17/04/2014

Drug Of Love - 22 - Departure, this time alone.



Stratforda-Canada
 03:08 AM
Jennifer On

As lágrimas escorriam livremente sobre meu rosto, a preocupação era visível no rosto de todos ali daquela sala. Anne estava encostada na parede de cabeça baixa e sabia que ela chorava.

Eu não sei oque seria de Justin sem ela. Eu definitivamente não sei o que ela foi fazer na casa dele, mas independente do que tenha sido, ela salvou a vida dele. Ela o pegou na cozinha tentando se matar. Ela não trocou nem uma palavra comigo, só contou o que tinha acontecido. Ela evitava falar comigo. 

Meu coração doía em pensar que meu amor talvez iria morrer, eu não queria pensar nessa possibilidade mas pelo o que os médicos e Anne disse, Justin deu entrada no hospital quase morto.

Carla e Alex estavam aqui, tinha ligado pros meninos e eles estavam a caminho. Estávamos a mas de três horas nessa sala de espera e nada de noticias do Justin.Levantei cansada de esperar, e assim que levantei o médico apareceu.


-Senhor Bieber?
-Eu! -Levantei o braço rapidamente fazendo o médico assentir.
-Me acompanhe, por favor.

Fomos caminhando o longo corredor, entramos em uma sala vazia, apenas com uma janela e uma mesa e dois bancos. Um tipico consultório, mas pouco vazio.

-Ele esta bem, doutor? -Me sentei.
-Não vou mentir, o caso dele é complicado, ele está bastante ruim. Ele é usuario de drogas?
-Não, por quê?
-Bastante tipos de droga foi encontrada no organismo dele. Ele fumou erva, seu braço tem furos e mesmo sabendo o que causou isso fizemos os exames e deu o que pensávamos. Ele aplicou heroína. Usou cocaína... -Ele deu um longo suspiro.
-O quê? -disse gaguejando.- Ele aplicou, o quê? - disse deixando uma lágrima escapar.
-Muitas drogas juntas traz diversas alucinações e na maioria das vezes é provocado suicídio. Você sabe se foi a primeira vez dele?
-Não sei, Dr. Eu acho que sim...
-Ele ingeriu tanta droga e por isso teve um colapso respiratório, ele quase sofreu uma overdose. Isso foi possível? Ele entrou sem vida aqui, ele não esta bem, porém não teve uma overdose, o que é um milagre, agradeça! Bom, eu não sei bem se ele é usuário, mas se ele for, peço que se ele acordar o leve rapidamente a uma clinica de reabilitação.
-Você acha que ele vai ficar bem? -Perguntei.
-Não vou mentir, as chances disso acontecer são minimas. Ele provavelmente entrará em um coma, mas esperamos que ele acorde bem e se recupere. Se ele for acordar, ele vai acordar logo!
-Posso dormir com ele no quarto?
-Ainda não estamos autorizados, somente quando ele acordar. -Ele mexeu no bolso e tirou um cartãozinho.- Essa é uma clinica especializada em dependentes quimicos.
-Dr... Eu acho que não vai ser preciso.
-Eu espero que não... 
-Obrigada, Dr.
-Disponha.

Sai da sala,e fui andando em paços lentos até a sala de espera. Foi tudo culpa minha, eu vi o quanto ele queria chorar... Vi o quão machucado ele saiu dali e não sei como não pensei que ele poderia fazer algo.

Eu nunca vou me desculpar se o Justin morrer, eu estou me sentindo um lixo sem vida, Justin não pode me abandonar dessa forma. Ele não pode.

