uma cueca e deitou na cama junto comigo. Ele me abraçou chegando ainda mais perto de mim, ele encostou nossos narizes e fechou os olhos.

-Esquece tudo que eu te disse. -Abaixei o olhar- Esquece todas as merdas que eu te disse no seu quarto, eu vou largar tudo, minha adolescência, vou largar as baladas e tudo o que for possível, eu vou deixar tudo pra cuidar de vocês. -Ele respirou meu cheiro.-E esquece o que eu te disse, eu te amo sim e muito. Eu prometo que vamos lutar juntos contra o mundo. 


FlashBack Of

Me lembro que depois de tudo isso acontecer contamos a Pattie, que pelo menos ela nos apoiou de primeira. Diferente dos meus pais e de Jeremy que teve um surto. Eu lembro que quando estava com cinco meses Justin me tratava super bem e ai meus pais tiveram a coragem de vir falar com a gente, comprava coisas pra bebê com o dinheiro que ele recebia já trabalhando em uma lanchonete. Quando Liv nasceu ele começou a trabalhar na empresa do seu pai e cinco meses depois conseguimos uma casa e Justin passou de sub chefe pra chefe da empresa. Depois de um ano conseguimos montar meu pequeno atelie e sobrevivemos dessa forma.

E então o inferno começou, Justin me traia, me batia diariamente e nunca parava. Eu sinceramente achei que ele gostava de me ver sofrer e que nunca pararia, mas ele parou. Quando eu tomei vergonha na cara de deixar ele.

Senti algo molhado na minha boca e acordei do meu transe vendo Justin pressionar seus lábios no meu. Ele segurava minha cintura como se tivesse medo de eu sair correndo dali. Vi que atrás dele Liv e Math riam olhando aquilo com os olhos brilhando. Empurrei Justin que abriu os olhos e gargalhou.

-Você ta louco? -Indaguei brava e ele riu.
-Você tava ai sonhando de olhos abertos e eu sei que era comigo que você tava sonhando acordada. -Disse piscando e eu bufei.
-Tava lembrando quando contei pra você que tava gravida da Liv. -Disse e ele engoliu a seco.

Dei um sorriso falso e subi as escadas escutando a risada de Justin, Math e Liv. Entrei no quarto e fechei a porta. Me joguei na cama respirando fundo. Depois de alguns minutos ali escutei um peso na cama e olhei pro lado vendo Justin que me encarava com um sorriso no rosto. Bufei e revirei os olhos. 

-Você ta odiando mesmo me ver aqui na sua casa. -Ele disse.
-Ah, descobriu agora? -Disse irônica.

Ele respirou fundo e levantou da cama saindo do meu quarto. Bufei e enfiei a minha cabeça no travesseiro. Senti minhas pálpebras pesando e o sono chegando.

Estados Unidos/Nova York
15:38 PM
Justin P.O.V

Desci as escadas e bufei me sentando no sofá, Liv estava pintando algum desenho e Math olhava a TV. Ele assistia um desenho de uns porcos estranho que eu nem dava atenção mas ele ria sem parar. Desliguei a TV fazendo ele me encarar bravo.

-Vamos aprender a andar? Ta na hora! -Ele assentiu batendo palma.

Coloquei algumas almofadas no chão e coloquei ele bem afastado de mim. Ele começou a rir e Liv largou os desenhos vendo até nós. 

-Vem, Math. -Bati palma e ele riu.
-Não Math, vem com a irmã. -Liv disse e ele começou a gargalhar.

Ele tinha medo de cair e eu tinha percebido isso pelo nervosismo dele. Me levantei e caminhei em passos rápido até ele, me abaixei perto dele e peguei nas mãos dele o guiando. Ele começou a gritar e pedir pra soltar da minha mão. Soltei a mão dele que deu dois passos e caiu no travesseiro, Liv riu e eu também. Coloquei ele afastado da gente. Comecei a bater palma e ele deu dois passos e parou imóvel, ele riu e voltou a andar se jogando nos meus braços. Comecei a rir enquanto ele gritava.

-Isso ai filho, vamos de novo. 

Ele riu e assentiu. Coloquei ele afastado da gente e ele veio correndo mas acabou caindo e batendo o queixo no chão. Me desesperei e sai correndo na direção dele que chorava. Peguei ele no colo e comecei a passar a mão na cabeça dele.

-Shhh, passou. -Dei um beijou- Sarou? -Ele assentiu. -Você foi muito bem filho, ta quase aprendendo a andar. Amanhã a gente continua, ta?
-Eu fui beim? -Assenti rindo.

Coloquei ele no chão que deu alguns passos indo até o sofá. Ele se deitou ali e eu sentei ao seu lado. 

-Liv, fica de olho nele. -Ela assentiu.

Ela assentiu e se sentou no sofá na frente de Math. Subi as escadas e entrei no quarto. Jennifer dormia serena e eu sorri. Dei um beijo na bochecha dela e ela se mexeu. Comecei a tirar a roupa dela a deixando apenas de lingerie e ela se arrepiou. Coloquei uma coberta em cima dela e arrumei seu cabelo. Desci pra sala e Liv levantou do sofá.

-PAPAI, VAMOS FAZER UM BOLO. -Ela disse gritando.
-Fala baixo que a mamãe ta dormindo. -Ela assentiu- Eu não sei filha.
-A gente aprende. Tem um livro de receita na cozinha, vamos.

Assenti e peguei Math no colo o levando até a cozinha. O coloquei sentado na mesa e peguei o livro de receitas, peguei tudo que pedia e coloquei sobre a mesa. Peguei uma vazilha.
-Aqui pede quatro ovos. -Disse olhando pra receita.
-Papai
-Sim?

Quando me virei pra encara-lá ela soprou a farinha que estava na sua mão fazendo ela ir pro meu rosto. Eu olhei pra ela e fiz a mesma coisa com ela que começou a rir.

-Sua pestinha. -Disse e ela riu.
-Eu tambeim papai. -Math disse resmungando.
-Ta, você também. 

Passei meu dedo sujo em seu rosto e ele riu. Coloquei tudo que o bolo pedia e comecei a mexer fazendo virar uma massa de chocolate. Passei no nariz de Liv e ela começou a rir, fiz a mesma coisa com Math que tentava lamber o nariz. Quando virei o rosto fui surpreendida por um jato de massa de chocolate no meu rosto. Liv começou a correr pela cozinha e eu fui atrás. 

Escutamos passos na cozinha e vimos Jennifer parada na cozinha olhando toda aquela bagunça. Ela estava com a cara amassada de sono e com um pijama leve no corpo, mas curto. 

-Posso saber que bagunça é essa? -Ela disse olhando aquilo e bufando. -Eu lavei esse chão semana passada, Justin! Como você é criança.
-Ah Jenn, foi a Liv que começou.
-E você foi nas brincadeiras dela. -Disse brava- Eu quero esse chão limpo.

