10/06/2014

Drug Of Love -33- Você Sempre Será Dela.

Stratford-Canada
19:38 P.M
Jennifer On

As lágrimas caiam sem parar, ele me olhava com um olhar que eu não conseguia decifrar, mas parecia meio arrependido. Abaixei a cabeça e ele suspirou passando a mão no cabelo, ele bufou e logo saiu dali. As lágrimas caiam sem parar, abri o ralinho da banheira e eu observei a água ir embora. Suspirei e fui até o meu quarto, fechei a porta que estava aberta, não com a chave e deixei a toalha cair, e me olhei o quanto eu estava ridícula, meu corpo, meus olhos. Oh meu deus, ninguém pode me ver assim. Ninguém! Eu estava decidida a ficar nesse quarto. Peguei meu celular vendo mais de cem ligações perdidas da Carla, umas cinquenta do Alex e vinte e duas da minha mãe de ontem. Joguei meu celular na comoda, coloquei um shorts folgadinho e uma blusinha jogada de lado, penteei meus cabelos e me deitei, minha barriga roncava. O meu choro baixinho era a unica coisa que preenchia o comodo. Me cobri até as pernas deixando minha barriga de fora. Comecei a massagear minha barriga e pude jurar que senti um chute, porém, nada mais. 

Pedi desculpas a mim mesmo umas dez vezes antes de descer. Fui até a cozinha e lá estava completamente vazio, sem ninguém. Pode ser loucura, vocês podem estar me achando uma louca, mas eu sou fraca e não aguento todo esse sofrimento, toda essa angustia que toma conta de mim. Todo esse ódio que estão todos tendo por mim, eu estou sofrendo e todo mundo acha que é brincadeira. Todo mundo acha que eu estou fazendo cena porque eu fiz um ato de crueldade com o Justin. Ok, pode ter soado meio dramático, mas é apenas a verdade. Suspirei e peguei uma faca. Me sentei no chão e passei a faca sobre minha mão, sem cortar. Olhei pra ela novamente e suspirei antes de fazer um corte na minha perna que eu fui obrigada a soltar um gritinho. Continuei cortando ainda mais e ficou mais profundo. As lágrimas já estavam sendo mais que impossível segura-las. Assim que eu iria enfiar a faca em meu peito Justin soltou um grito agudo vindo correndo até mim e tirando a faca de minha mão. 

Ele me segurou em seus braços olhando em meus olhos antes de me abraçar, ele depositou um beijo em minha testa enquanto as lágrimas ainda caiam sobre minha face. Pattie apareceu na cozinha talvez por ter escutado o grito de Justin, e falou um "Ai meu, Deus". Logo impediu de Liv entrar antes de ver a perna de sua mãe completamente ensaguentada. 


-Você ia matar nosso bebê, por quê? -Justin dizia chorando e me abraçando. -Você não podia fazer isso. Você prometeu cuidar dele. -Ele falava baixo. -Não faz mais isso, por favor, por favor. Tem gente que precisa de você. Liv precisa de você, Jennifer! Não faz isso. -Ele olhou em meus olhos me abraçando mais uma vez antes de me pegar no colo. -Eu prometo cuidar de você. Eu preciso cuidar desses cortes.

Ele me levou pro quarto onde eu estava dormindo e foi até nosso quarto, logo voltou com uma maleta de primeiros socorros enquanto eu falava o que ele tinha que fazer. Ele molhou água oxigenada e olhou pra mim, meus olhos suplicaram e ele começou a passar o pano em meu corte me fazendo gritar de dor. Meus gritos eram de socorro e Justin logo que terminou ele beijou o topo da minha cabeça. Ele passou algodão seco e logo colocou um paninho e esparadrapo tampando o mesmo, ele suspirou e logo me abraçou. 

-Você precisa comer. -Ele disse levantando.
-Eu não quero.
-Jennifer, eu não quero saber se você quer ou não, você precisa comer. Para de pensar só em você, você tem um bebê ai dentro! -Ele disse bravo e autoritário.