-Como ele está?
-Ele ainda não acordou. O Dr disse que ele não estava bem, ele se drogou muito, teve parada respiratória e quase uma overdose. Ele se drogou. -Repeti incrédula, recebendo o abraço de Alex.
-Eu sabia disso. Achamos os pacotes e as seringas no escritório dele.
-Por que você não me disse que ele tinha feito isso? -Disse brava.
-Porque você não merece saber. Eu não sei nem porque você esta aqui, se o Justin esta naquela droga de sala é por culpa sua. Você o fez ficar assim.
-Cala a sua boca, vadia mal amada.
-Vadia é você. Você não merece o Justin, Justin é um bom homem perto da mulher que você é pra ele. Se você não tivesse aparecido isso não teria acontecido, ele estaria comigo, e talvez eu até estivesse gravida dele.
-Mas não esta. -Sorri sem vida.- Justin é meu, não seu.
-Aposto que depois da cena que eu presenciei ele vai continuar sendo seu, Justin gritava feito louco com uma faca apontada pra ele, ele lutava contra mim e gritava coisas do tipo que devia se matar, que não deveria viver! Você é um lixo Jennifer.
-Um lixo é você, vagabunda. -Tentei avançar mas Alex me olhou.
-Deixe ela Alex, deixa ela vir me bater! Você vai me bater, porquê Jennifer? Pelo fato de eu estar apenas te falando a verdade? Você não merecia o amor dele.
- Se as senhoritas não pararem de gritar eu vou ser obrigado a colocar você pra fora, Estamos em um ambiente publico e não na casa de vocês. -Um segurança disse.
- Jennifer, fica quieta e senta. -Alex ordenou e eu fiz.

Anne foi até a recepção e logo depois foi até a porta de saída. Indo embora. Respirei fundo. Estava agradecida por ela ter salvado meu marido, mas tudo o que eu queria é que ela fosse mesmo embora.

-Se ele morrer eu não vou me perdoar, Carla. -Disse chorando em seu colo.
-Ele vai ficar bem, meu amor...
- Vocês tem que ir embora, não é? -Disse me levantando e limpando o rosto.
-Fica tranquila! Adiamos o voo pra mas tarde! -Alex disse.
-Obrigada. -Sussurrei.
-Sra Bieber? -Uma enfermeira apareceu na sala, olhando pras demais pessoas ali.
-Sim? -Me levantei.
-O Sr.Bieber acordou. -Sorri.

Foi como se um peso tivesse saido dos meus ombros. Isso significava que Justin estava bem. 


-Eu já falei com o médico e vou dormir com ele hoje. Vocês podem ir pra casa, cuida da minha filha? -Carla assentiu.
-É claro que sim.
-Eu estou feliz por vocês estarem aqui e obrigada mesmo.
-Você não tem que agradecer, agora vai lá. -Alex disse e eu vi um pouco de tristeza no olhar dele. Assenti e me afastei.

Comecei a acompanhar a enfermeira até o quarto de Justin. Quando paramos em frente, pelo pequeno vidro que tinha na parede do quarto pudê ver que ele estava acordado. Ele me lançou um olhar que eu não consegui decifrar. Agradeci a enfermeira com um aceno entrei no quarto vagarosamente. Tentei fazer o minimo de barulho possivel quando arrastei uma careta pra perto dele. 

-Amor... -Sussurrei.
-Jennifer. -Ele disse sem me olhar, completamente seco e rude. 
-Como está? Você está bem? Sente alguma dor? -Perguntei, com algumas lágrimas se formando no canto dos meus olhos.
-Eu vou ficar! Quem me trouxe pra cá?
-Anne... -Sussurrei.
-Aquela vadia maldita, deveria ter me deixado morrer.
-Por que você queria isso, Justin?
- Porque eu prefiro morrer do que viver sem você.. -Olhei pra ele e acariciei seu rosto.
-Justin, você fez isso por causa de mim?
-Sim... -Ele suspirou sem me olhar.
-Por que você fez isso? -Disse sem acreditar.
-Você acha que eu sou trouxa, Jennifer? Eu escutei, alias, escutei tudo. -Disse e riu com ironia.
-O que você escutou? -Disse sem entender.
-Você falando pra aquele filho da puta que sentia algo por ele, eu vi aquela porra de beijo, eu vi o quanto você estava gostando daquilo. 
-Justin, eu não sei o que dizer... -Disse sem voz.
-Você não precisa falar absolutamente nada, só quero que você vá embora e me deixe em paz.
-Eu não quero ir, quero ficar com você essa noite.
-Jennifer, por favor, vá embora. 
-Me perdoa, mas eu não vou. -Ele bufou.
-Como quiser, só não me faça mais nenhuma pergunta.
-Justin... 
-O que foi? -Perguntou nervoso. 
-Eu amo você, só você e não amo mais ninguém. Nunca escondi de ninguém que você é o homem da minha vida.