Ela saiu da cozinha e eu respirei fundo, triste. Liv olhou pra mim e abaixou o olhar. Coloquei o bolo em uma forma e liguei o forno o colocando ali dentro. Eu e Liv começamos a arrumar a bagunça enquanto Math nos encarava. Depois da cozinha estar da mesma forma que encontramos nos sentamos ali.

-Por que a mamãe ta te tratando assim? -Ela disse me olhando.
-Assim como? -Disse brincando com os dedinhos de Math.
-Ela não deixa você nem chegar perto dela, papai. -Bufou.
-Você percebe tudo, né? -Disse rindo fraco- Eu fiz muito mau pra mamãe, ela não quer que eu me aproxime com medo de eu machucar ela de novo.
-Você a machucaria de novo? -Neguei e ela assentiu.
-Vamos tomar um banho, vocês estão sujos.

Eles assentiram e eu peguei Math no colo. Andamos até a sala e Jennifer estava sentada na sala assistindo TV. Ela nos olhou e Liv passou reto assim como eu fiz com Math. Os levei lá pra cima e tirei a roupa deles ligando o chuveiro e os colocando ali de baixo.

Estados Unidos/Nova York
17:28 PM
Jennifer P.O.V

É horrível quando você quer muito uma coisa mas não faz com medo de se arrepender e se machucar de novo. Esse era meu medo. É claro que eu queria me entregar a Justin mas também tinha consequências, ele podia muito bem me trocar de novo e eu sofrer mais do que sofri. Eu acho que nunca conseguiria passar por isso de novo, eu seria fraca.

Eu consegui me reerguer mas ele voltou querendo me machucar de novo, ou talvez não. Eu não sabia mais de nada, eu só sabia que ele era egoísta por me ver sofrer tudo que sofri e voltar querendo voltar pra mim como se nada tivesse acontecido.

Ele nunca vai saber o quanto doeu. 

Respirei fundo coçando meus olhos mais uma vez. Eu confesso que pra mim a melhor cena da minha vida foi ver Justin, Math e Liv brincando com massa de bolo, mas eu não podia abrir um sorriso e então o que eu fiz foi tirar o sorriso dele. Eu odiava a forma como eu queria sorrir em ve-ló mas eu sabia ao mesmo tempo que eu tinha que ser forte e nunca mais me tornar uma garota fraca.

E eu vou fazer isso, nem que eu tenha que fazer da vida de Justin um inferno. 

Depois de alguns minutos vi ele descer as escadas cantarolando e indo direto pra cozinha. Ele voltou e se jogou no sofá ao meu lado.

-Sabe o que eu tava pensando
-Não quero saber. -Disse seca.
-Eu queria comprar uma casa.
-O QUE? -Disse o encarando- Justin, a gente fez um trato. -Respirei fundo.
-Eu não lembro de fazer trato nenhum. -Ele deu de ombros- Jennifer, eu quero comprar uma casa pra viver com nossos filhos.
-Você sabe que a gente não vai voltar, né?
-Eu não vou desistir de você!  -Abaixou o olhar.- Vai Jenn, a gente coloca esse apartamento a venda e compra uma casa maior.
-Eu não vou viver do seu dinheiro. -Respirei fundo.
-Você me ajuda com o dinheiro que você vai ganhar do seu apartamento. -Ele respirou fundo- Eu quero poder comprar uma casa maior que tenha um quintal grande pras crianças poder brincar e quando a gente voltar pra Stratford a gente deixa essa casa aqui e quando for as ferias a gente passa aqui.

Comecei a gargalhar como se fosse uma louca e ele me olhou como se não estivesse entendendo. Justin só podia estar de brincadeira com a minha cara.

-Falei alguma besteira?
-Claro! O que te leva a achar que eu vou voltar pra você e que ainda vou voltar pra Stratford.
-Vai vendo, quando você voltar pra mim você vai ver. -Ele disse me dando um sorriso convencido. Eu quero te reconquistar.

Eu olhei pra ele que tinha um sorriso nos lábios. Eu poderia tirar um bom proveito daquela situação, eu adoraria o ver triste. Assenti e ele me encarou assustado.

-Eu quero provas que me ama de verdade, como diz.
-Eu te amo. 
-Saindo da sua boca eu não acredito, não mais. -Pisquei.- Eu me mudo pra casa com você! -Ele sorriu. -Você tem uma semana pra aprender a cozinha e me fazer um jantar divino.

Ele arregalou os olhos e eu sorri. Fui pra cozinha e abri o forno vendo o bolo queimado e uma parte maior que a outra. Ri e voltei pra sala, ele ainda estava com os olhos arregalados olhando pra frente como se eu estivesse ali.

-E acho bom apressar, porque só pelo o que eu vi na cozinha esta terrível.

♀♀

Brincava com a caneta em cima da mesa e respirava fundo, minha cabeça doía pra caramba e eu não via a hora de chegar em casa, tirar esses saltos e me deitar. Eu bem que queria fazer isso logo mas ainda era uma da tarde e tinha milhares de vestido pra mim desenhar. No final do domingo eu consegui elaborar uma jaqueta maravilhosa e minha costureira já estava a fazendo. Dois dias depois do domingo tinha se passado e já era quarta-feira.

Meus pais e os pais de Justin tiveram que voltar pra Straford. Ainda podia sentir o beijo do meu pai na minha testa me fazendo sentir reforço por ter ignorado eles. Tudo bem que eles fez o que fez, mas eu errei! Eu pedi pra eles se afastarem e eles apenas respeitaram minha opinião e eu tinha sido muito dura com eles. 

Respirei fundo tendo aquelas lembranças.


Flash Back On

A campainha tocou e antes de Justin se levantar do sofá eu fui mais rápida e abri a porta, achei que era Beca mas era apenas meus pais e os pais de Justin. Jared me deu um sorriso fraco e eu me afastei da porta dando liberdade pra eles poder entrar.

-Queridos, estamos indo hoje!
-Sério, Pattie? -Fiz bico- Poxa, nem tivemos tempo de sair pra conversar, fazer compras. -Ela deu um sorriso fraco.
-Teremos muito tempo pra isso quando você voltar com Justin. -Disse e eu revirei os olhos fazendo Justin rir.
-Sentirei a sua falta. -Rose disse de cabeça baixa.

Jared se irritou quando eu não respondi ela, e então ele a puxou pra perto dele fazendo ela deitar a cabeça em seu peito. Ela estava pálida e tão sem vida, olhei pra ela e assenti. Ela me puxou pra um abraço me fazendo respirar fundo. Ela é minha mãe. Ela esteve comigo quando eu descobri minha gravidez, ela me deu dinheiro. Ela se preocupou comigo a vida inteira. 

Ela sempre quis meu bem.

Envolvi meus braços em seu pescoço e ela respirou fundo como se estivesse aliviada e então ela começou a chorar abraçada comigo enquanto eu colocava a cabeça em seu pescoço tentando não chorar também.

Chegava até ser comovente ver a cena de mãe e filha, depois de tanto tempo se abraçando quando fazia muito tempo que isso não acontecia. 