Ele parecia novamente arrependido pelo o que disse, eu olhei pra ele e assenti segundos depois dele ter dito aquelas coisas. Suspirei e ele desceu e depois de uns longos minutos ele apareceu com uma bandeja com o jantar. Ele suspirou e eu comecei a comer aquela sopa com um monte de legumes. Assim que terminei de comer ele tirou a bandeja e colocou no outro lado da cama.


-É... -Ele coçou a cabeça. -Me desculpa ter dito isso. É que você ta esperando uma criança, você não pode simplesmente parar de comer. Você tem que se alimentar agora por duas pessoas, e nem se alimenta por uma.
-Tá tudo bem, você esta certo.
-Carla me ligou hoje e perguntou sobre você, disse que não pode vir aqui porque ta resolvendo umas coisas pra faculdade e ta enrolada com as coisas da casa dela. Disse que você não atende as ligações dela.
-É... -Disse olhando pra porta.
-Por que isso?
-Não estou com vontade de falar com ninguém.
-Você tem algo pra se explicar?
-Tenho, mas nada do que eu falar vai mudar mesmo. -Dei de ombros. -Seu ódio e nem seu nojo por mim vai passar, você vai continuar querendo não me tocar, me ignorando e me deixando de lado. Até eu apodrecer. Mas eu não te culpo, alias, você tem toda razão.
-Você sabe que tem coisas que pode jogar na minha cara sobre o passado, por que não faz isso?
-Porque eu simplesmente percebi que não vale relembrar passado, o que passou passou. Você mudou e se tornou o Justin antigo, isso acabou apagando toda a besteira que você fez. Mas, nada vai mudar o que eu fiz.
-Boas palavras. -Disse olhando pro chão.
-Posso te fazer uma pergunta?
-Sim...
-Você está de caso com a Anne?
-Quê? -Ele riu com ironia. -Ah claro, estou tendo um caso com ela e fazendo essa guerra com você porque você beijou o cara lá.
-Você é homem, tem necessidades... -Eu não acredito que vou dizer isso, mas é a verdade. -Se você quiser, você pode ficar com ela, porque você não quer tocar em mim, você ta com nojo de mim, e eu simplesmente não posso fazer nada, é a unica coisa que eu posso dizer pra você.
-Está louca, Jennifer? Eu não vou fazer isso, e nem quero e nem tenho vontade! Você é minha mulher, eu acho... E não ela. Apesar do que você fez eu não vou agir como criança e fazer o mesmo. Eu passei a ser fiel, Jennifer.
-Me perdoa pelo o que eu fiz. Sei que não vai adiantar nada, mas eu sinto que devo dizer todo momento.
-Eu só preciso me acostumar. -Ele deu de ombros. -Liv sente sua falta!
-É melhor ela ficar longe de mim, até ela se acostumar!
-Jenni, e se ela se acostumar? Como você vai querer que ela se acostume de novo? Ela é apenas uma criança, ela já passa muita coisa pra idade dela.
-Ela não vai precisar se acostumar novamente. -Dei de ombros.
-Jennifer, se for isso que eu to pensando pode tirar essa ideia da cabeça!
-O quê? Eu não disse nada. -Disse indiferente.
-Mas eu sei o que ta pensando.
-Justin você mesmo que pediu. -Dei de ombros.
-Eu não pedi!
-Ah, que seja!
-Você não vai fazer isso.


Fiquei em silêncio. Ele ficou me olhando por um tempo e logo se aproximou de mim, eu podia sentir sua respiração bater ofegante no meu rosto, a minha respiração começou a ficar pesada como a dele. Ele puxou minha nuca e ficou encarando minha boca. Uma ponta de felicidade me surgiu, mas ela logo desapareceu quando ele me soltou e encarou o chão. Agora mais do que nunca eu queria chorar, ele não conseguia ao menos me beijar e isso me machucava da pior forma possível. 