Quando ela me soltou ela me deu um sorriu e beijou minha testa. Abracei Jeremy e Pattie e quando cheguei na frente do meu pai eu bufei em frustração revirando os olhos. Ele puxou meus ombros pra frente e me deu um beijo na testa de olhos fechados, fechei meus olhos sentindo-me bem naquele momento. Me sentia segura recebendo um beijo na testa do meu pai! Pra mim beijo na testa sempre representou cuidado. 

-Espero ser digno de seu perdão um dia.

Ele se afastou de mim, se despediu de Justin assim como Pattie e Jeremy fez. Nos despedimos dele e eu me joguei no sofá enquanto via meu pai saindo por aquela porta. 

Só Deus sabe quando nos veríamos agora.

FlashBack Of

E não parava por ai, os meninos e as meninas ficaram e Chris até mesmo ligou avisando que eu precisava de um tempo e não dele ficar no meu pé, ele disse que me daria um tempo pra pensar na vida até porque ele sabia que eu me sentia muito incomodada com um tanto de gente que me fez mal implorando por perdão.

Justin tinha até sábado pra aprender a cozinhar e me preparar um jantar. Ele estava fazendo curso de gastronomia e eu ri quando fiquei sabendo mas eu esperei não duvidar dele. Ele sempre me impressiona.

Mas quem consegue aprender a cozinhar em seis dias? Fala sério. 

Rebeca entrou na minha sala com uma pilha de papeis e eu sorri sentindo meu corpo se encher de felicidade. Ela disse que entraria com uma pilha de pedidos feitos por e-mail a qualquer minuto, eu só não esperava que fosse tantos assim.

A verdade é que Rebeca tinha realmente me salvado! Depois da inauguração do atelie ele estava bombando, era pedidos pra lá e pra cá. Fora os pedidos de vestido que tinha sido feito por famosas para mim fazer no Grammy 2015. Eu só podia estar sonhando de tanta felicidade.

Eu tinha recebido um pedido da Rihanna pra mim fazer o vestido dela pra apresentação dela pro Grammy e eu confesso que nunca estive tão feliz esses cinco meses. 

Logan? Ele parou de me ligar, sim... simplesmente parou! Eu ligava todos os dias, claro... mas ele nunca me ligava e quando a gente conversava não passava de cinco minutos já que ele sempre tinha que desligar. Estava um inferno passar esses dias sem ele, isso porque não fazia nem uma semana que ele tinha partido. 

Rebeca colocou os pedidos em cima da mesa e eu analisei todos, assenti e ela levou pra costureira. 

Quando deu quatro horas da tarde eu resolvi me vestir pra ir pra academia. 

Me vesti e parti pra mesma, fiquei por volta de uma hora e meia e voltei pra casa correndo. Entrei no apartamento sentindo meu rosto pingar a suor. Entrei dentro de casa e vi Justin jogado na sala, passei reto e subi. Passei no quarto das crianças e vi os dois dormindo em suas devidas camas. 

Voltei pro meu quarto e vi Justin deitado na minha cama de olhos fechados. Bati em seu peito e ele abriu os olhos me puxando e me fazendo cair na cama.

-Me solta, eu to suada. -Disse bufando.
-Você fica sexy assim.

Ele me jogou pra de baixo dele e ficou me olhando nos olhos. Olhei pra boca dele e ele fez o mesmo olhando a minha. Justin puxou minha cintura mais pra perto e avançou em minha boca, tentei recuar mas já era tarde demais já que sua linguá cavalgava em torno da minha boca. Agarrei sua nuca puxando mais contra mim e puxei seu cabelos sentindo ele beijar meu maxilar quando a faltar de ar surgiu. 

Senti um enorme volume de Justin de baixo de mim e me arrumei na cama tentando me arrumar corretamente na cama. Ele avançou mais uma vez em meus lábios e começou a roçar em mim. Ele pressionava seu pênis na minha vagina por cima da legging como se estivéssemos fazendo sexo de roupa.

Ele ameaçou entrar com a mão por dentro do meu top mas eu dei um tapa na mesma o fazendo rir.

-Eu sabia que você não ia querer. -Ele disse e eu bufei.
-E por que tenta?
-Gosto de te ver brava.
-Me solta, quero tomar banho!
-Só se você me deixar tomar consigo.
-Ai você acorda. -Disse irônica.

Escutei a risada dele e fui pro banheiro, tranquei o banheiro e me despi. Abri o chuveiro e entrei no mesmo. Tomei um banho rápido e me enrolei no roupão. Justin estava deitado na minha cama mas agora dormia como um anjo. Desci pra cozinha e coloquei água na panela. Subi de volta pro quarto e ele continuava dormindo mas já tinha mudado de posição. 

Tirei meu roupão e peguei uma lingerie. Quando estava pronta pra vestir senti um enorme volume na minha bunda, ameacei virar mas ele segurou meu corpo com força. Minha respiração estava falha agora. Filho de uma mãe, fingiu estar dormindo pra me ver nua.

-Meu pênis dói de tão duro que esta. -Ele sussurrou no meu ouvido- Eu quero apenas te deitar naquela cama e te foder com força como se fosse a ultima coisa que eu faria depois da minha morte. Eu quero enfiar meu pênis em você e te foder toda até você pedir pra parar, eu quero puxar seu cabelo e bater em você enquanto te como todinha.

Senti meu coração bater forte. Eu estava tão molhada que o liquido escorria pela minha perna. Justin colocou a mão na entrada da minha vagina e gemeu quando sentiu o liquido.

-Jennifer, você esta prontinha pra mim... Eu preciso te foder.

...

Continua


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Beijos!!!

23/01/2015

Drug Of Love -74- Positivo



Estados Unidos/Nova York
23:26 PM
Justin P.O.V

Eu sentia meu corpo em êxtase, saber que Jennifer estava disposta a tentar novamente, ou em partes já que ela me disse que ela me daria uma chance pra tentar uma chance. Essa mulher é completamente louca mas eu sou mais ainda por ser louco por ela. 

Logan tinha ido embora e isso era um ponto a mais que eu tinha, um não... vários. Eu percebi que Jennifer não estava bem, é claro... o namoradinho bosta dela foi embora. 

Com um copo de cerveja eu conversei com meu pai e com Jared, e eles ficaram feliz por mim, é claro, até Deus estava.

Eu tinha conversado com Liv e ela me pediu perdão por ter dito aquelas coisas mesmo eu sabendo que era verdade. Eu concordava com tudo, Jennifer foi um pai e uma mãe pra ela enquanto eu estava com Julia. Eu me sentia um bosta, eu tinha errado com meus filhos e com a minha mulher. Não era qualquer errinho bobo, é o ERRO. 

O relógio marcava onze e meia e o salão se esvaziava cada vez mais. A maioria das criança já tinham ido embora. Liv estava sonolenta e Math dormia no ombro de Jared. Ele estava meio triste por Jennifer não estar falando com ele, ela era a unica filha dele e eu notava o desapontamento nos olhos dele cada vez que ela o tratava mal. Eu estava saindo com créditos porque até agora ela não tinha me tratado mal.