Ele levantou me deu um beijo na bochecha e saiu andando. Ele fechou a porta e agora as lágrimas caiam sem parar. Meu coração batia aceleradamente, o choro parecia querer sair, mas eu não queria, porque eu sei que se eu deixasse uma lágrima a mais se quer cair eu choraria de soluçar, e seria muito alto. O choro estava preso na minha garganta e eu queria gritar, me machucar, matar alguém. As lágrimas foram sessando e eu já podia sentir meu corpo se acalmar, me cobri e não sabia ao menos que horas era, olhei no meu iphone que recebia uma ligação da Carla neste instante. Olhei a hora e deixei em cima da escrivaninha. Me joguei na cama e senti uma tontura, mas, deixei de lado, me deu um enjoo enorme e eu sabia que era efeito da gravidez. Corri pro banheiro e abaixei enfrente a privada vomitando tudo o que eu tinha comido, escutei a porta do "meu" quarto se abrir.

-Jennifer? Jennifer?
-Aqui! -Disse com a voz fraca em frente a privada.
-O que aconteceu?
-Vomitei, senti enjoo.
-Deve ser da gravidez, vem! -Ela me ajudou a levantar. -Lave a boca.

Com muito custo peguei a minha escova, passei uma água na boca e cuspi. Passei creme dental na escova de dentes, e comecei a escovar meus dentes, assim que terminei cuspi na pia, liguei a mesma, lavei a escova e coloquei água na boca lavando-a. Cuspi e passei a toalha secando minha boca. Ela me levou até a cama e me deitei, ela colocou a mão na minha testa e se assustou arregalando os olhos.

-Você esté queimando em febre, espera um minuto que eu já volto.

Apenas assenti e ela saiu do quarto, fiquei olhando a porta e depois de alguns minutos ela foi aberta revelando Pattie com uma bandeja pequena onde lá possuía alguns remédios, ela se sentou na cama e me deu o copo de água.

-Sente dor de cabeça?
-Sim, mas pouca.
-Tome esse! -Ela me deu um comprimido e eu engoli em segundos. -Tome esse de febre. -Ela me deu um copinho e eu fiz careta, odeio remédio liquido.
-Mãe? -Justin apareceu no quarto.
-O que foi?
-Ahn... -Ele me olhou. -Era pra você fazer mais pipoca. -Ele olhou os remédios -Me diz, pra que são!
-Ah, Jennifer esta queimando em febre.
-Não acha melhor chamar um médico?
-Não precisa. -Minha voz saiu fraca.
-Jennifer, tome esse.
-Pra que serve? -Minha voz saiu fraca.
-Anti-depressivo. -Ela disse baixinho.

Olhei pra Justin e depois pra Pattie e comecei a rir sem parar, minha risada foi sessando as poucos e eu olhei pra Pattie com raiva.


-Eu não preciso disso. Eu não estou com  depressão!
-Jennifer, eu não vou discutir com você! Toma, por favor.
-Eu não vou tomar.
-Ah, você vai! -Ela disse começando a ficar brava.
-NÃO VOU.
-Jennifer, toma por favor.
-Não!
-DEIXA ESSA GAROTA MORRER, MÃE. -Justin que apenas observava despejou toda sua raiva. -SE ELA QUER MORRER DEIXA ELA MORRER, NÃO VAI FAZER FALTA. Mas por favor, morra depois que a criança nascer.

Eu olhava atentamente cada palavra, fiquei esperando ele falar alguma coisa mas foi apenas isso. Ele olhou pra mim mais agora com arrependimento e passou a mão no cabelo, ele deu um murro na porta e saiu. Olhei pra Pattie que me chamava desesperada, minha visão foi ficando turva e eu não conseguia mais olhar nada, tudo foi ficando preto. 