Beca parecia uma gazela saltitante esperando que desse meia noite pra ela poder tocar eletrônica e dançar até o chão. Ela era uma gata, loira de olhos verdes e com um belo corpo maravilhoso e apesar de ter olhado muito pra ela eu nunca a trocaria por Jennifer. Que merda eu estou dizendo? Eu troquei Jennifer por uma pirralha. Quem era eu quando fiz aquela merda? Eu fico puto com isso. Mesmo assim, eu nunca mais trocaria Jennifer por mulher nenhuma.

Depois de alguns minutos as únicas crianças que tinha no salão era uma amiguinha e um "amiguinho" de Liv do canada, Liv e Math. 


-Jared, me da ele aqui. -Jennifer disse.
Jared engoliu a seco e me olhou, respirou fundo e deu Math no colo de Jennifer.
-Eu sou seu pai. -Ele disse.
-Agisse com tal. -Disse rude e seca. -Liv, meu amor... vamos?
-O que? -Beca disse- Como assim amiga? Você não vai ficar pra se divertir, você não parou um minuto de servir as pessoas.
-As crianças estão com sono. -Jenni,disse.
-Não, Jennifer. -Pattie disse- Deixa que eu levo elas. 
-Não, Pattie! Não precisa.
-Precisa sim sogrona. -Beca fez uma voz estranha e eu ri- Jennifer, por favor.
-É Jennifer, minha mãe cuida deles.
-Eu não quero incomodar.
-Desde de quando ficar com meus netos é incomodo? -Minha mãe fingiu estar brava- Eles vão chegar e cair no sono. Me da a chave da sua casa. Eu durmo na cama da Liv, Jeremy dorme no sofá e as crianças dorme na sua cama.
-Não, Pattie. Pode dormir você e Jeremy na minha cama. Eu e Justin nos viramos depois.
-Não quero incomodar.
-Que isso, não vai. Podem dormir a vontade.
-Obrigada, Jennifer. -Minha mãe sorriu- Qualquer coisa tem o hotel, vocês podem dormir lá.
-Não. -Ela se apressou em dizer.- A gente se vira na sala.
-Ok, se divirtam. 
-Boa noite, gente. Durmam bem. -Jennifer disse.

Meu pai pegou Liv no colo e minha mãe pegou Math que já dormia. Jared tentou falar com Jennifer mas ela virou as costa pra ele. Puxei o braço de Jennifer o que a fez ficar de cara com o pai dela.

-Jennifer, vamos conversar.
-Não começa! -Jennifer disse bufando.
-Jennifer, fala com seu pai.
-Amanhã, ok? Eu não quero me zangar hoje. -Ela bufou- Amanhã a gente conversa.
-Tudo bem. -Ele respirou fundo.-Cuida dela Justin, tchau filha. -Ele deu um beijo na testa dela.

Ele fez um toque comigo e deixou a garrafa de cerveja em cima de uma mesinha. Ele saiu andando e deu a mão pra Rose que sorriu e deu tchau pra nós dois e Jennifer apenas revirou  os olhos. Puxei ela pela cintura e ela arqueou minha sobrancelha.


-O que você ta fazendo?
-Se divirta. -Disse.
-Justin, é sério! Eu disse que vou tentar te dar uma chance e não que eu te dou uma chance e que você já tem total acesso pra sair me agarrando.
-Sabe o que é ficar praticamente seis meses batendo punheta pra você?
-O que? -Ela abriu a boca em um perfeito "O"
-A vadia nojenta da Julia nunca abriu as pernas pra mim.
-Por isso terminou com ela? -Ela disse irônica.
-Logico que não, eu terminei com ela porque descobri que ela estava pegando meu dinheiro pra pagar a divida do namoradinho drogado dela.
-Ela tava te extorquindo? -Disse rindo- Achei que você tinha cérebro Justin.
-Vamos parar de falar nela, foca em nós dois.
-Não tem "nós" entendeu?

Ela saiu dos meus braços e foi até Beca que agarrou ela e começaram a dançar. Abaixei minha cabeça colocando meus dedos entrelaçados no meu cabelo.  Escutei um banco se arrastando e sabia que alguém estava sentado do meu lado mas eu não queria levantar a cabeça e não queria que ninguém visse meus olhos marejados.

Eu não queria que ninguém me visse tão fraco desse jeito.

Eu não queria parecer fraco, mas eu era louco por ela. Eu ficava tão fraco quando se tratava dela.


-Justin? 


Escutei a voz chorosa da Carla. Eu sabia que ela estava saindo machucada nisso também, sabia que estava triste por causa de tudo. Sabia que ela estava arrependida. Eu também estava, Chris também estava, Ryan também e Chaz também. Todos estávamos arrependidos e queríamos que Jennifer nos perdoasse mas ela era orgulhosa demais.

Nem era caso de orgulho, mas eu até ficaria magoada se fosse trocado por ela, se fosse ela no meu lugar me trocando seria o fim do mundo. Mas eu não parei pra pensar em como ela ficaria. 
Levantei a cabeça e olhei pra Carla que estava agora calada e olhando Jennifer e Beca que dançavam animadamente na pista.


-O que foi? -Disse a olhando.
-Ryan. -Ela disse baixo. -Ele nunca vai me perdoar.
-Carla...
-Eu já tentei de tudo. Você acredita que ele ta dando em cima da amiguinha da Jennifer? Eu quero morrer. -Ela disse abaixando a cabeça.

Olhei pra pista e Ryan estava puxando a amiga de Jennifer que olhou pra Carla e deu um sorriso "maligno" Ryan puxou ela pela cintura e começou a dançar colado nela enquanto Jennifer gritava pros dois se beijarem. Eu não queria que Carla visse aquilo, eu não queria que ela visse Ryan beijando outra garota. 

-Carla, vamos lá pra fora.
-Por que? -Ela disse levantando a cabeça- Ai meu deus... Justin! Eles não podem se beijar, eu vou lá.

Sem conseguir dizer nada Carla levantou e foi na direção de Ryan. Ela puxou Beca de lá e Beca começou a rir.


-Você ta louca? -Beca disse.
-LOUCA É VOCÊ. PARA DE DAR EM CIMA DO MEU MARIDO.
-Meu amor, ele que ta dando em cima de mim. -Ela disse rindo.
-Carla, vaza daqui. A gente não tem mais nada. -Ryan disse.
-Bom saber. -Beca disse.

Beca puxou Ryan pela nuca e começou a beija-ló. Carla olhava aquilo com lágrimas nos olhos. Ela me olhou como se pedisse ajuda mas eu não sabia o que fazer, só sabia que meu amigo estava agindo como um idiota. E o que me deixava puto era o fato de que Jennifer ria daquilo, ela simplesmente ria.

Carla deixou a primeira lágrima cair e em seguida todas correram junto. Puxei ela pela cintura e Jennifer me encarou. Levei Carla lá pra fora e se sentamos na escada do salão. Ela colocou a mão contra a boca tentando conter os soluços mas mesmo assim não adiantava.