Eu apaguei



Stratford-Canada
21:48 P.M
Justin On


Segundos depois de eu ter saído do quarto onde eu tinha me arrependido completamente de ter dito aquelas coisas. Eu fazia merda atrás de merda. Escutei minha mãe chamar Jennifer desesperada, no momento eu achei que ela poderia estar fazendo algo pra tentar se matar. Eu estava com a cabeça pra trás encostada na parede, eu suspirava de ódio, que droga. Por que eu sempre tenho que fazer as coisas erradas? Por que eu sempre tenho que explodir com ela mesmo não querendo isso? Eu amo essa mulher, mas o que ela fez me machucou da pior forma possível. Minha mãe apareceu no corredor desesperada.

-Justin, chame um médico, a Jennifer desmaiou.

2 Horas depois.


Há um bom tempo nós estávamos no quarto com o médico, Jennifer já havia acordado, ela não me olhava e isso me deixava mal. Assim que o doutor terminou de examinar Jennifer, ele pegou uma folha de sua prancheta e começou a anotar algumas coisas.

-Posso conversar com você as sós, Sr.Bieber?
-Claro, me acompanhe.

Saímos do quarto e o levei até meu escritorio, assim que paramos na sala eu a abri e empurrei a cadeira pra ele se sentar e assim o mesmo foi.

-Então?
-Jennifer esta relativamente pronta para entrar em depressão.
-Oi? -Disse indignado.
-Jennifer esta entrando em depressão! Então suponho que você a leve pra sair de casa, cuide dela e evite brigas. -Ele sorriu gentil. -Procure um psicologo pra ela, o pouco que eu conversei com ela sozinho, percebi que quer tentar suicídio. -Abaixei a cabeça. -E a febre vai abaixar pela manhã. Então suponho que ela esteja bem quente quando for dormir. Ela pode ficar com muito frio na madrugada.
-Ah, claro! Tudo bem. -Disse sem saber o que fazer.
-Então, até mais senhor Justin!
-Eu te acompanho!

O levei até a porta e me despedi dele, subi e minha mãe ajeitava a coberta em Jenni. Ela continuava um pouco pálida.

-Mãe, a Liv dormiu lá no meu quarto! Leva ela pro dela, por favor.
-Claro! -Ela disse e se retirou.
-Você vem comigo! -Disse pegando Jennifer no colo.
-Onde você vai me levar?
-Dormir comigo hoje.

Ela assentiu e eu fui até o quarto, que já estava vazio. Deitei ela na cama me lembrando da surpresa do dia do meu aniversario e eu ri. Fui até o banheiro, tomei um banho e voltei pro quarto apenas de box, me deitei ao seu lado e eu não sabia o que fazer, ela estava encolhida na cama. A puxei pra mim fazendo-a se aninhar em meu peito, entrelacei nossas pernas e agarrei sua cintura, ela não tocava em mim e eu achei estranho.

-Jennifer, pode me abraçar!

Ela suspirou aliviada e me abraçou forte. Seus dedos fazia desenhos imaginários em meu peito e isso já me deixava excitado. Puxei a mais pra cima fazendo-a olhar pra mim, ela olhou em meus olhos, avancei em seus lábios a beijando ferozmente, sua mão subiu a minha nuca e minha mão puxou seus cabelos da nuca, a ajeitei encima de mim e nos afastamos por falta de ar, eu sentia falta dos seus lábios, sentia necessidade de beija-lá a todo estante. Por um momento me esqueci daquela droga de beijo e deixei meu orgulho de lado. Ela se aninhou novamente em meu peito e pela primeira vez naquela semana eu iria dormir bem.

Acordei com o despertador irritando-me, tateei o criado mudo e desliguei-o mesmo. Suspirei e olhei a mulher que estava aninhada em meu peito, suspirei novamente só que dessa vez mais pesado. Passei a mal no rosto e comecei a observa-lá. Cada detalhe, sua expressão cansada e a feição de vergonha continuava. Senti ela se mexer e continuei-a olhando, ela abriu os olhos vagarosamente, olhou pra mim e suspirou me apertando mais ainda contra seu corpo, talvez achasse que tivesse sido por achar que era um sonho, ou sei lá.


-É, hum... Bom dia.
-Bom dia, Justin. -Ela disse se pondo sentada na cama. 