Puxei ela pelo braço a fazendo deitar a cabeça no meu peito. Comecei afegar seu cabelo enquanto ouvia seu choro. Eu tinha me aproximado muito mais de Carla quando Ryan terminou com ela, eu odiava ver ela chorar por ele. Doía meu coração ver ela chorar daquela forma. 


-Não vale a pena. -Sussurrei.
Ela abraçou meu corpo mais ainda e eu senti meu coração doer. 

-Eu quero ir embora pro Canada, pegar minhas coisas e voltar pra Londres. Eu preciso Justin!
-Carla, você não ta pensando direito.
-Eu preciso, me ajuda! 
-Olha pra mim. -Ela olhou- Não vale a pena, ok? Você veio aqui pra tentar ter a confiança de Jennifer, não deixa o Ryan estragar isso. Tem um amigo da Jennifer lá em cima e você pode devolver na mesma moeda.
-Eu não quero, Justin. Eu não posso fazer isso! -Ela respirou fundo- Vamos voltar pra festa.
-Tem certeza? -Ela assentiu.
-Eu não quero parecer fraca, se ele quis acabar com isso... ótimo! -Ela deu um sorriso fraco- Eu não vou correr atrás dele.
-Isso, tem que falar assim princesa.
-Eu te achava um idiota. -Ela respirou fundo- Só agora percebo porque Jennifer insistia tanto em você.
-Pena que ela não faz mais isso.
-Ela vai te perdoar.
-Assim espero. -Deu um sorriso fraco- Vamos. 

Me levantei e dei a mão pra ela. Subimos e ela tirou sua mão da minha. Quando entramos no salão Ryan olhou pra ela. Voltamos a nos sentar no mesmo lugar que estávamos. Ryan dançava agarrado a Beca, mesmo seu olhar estando em Carla. Jennifer dançava com Brandon e eles riam sem parar. Chris e Lisa estavam sentados em um lado conversando e Chaz comia enquanto Bella batia na mão dele.

-Se Chris não fosse namorado da Lisa eu ficava com ele. -Carla disse e eu ri.
-Você escolheu o Ryan.
-Maldita escolha. -Revirou os olhos e riu.

Começou a tocar Madison Beer com o cover de Stay With me e eu e Carla rimos.

-Quem fez essa merda de playlist?
-Algum tapado, com certeza. -Ela disse e riu.
-Quer dançar?
-Justin...
-Ah, para vai. -Bufei- A gente é amigo. Seu marido idiota ta quase se comendo na pista com outra e minha "mulher" ta dançando com outro.

Ela riu e assenti. Levantei e a puxei pela mão. Ela se juntou a mim e eu notei o olhar de Ryan em cima de nós. Ela deitou no meu ombro e eu abracei sua cintura, começamos a dançar lentamente e enquanto rodávamos notei que Jennifer estava parada com os braços cruzados e bufando. 

-Ta todo mundo olhando a gente. -Ela disse.
-Fecha os olhos. -Disse e ela assentiu.

Sei muito bem o que Ryan estava pensando, que eu estava dando em cima de Carla mas a verdade é que eu nunca ficaria com ela, eu considerava ela como uma irmã mais nova. Eu sentia que deveria a proteger como se ela fosse minha irmãzinha e na realidade era. A mãe dela a deixou ali e pediu pro Ryan cuidar disso mas ele não servia nem pra isso e ela não tinha mais ninguém, então meu dever era cuidar dela.

Quando a musica acabou Carla começou a rir e me abraçou. Ela estava tão linda que eu não sei como Ryan resistia. Ela usava um vestido vermelho destacando sua pele branca, com um salto alto preto e uma maquiagem nude enquanto seus cabelos caiam sobre suas costa. Ela era linda.

-Você é linda Carla, não deve chorar por Ryan.
-Ele é um idiota, Justin! -Respirou fundo e eu assenti- Nunca achei que ele beijaria outra garota na minha frente.
-A gente nunca espera as coisas das pessoas que amamos.

Ela respirou fundo e abaixou a cabeça. Esbraveci e levantei a cabeça dela.


-Abaixar a cabeça, nunca! -Ela assentiu.

Notei que o olhar dela estava em Ryan que estava encostado na parede beijando Beca como se fosse comer ela ali. Chris e Lisa se juntou com a gente e eu fui até Jennifer que estava dançando rebolando aquela bunda enorme.

-Vai ficar aqui até que horas? -Perguntei coçando a cabeça.
-Pergunta pra Carla. -Disse jogando o cabelo pro lado.
-Para de graça, o Ryan ta se comendo com a sua amiga aqui no meio do salão. É claro que ela ia ficar mal. Ela não tem mais ninguém além de mim pra cuidar dela.
-Ah, claro. -Ela riu- Então vocês tem que ficar se agarrando?
-Eu não estava me agarrando com ela, eu estava dançando normalmente. -Dei de ombros.
-Vou ficar até duas horas. É a hora que eu tenho que entregar o salão.
-Ok. 
-Como ela ta? Carla... -Dei um meio sorriso.
-Mal, Ryan ta se agarrando com Beca na frente dela.
-O que aconteceu entre eles? -Ela disse colocando a mão no meu pescoço.
-Julia beijou Ryan e quando ele contou pra ela, ela acreditou nela.
-Bem feito.
-Ela se arrependeu.
-Eu sei, ela me disse que bateu nela.

Assenti e quando ia me afastar ela me abraçou com força colocando sua mão na minha nuca. Ela me puxou mais ainda fazendo meu corpo bater com o dela. Tocava uma musica eletrônica mas mesmo assim continuávamos dançando como se fosse uma musica lenta.


-Eu senti sua falta.
-Problema seu. -Disse

Respirei fundo tentando engolir o choro que ficou parado na minha garganta. Ela me apertou com mais força e eu senti meu coração doer não pela força que ela me agarra mas sim como ela me tratou, eu era um idiota, um boiola chorão. 


Estados Unidos/Nova York
01:25 AM
Jennifer P.O.V

Eu sabia que aquilo o deixou magoado, sabia que ela se segurou pra não chorar mas eu estava chateada, eu estava chateada com ele e qualquer coisa que o deixasse triste eu estava disposta a fazer.

O que me deixava um pouco mais incomodada era o fato de Carla ter chorado na minha frente enquanto eu fingia rir por Ryan estar beijando outra garota. Mas eu sabia o quanto doía. Justin já tinha até mesmo feito sexo com outras garotas na minha frente e eu sabia o quanto aquilo doía. Ryan parecia querer esfregar na cara dela que estava beijando Beca e Beca parecia querer esfregar na cara de Carla o quanto Ryan a desejava. Não que eu esteja defendendo Carla mas eu sabia que aquilo doía muito.

-Ryan quer transar comigo. -Beca disse no meu ouvido.

Olhei pra Ryan que olhava pra bunda de Beca e olhei pra Carla que olhava pra ele. Ela notou meu olhar em cima dela e abaixou a cabeça. 