Eu fiquei encarando ela e ela corava olhando pra baixo. A puxei pra perto de mim e agarrei sua cintura, ah que se foda o orgulho. Fechei os olhos e apertei sua cintura juntando nossos lábios, as mãos dedo foi até minha nuca puxando meus cabelo dali, puxei-a mais pra mim fazendo ela sentar no meu colo, encostei minhas costas na cabeceira da cama, desci uma mão por sua cintura e contornei seu corpo até chegar em seu bunda, apertei com força fazendo ela arfar e arquear a bunda pra cima e logo depois sentar na minha ereção, foi a minha vez de arfar. Ela continuava de olhos fechados, tomei seus lábios e puxei seu cabelo a fazendo deitar na cama e logo deitei por cima dela, com cuidado, claro. Quando eu ia tirar sua blusa as lembranças daquele momento me infernizou, soltei-a bruscamente na cama me levantando, me sentei na cama e enterrei a mão na cabeça suspirando e bufando irritado, droga, sempre que eu queria algo aquelas lembranças perturbadores me invadia. 

-Tá tudo bem? -Sua voz saiu fraca e falhada. Ela está chorando, droga. 
-Sim. -Disse grosso.
-O que foi? -Ela perguntou baixinho.
-Aquela merda de momento seu com o Dr.Tyler me incomoda. -Disse totalmente irônico e ela suspirou.
-Olha... Me desculpa! -Ela tentava procurar uma palavra mas tudo que restou foi suspirar.
-É... Foi o que eu pensava! -Suspirei.
-Hoje eu volto pro chalé, tudo bem? preciso dar um tempo de mim á você!
-Ah me poupe. -Disse irritado -Você não vai voltar aquela merda, ok?
-Por que não?
-Porque a segurança daquela merda é péssima.
-Você... Tá preocupado comigo? -Um sorriso se formou em seus lábios, era a primeira vez que eu a vi-a sorrir depois dos acontecimentos. 
-Que preocupado contigo o que... Eu to é preocupado com o meu filho. -Disse seco. O sorriso em seus lábios rapidamente se desfez transformando em seus olhos marejados, percebi a merda que estava fazendo -É... não que eu não esteja preocupado contigo, eu to... É, só que... É... -Gaguejei e ela sorriu sem vida.
-Não precisa se explicar, eu já deveria saber disso. 

Ela levantou e passou por mim logo saindo do quarto, suspirei e passei a mão no cabelo, peguei uma roupa e fui tomar banho. Me vesti lá mesmo, sai e me perfumei, arrumei meu topete e peguei minha mala do trabalho, desci e Jennifer estava colocando café pra Liv, que sorria sem parar. Ela estava com um shorts super curto, super mesmo, uma regata e um chinelo, seu cabelo estava preso em um coque com alguns fios solto. Ela tinha um meio sorriso nos lábios. Dei um beijo em Liv que sorriu, Jennifer me olhou e começou a por meu café na xícara. 