-Para de ficar provocando a Carla, isso machuca muito. -Ela revirou os olhos.
-Ele é gostoso. -Disse batendo os pés.
-Você pode por favor parar de provocar Carla? -Justin disse pra Beca- Ela não te fez nada, ela fez pra Jennifer e não pra você.
-Agora ficar com o ex marido dela é estar provocando?
-Eu sei o que é provocação e o que não é! -Disse raivoso- Eles ainda são casados no papel e o Ryan só ta te usando pra fazer ciumes nela.
-Justin, para de dizer coisas que você não sabe. -Ryan disse, bravo.
-Eu to falando alguma mentira Ryan? Você deveria agradecer por ter a Carla! Você deveria valorizar, eu não valorizei a minha e olha eu to feito um cachorrinho atrás dela.
-Ei, nem vem que eu ainda nem comecei. -Disse brava.
-Justin, você pode me levar? -Carla disse chegando do nosso lado.
-Eu te levo. -Ryan disse e Beca arregalou os olhos.
-Em, Justin? 
-Te levo sim, Carla. 
-Obrigada! -Ela sorriu.
-Depois eu volto pra gente ir juntos. -Ele disse e eu assenti brava. -Eu só vou levar ela, não precisa ter ciumes. -Ele disse no meu ouvido.
-Ciumes de você? nunca! -Disse também no ouvido dele.

Ele deu uma risada e em seguida me deu um beijo na bochecha. Justin passou a mão sobre os ombros de Carla. Senti meu rosto queimar de ciumes e bufei. Ryan começou a resmungar coisas desanexas quando eles saíram do salão. Beca virou pra ele e apontou o dedo na cara dele.

-Olha bem pra mim e vê se eu tenho cara de mulher que é usada pra fazer ciumes? -Ela disse e ele a fitou- Eu tenho classe meu bem, pega qualquer lixosa que você consegue fazer ciumes pra aquela asinha. 

Beca deu um tapa na cara dele e eu ri. Era uma coisa que eu queria a tempos fazer com todos amigos do Justin. Chris, Liza, Chaz e Bella se aproximaram da gente


-Jennifer, estamos indo! O aniversario foi o máximo. -Chris disse.
-Quem disse que eu me importo? -Ri sarcástica- Já foi tarde.

Começou a tocar Your Body e eu comecei a dançar sem me importar com as pessoas que estavam ali. Brandon se aproximou de mim e eu comecei a rir quando ele rebolou na minha frente, dei um tapa estalado na bunda dele e ele virou pra mim com cara de dó. Revirei os olhos e comecei a dançar. Olhei pra Beca e por relance vi que Chris me encarava. Chamei Beca com o dedo e ela veio rebolando até mim. Comecei a rebolar e ela se enfiou no meio da minhas pernas enquanto dançava roçando no meu joelho. Ela agarrou minha cintura e eu comecei a rir.

-Se comam. -Brandon disse.
-Se eu pudesse. -Beca disse mordendo os lábios e caímos na risada.

E do nada vi que no salão só tinha nós três. Continuamos dançando e bebendo.

-Ainda bem que vocês compraram drinks.
-Somos maravilhosos. -Brandon disse.
-As vezes acho que você é gay.
-O gay aqui em baixo ta louco pra te comer. -Ele disse apontando pro pênis e eu ri.
-Você é um idiota. -Disse rindo.
-Você e o Justin voltaram?
-Não... Logan falou pra mim dar uma chance pra ele mas eu disse pra Justin que eu vou dar uma chance pra ele tentar uma outra chance comigo.
-Você é foda.
-Mulher magoada é como uma bomba, pronta pra ser explodida. -Pisquei.
-Ui. -Ele disse e eu ri.
-Vamos desligar as luzes? vou esperar o Justin lá em baixo e você leva a gente em casa.

Ele assentiu e começamos a desligas as coisas.


Estados Unidos/Nova York
01:40 AM
Justin P.O.V

O táxi já chegava no hotel que Carla ficava. Desci do táxi e a deixei bem em frente o hotel. Ela estava quieta o caminho inteiro e eu sabia que era porque ela triste. O foda é que eu também sabia que quando ela chegasse no quarto ela desabaria.


-Eu nunca achei que ele iria fazer isso. -Disse do nada- Nunca achei que ele seria um idiota a ponto de beijar outra menina na minha frente. -Ela limpou uma lágrima que escorreu- Eu apoiei todas minhas chances no Ryan, me casei nova pra morar com ele, quis até mesmo largar minha faculdade por ele. -Respirou fundo- Eu sabia que teríamos momentos ruins, sabia que nós brigaríamos feito cão e gatos e nos odiaríamos, mas que logo em seguida nos amaríamos. Eu sempre achei que por ele valia a pena. Fiz o meu máximo por ele, fiz tudo que eu podia e tudo o que eu não podia por ele. -Abaixou a cabeça- Eu duvidei sim dele Justin, eu duvidei. Mas sabe o que é se decepcionar com uma amizade? Sabe o que é achar que uma menina de dezessete anos beijaria seu marido? Sabe o que é achar que uma menina que você considera como irmãzinha, nunca, nunca vai te decepcionar? Eu me senti assim, eu me precipitei demais Justin! Não nego. -Levantou a cabeça- Mas ele precisava terminar o casamento por isso? Ele precisava acabar com uma coisa que eu demorei pra saber se era uma coisa que eu queria? -Respirou fundo- Eu recusei tantos meninos por ele, eu poderia estar me apaixonando por qualquer cara da faculdade ou me divertindo com ele. -Riu alto- Mas eu escolhi o Ryan, Justin, eu escolhi ele pra passar minha vida.

Ela começou a chorar descontroladamente e eu respirei fundo. Eu não sabia o que fazer, ela se declarou na minha frente falando do meu melhor amigo e eu não sabia o que fazer.

-Conversa com ele Justin, pede pra ele voltar pra mim. 

Ela colocou a mão no peito como se estivesse sentindo uma dor. Ela se curvou e começou a vomitar. 


-Carla...
-Fica longe.

Ela continuou vomitando sem parar. Peguei em seu cabelo enquanto ela vomitava. Ela começou a chorar e deitou a sua cabeça sobre meu peito.


-Isso vem acontecendo... -Ela disse.
-Você ta grávida.
-Só porque eu vomitei não quer dizer que eu to gravida. Ou é? -Ela me encarou.
-Qual foi a ultima vez que desceu pra você? 
-Como eu queria ter uma amiga pra poder falar sobre isso. -Disse revirando os olhos- Faz dois meses.
-Carla, você ta grávida. 
-Vamos... comigo no médico? -Ela me olhou e eu assenti. -Obrigada. 
-Eu venho te buscar amanhã cedo e a gente vai.
-Obrigada Justin, você ta sendo um ótimo amigo. -Ela me abraçou.
-Eu sempre estarei aqui. -Disse me afastando- Sobe lá.
-Até logo. 
-Até.