-Obrigada! -Sorri. Queria esquecer o que tinha acontecido mais cedo.
-Papai, você vai chegar cedo?
-Por que a pergunta, meu amor -Disse colocando açúcar no copo. 
-Queria sair com você e a mamãe. -Ela fez bico abaixando o olhar. Respirei fundo e me remexi desconfortável na cadeira.
-Vou tentar chegar mais cedo hoje e penso no seu caso.
-Pensar? Poxa, papai.
-Se eu chegar cedo nós vamos sair, tudo bem?
-Ebaaa! -Ela voltou a comer. -Mamãe.
-Oi?
-Você está melhor?
-Melhor? -Jennifer me olhou sem entender.
-É, papai disse que você estava doentinha.
-Ah, sim, eu estou bem. -Disse e sorriu forçado. 
-Agora vai ficar comigo?
-Sim, com a minha filhinha que eu amo. -Jennifer disse e beijou sua bochecha.
-Você me ama? -Liv perguntou sorrindo.
-Claro que te amo! -Ela sorriu. 
-E o papai, você ama? -Liv me olhou sapeca.
-Sim, meu amor. -Ela olhou pra mim. Fiquei quieto com o olhar baixo e isso pareceu deixar Jennifer triste.
- Bom dia, meus amores. -Mamãe surgiu, acabando com o momento mega estranho.
-Bom dia vovô - Liv disse sorridente.
-Bom dia, mãe.
-Bom dia, Pattie! 
-Todo mundo na mesa do café, tem como ficar ruim?
-Bom dia, gente! -Anne apareceu.
-Claro que tem! -Jennifer murmurou se levantando.
-Você vai ficar na mesa do café e não vai levantar por causa dessa vagabunda! -Minha mãe sussurrou para Jennifer que assentiu. 
-Bom dia, tia Anne. 
-Bom dia, Anne! -Sorri. 
-Bom dia, Jus. -Ela beijou o canto da minha boca e Jennifer fixou o olhar em nós dois. Me senti desconfortável por isso.
-Bom dia, Jennita! -Ela disse e Jennifer olhou incrédula e logo riu alto totalmente irônica. -Bom dia, sogrinha! -Anne disse e Jennifer levantou bruscamente, ela empurrou a cadeira com tanta força que acabou caindo pra trás, ela subiu correndo. 
-Quem disse que eu sou sua sogra? -Minha mãe riu irônica. -Mas, nem se você realmente estivesse com o Justin seria minha nora! Justin, eu estou com raiva de você. -Ela disse me matando com o olhar. -Vamos Liv, o ônibus já vai chegar. -Liv levantou.
-O que eu fiz? -Perguntei incrédulo.
-Você sabe muito bem! Mais tarde a gente conversa. Tchau. 

Stratford-Canada
11:25 AM
Jennifer On


Eu estava com ódio daquela vadia, eu queria acabar com a raça dela, mais meu medo era de acontecer o que eu tive no pesadelo de alguns dias atrás. Esse era meu medo, então eu recusava ficar no mesmo local que ela pra mim não perder a cabeça. Mas, ela que me aguarde, o que é dela esta guardado. Eu me segurava pra não chorar ali mesmo, porque era desnecessário eu ver aquela cena se repetindo toda manhã. Algumas lágrimas caiam em pensar na possibilidade de ele ter um caso com ela. A porta foi aberta e era ele, limpei as lágrimas rapidamente, ele se sentou na cama e me puxou me abraçando.

-Não chora, Jennifer.
-Por que ela sempre tem que me provocar em? -Disse com raiva.
-Você se entrega muito fácil. Ela tava te provocando e você se deixa abalar por isso.
-E eu posso fazer alguma coisa? -Eu disse alto. -EU POSSO? EU POSSO GRITAR COM ELA, BATER NELA E DIZER QUE VOCÊ É MEU E PRA ELA PARAR DE DAR EM CIMA DE VOCÊ? NÃO TEM COMO JUSTIN, NÃO TEM. -Eu disse já chorando. -PORQUE MESMO ASSIM EU SEI QUE VOCÊ SEMPRE SERÁ DELA. E também sei que nada do que eu dizer vai adiantar. Porque eu te traí Justin, e eu simplesmente não posso faze-lá parar. 
-Fala sério, você ta blefando. Tudo bem? A gente conversa quando eu chegar.
-É sempre assim, eu sempre estou blefando. -Ri ironia, segurando as lágrimas. 
-ENTENDA CARALHO, EU AMO VOCÊ E NÃO ELA. EU SOU SEU E NÃO DELA.


...

Continua



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4 comentários:

  1. Juro,Juradinhoo que chorei nas primeiras partes sério...cara essa IB é muitoo perfeita lari continua logoo e que essa fase ruim passe logoo ...
    bjooss Xoxo....

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  2. que lindo: EU AMO VOCÊ E NÃO ELA, EU SOU SEU E NÃO DELA
    Justin lindo
    Continua amor

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  3. #esperando ansiosamente vc postar o próximo

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