Ela limpou o rosto e subiu pro hotel. Respirei fundo e abaixei a cabeça olhando aquele vomito, eca. Dei um passo pra trás e vi Ryan saindo do táxi e vindo em direção ao hotel de cabeça baixa e com as mãos no bolso. Quando ele levantou a cabeça e me viu ele veio na minha direção.

-Justin.
-O que você quer? -Disse bravo.
-Como ela ta?
-Como você acha? -Respirei fundo- Que merda você tem na cabeça?
-Eu agi por impulso.
-Agiu por impulso muito tempo, né? -Bufei- Eu tenho que ir.
-Ela duvidou de mim, Justin.
-Foda-se Ryan, foda-se. Ela tava em duvida, ela considerava Julia como irmã. Cara, é foda... eu duvidei do Chaz e arrebentei a cara dele e mesmo assim ela falou comigo normalmente porque me entendeu.
-Mas ela é minha mulher... é diferente.
-Eu fiz coisas piores com Jennifer, ela me ajudou a mudar. Eu tenho que ir.
-Justin, quem fez essa caca aqui? -Ele disse apontando pro vomito.
-Um menininho, que tava com a mãe. Acho que tava passando mal. -Menti dando de ombros.
-Parece que não tem casa -Disse rindo- Até logo.
-Até. 

Eu sai andando até um ponto de táxi que tinha ali perto. Acenei pro primeiro táxi que vi e entrei. Dei o endereço e ele começou a dirigir em direção ao salão. Eu não podia contar pro Ryan que tinha sido a Carla que vomitou, se ela estivesse mesmo grávida ela que tinha que contar pro Ryan. Eu não tinha nada a ver, eles que fizeram sexo, ela que fez ele gozar, ele que gozou dentro dela. Eu já tinha minhas obrigações e meus filhos pra cuidar.


Quando o táxi chegou no salão eu vi Jennifer, Brandon e Beca na frente do salão e tinha mais um menino ali. Respirei fundo e bufei. Paguei o táxi e desci do mesmo. Me aproximei e vi Jennifer conversando com um menino, ela parecia dar em cima dele e ele dela. 


-Jennifer, vamos?

Ela olhou pra mim e gargalhou virando a cara e olhou pro menino. 

-Então, gata... rola passar seu numero?
-Jennifer vamos!
-Quem é esse? -O menino disse me olhando.
-Meu irmão. -Jennifer disse.
-Irmão? -Olhei pra ela.
-Ai Justin, espera. -Bufou.

Jennifer agarrou o pescoço do menino e o beijou. Beca e Brandon começou a gritar e rir que nem dois idiotas e bom eu... eu tinha vontade de chorar. Meus olhos enchiam de lágrimas. Eu não tinha que ver ela beijando aquele cara praticamente se comendo com ele na minha frente. Me afastei dali sem que ninguém visse e comecei a andar sem rumo. Depois de algum tempo andando eu me sentei no banco dali. Sentia as lágrimas vindo cada vez mais. Avistei um táxi e acenei, ele parou e eu entrei, dei o endereço e logo entrei. 


Sentia as lágrimas descendo. O motorista do táxi até se preocupou mas eu disse que estava tudo bem, até porque... que homem estaria chorando dentro de um táxi? 

Quando o táxi parou eu o paguei e entrei dentro do apartamento. Entrei no elevador e apertei o andar de Jennifer, olhei pro espelho do elevador e vi que lágrimas caiam e meu rosto estava vermelho. Eu sabia que era só o começo do que Jennifer estava fazendo comigo, ela me testaria até o ultimo pra saber se eu merecia outra chance dela. Era só o começo e eu chorava que nem uma marica.


Entrei no apartamento que estava com a porta aberta e vi Jennifer na sala colocando alguns cobertores no chão.


-A onde você estava? -Ela disse me encarando.

Sem responde-lá eu subi pro andar de cima, peguei uma cueca na minha mala e entrei no banheiro. Encostei minha cabeça na porta sentindo as lágrimas descendo, respirei fundo e engoli o choro. Liguei a ducha e senti a água cair na meu corpo limpando qualquer vestígio de suor. Depois de alguns minutos ali em baixo eu me sequei, vesti minha cueca e sai. Jennifer estava deitada no sofá e tinha uma coberta fina no chão com um travesseiro. Ela quer ferrar comigo. Me joguei ali mesmo sabendo que só tinha chão, deitei minha cabeça no travesseiro e olhei pro teto.

-Eu ainda não acredito que você tava chorando porque eu estava beijando o menino. -Ela disse rindo.

Me virei pro outro lado. Ela riu e me deu um tapa estalado nas costa.

-Me deixa em paz. -Disse com voz de choro.
-Para de ser marica Justin. -Ela disse e bufou.

Sentia o cansaço cada vez chegar mais e de repente eu dormi.

♀♀

Eu não sabia o que doía mais se era meu corpo ou minha cabeça. Meu corpo doía tanto que eu não conseguia me mexer naquele chão. Respirei fundo sentindo a dor cada vez mais forte.

-Justin, eu não acredito que você dormiu ai. -Escutei a voz da minha mãe.
-Me ajuda, eu não consigo me mexer. -Disse baixo.
-O que foi? -Ela disse pegando minha mão.
-Minhas costa doí mãe. -Respirei fundo.

Ela me ajudou a levantar e eu senti minhas costa doerem tanto que eu fui obrigado a sentar no sofá vazio. Minha mãe me fez deitar ali no sofá e em seguida desceu com um creme, contei pra ela o que tinha acontecido.


-Eu não consigo acreditar que ela fez essa maldade com você.

Minha mãe estava puta com o fato da Jennifer ter colocado uma coberta pra mim dormir. Jennifer veio da cozinha e minha mãe não disse nada. 


-O que você tem papai? -Escutei a voz da Liv.
-Nada meu amor.

Ela apenas assentiu. Minha mãe fez a massagem e em seguida foi pro hotel. Continuei deitado ali bufando mil vezes pela dor que parecia piorar.

-Ta tudo bem? -Escutei a voz de Jennifer.

Assenti. Levantei do sofá e subi as escadas de vagar. Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, sai enrolado e peguei uma calça jeans clara, um vans azul, uma blusa xadrez azul e uma regata branca. 


Coloquei um boné preto na cabeça e desci as escadas. Jennifer estava ali deitada no sofá com Math deitado no peito dela e Liv estava sentada na sala falando com alguém no celular dela.



-Vai a onde? -Ela perguntou.
-Vou sair. Não sei quando volto.
-Eu sabia que você não tinha mudado. Não precisa nem ficar Justin, pega suas malinhas e vai embora. -Ela disse.
-Não tem nada a ver com isso Jennifer, eu vou sair, ir no hospital. Mas se você quiser eu posso ir. 
-Então vai porque eu simplesmente não consigo olhar mais na sua cara nojenta.

Liv olhava aquilo assustada. Bufei e assenti. Subi e arrumei minha mala, coloquei lá dentro até mesmo as roupas sujas do sexto. Coloquei minha escova e todas minhas coisas ali dentro. Deixei minhas malas em um canto, desci as escadas correndo mesmo que minhas costa implorasse que eu não fizesse isso. Dei um beijo em Liv e um em Math e sai batendo a porta. 

Acenei pra um táxi e entrei no mesmo. Quando chegou na frente do hotel Carla já estava ali. Com um vestido florido, uma salto alto beje e uma bolsa e com o cabelo amarrado. Ela sorriu e entrou no táxi. Contei tudo pra ela sobre o acontecido e a unica coisa que ela me disse foi...

-Então você me entende.

E não precisava falar mais nada. Nós sabíamos como tinha doído e não precisava dizer mais nada. Quando chegamos no hospital nós marcamos o exame e ficamos esperando. Carla entrou na sala pra fazer o exame e implorou que eu fosse junto e eu fui. Ela fez os exames e ficamos mais algumas horas sentados esperando o resultado. Ela apertava minha mão com força como se estivesse com medo.

-Carla Smith?
-Eu -ela levantou a mão.
-Nos acompanhe.

Segurei sua mão com força e entramos na sala. Ele apontou pra cadeira a sua frente e nós entramos e nos sentamos. Ele a entregou o papel e ela começou a ler mas não entendia nada que estava escrito ali.


-Parabéns, vocês serão pais.


Carla arregalou os olhos e olhou pra mim e abaixou a cabeça. Eu não sabia o que falar.

-Carla, você já esta gravida de quase três meses. Poderá saber o sexo quando completar quatro meses -Ela assentiu de cabeça baixa.
-Eu não vou ser o pai... sou apenas o amigo.
-Me perdoe. -Ele sorriu.
-Vamos Carla? -Ela assentiu desnorteada- Obrigada Dr.

Peguei a mão dela e saímos do hospital. Quando saímos de lá ela me abraçou forte e deitou a cabeça sobre meu ombro e começou a chorar sem parar.


-Ele vai me odiar.
-Você não tem culpa. -Disse- Ele também teve. Você não fez sozinha.
-Ai meu Deus, Justin! -Exclamou feliz- Eu vou ser mãe.
-Você ta feliz ou triste? -Disse e ela riu.
-Tem um pequeno ser crescendo dentro de mim. 
-Você vai ver o quanto é incrível ter um filho. -Disse e ela assentiu.
-Eu amo a Liv, imagina? Eu e um filho. -Disse sorrindo.
-Quer tomar sorvete?

Ela assentiu e fomos caminhando até uma sorveteria. Ela não parava de dizer o quanto estava feliz, mas mesmo assim dizia que estava confusa. Mulher é um bicho doido. Mas eu a entendia, ela tinha medo da reação de Ryan e medo do que ele diria, mas ele simplesmente não pode dizer nada porque ela não fez sozinha. Tomamos sorvete e em seguida eu a deixei no hotel. Pedi pra que o táxi fosse até o apartamento. Quando chegamos eu o paguei e desci do táxi, subi e senti minhas mãos soarem quando abri a porta. Ela estava ali, sentada no sofá e nenhuma das crianças estavam na sala. 

Subi e peguei a minha mala. Ela me mandou embora dali e eu nem mesmo sabia pra onde eu iria. Eu não sabia se pagava um hotel, se eu comprava uma casa. Ela me odiaria. Peguei meu celular e agendei uma reserva lá. Quando desci Jennifer me olhou enquanto eu arrastava as malas.

-Você levou a sério o que eu disse?
-Jennifer eu não quero ficar dentro da sua casa e você jogando na minha cara que eu to aqui. É melhor eu ir embora.
-Liv vai ficar triste.
-Só a Liv?
-Justin, eu vivi cinco meses sem você, posso viver mais. -Ela praticamente gritou.

Arrastei a minha mala até a porta e ela bufou vindo na minha direção.

-Fica. 

Estados Unidos/Nova York
11:25 AM
Jennifer P.O.V


Eu odiava amar o Justin e odiava mais ainda a falta que ele fazia. Confesso que me doeu muito ver ele chorando porque me viu ficar com outro, eu imagino como ele se sentiu. Depois que ele pegou a mala pra ir embora eu senti raiva de mim mesma por pedir que ele ficasse mas se eu não pedisse ele não ficava. Ele me abraçou e disse que me amava.

Se ele soubesse o quanto eu amo quando ele diz que me ama, pena que eu preciso que ele prove e não apenas diga, dizer que ama até mesmo um ursinho de um dólar diz.

Depois que de tudo aquilo eu recebi a ligação do meu pai dizendo que não tinha esquecido que eu marquei pra me encontrar com ele hoje e que estava me esperando no restaurante do hotel que ele estava. Eu bufei, obvio, era tudo que eu tinha feito ultimamente, bufado. Justin ficou com as crianças e eu fui lá.

Em quanto eu estava no táxi decidi ligar pra Logan.


-Amor, eu ia te ligar de noite. -Ele disse rápido.
-Não se preocupa. -Disse brincando com a barra do meu vestido- Eu sei que você vai esquecer rapidinho de mim enquanto estiver ai.
-Eu nunca vou me esquecer de você.
-Ta tudo bem? -Respirei fundo.
-Sim. -Mesmo não vendo eu sabia que ele tinha sorrido- E ai?
-Mais ou menos. -abaixei a cabeça- Eu beijei um cara na frente de Justin e desejei que esse cara fosse você.
-Eu imagino. -Ele respirou fundo- Você vai ficar bem.
-Eu espero. Como é ai?
-É lindo. O hotel que eu estou é lindo, maravilhoso.
-Imagino. 
-Eu vou te ligar sempre que der.
-Eu sei. -Respirei fundo- To indo encontrar meu pai, ele quer falar comigo.
-Eu deveria estar ai.
-Ta tudo bem. -Eu disse, mesmo sabendo que não estava.
-Só quero que você fique bem. 
-Eu vou tentar, não é nada fácil ficar sem você, não é nada facil ter Justin no meu pé e todo mundo que me abandonou.
-Justin é apaixonado por você Jennifer, tenho certeza que ele vai aguentar tudo por você.
-Eu tenho duvidas. -Disse e ele bufou.
-Qual foi a reação dele quando ele te viu beijando outro cara?
-Foi andar e chorou. 

Continuamos conversando mais um pouco e logo ele teve que desligar. Quando cheguei no hotel eu andava com meus saltos enormes em direção ao restaurante que tinha ali. Quando eu o vi meu corpo gelou, não estava somente ele. Estava minha mãe também. Senti meu corpo quase chorar e eu me segurei pra não desabar ali mesmo já que eles já tinham visto, minhas pernas tremiam como vara-pau e eu implorava pra eles não perceberem. 

Andei rebolando até lá e quando cheguei me sentei na cadeira e coloquei minha bolsa em cima do meu colo e revirei os olhos olhando pra ele.


-Me da um motivo pra mim estar aqui. -Disse olhando nos olhos do meu pai.
-Reconciliação.


...

Continua


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