Justin não ousou me olhar. Respirei fundo e afastei a cadeira, colocando-a de volta no canto da parede. Me espremi toda até conseguir deitar minha cabeça no joelho. 


Stratforda-Canada
 05:40 AM
Justin On

Assim que ela chegou naquela sala vi o quanto seus olhos estavam fundos, talvez por ter chorado tanto e estar com sono. Conversamos o minimo, pedi pra que ela parasse de falar comigo e assim ela fez, depois de um tempo em silêncio ela se pronunciou arrastando a cadeira e em seguida colocando os pés sobre ela e afundando sua cabeça em suas pernas.
Escutei sua respiração profunda e logo em seguida ela tentando se arrumar direito.


-Coitada, está a tanto tempo. Ela deve estar bem cansada. É sua mulher? -Uma enfermeira disse.
-Sim... Ela é minha mulher. Que horas ela chegou?
-Você deu entrada as meia noite e ela chegou meia noite e meia.
-E que horas são?
-Cinco e quarenta. -Não respondi.- Esta na hora de dormir, senhor Bieber.
-Eu já vou... Acabei de acordar.
-Vou te dar um remédio pra você dormir.
-Não precisa, já consigo dormir.
-Então tudo bem, daqui meia hora eu volto pra verificar.

Ela saiu e mas uma vez eu olhei pra Jennifer toda encolhida com frio, talvez fosse culpa minha. Eu tinha cabeça o suficiente pra saber que amanhã ela acordaria de mal jeito com as costas doendo. Pensei em acorda-lá e chamar pra deitar comigo, mas as cenas novamente me atormentaram e como meu orgulho falou mais alto, apenas virei a cabeça ao outro lado, em qual ela não estava e tentei dormir.

☼☼

-Jenni, vamos pra casa você realmente não merece estar passando por essa situação.
-Mas eu quero ficar, Alex.
-Jenni, olha da forma que você dormiu, ele teve dó? Não! Acorda pra vida, Jennifer, esse cara não te merece, vai, levanta dai e vamos.
-Eu vou ficar com ele!
-Tudo bem, faça como quiser só não venha dizer que eu não avisei.

Eu estava com um olho aberto observando a discussão de Alex e Jenni na porta do meu quarto. Sim, eu acordei com isso.

Tive metade de uma culpa carregada em mim quando ele disse que eu não tive dó, na verdade eu tive sim, mas meu orgulho era muito forte. Talvez eu ame mas o meu orgulho do que minha vida. Assim que novamente ela fechou a porta do quarto, eu fechei os olhos novamente, ela voltou a se sentar na cadeira pelo o que eu percebi e em alguns minutos comecei a escultar uns soluços.

-Eu estou ferrada. -Ela dizia entre choro.- Justin não pode saber disso, ele nunca me perdoaria.
-Do que eu não posso saber, Jennifer? -Abri os olhos me arrumando na cama enquanto ela me encarava pálida.


Stratforda-Canada
 10:25 AM
Jennifer On

Eu estava suando frio, não podia contar, eu tinha que arrumar um jeito para mentir, ele não pode saber que eu to gravida dele, não algora, do jeito que ele está. Ele nunca me perdoaria, e eu sou fraca demais, penso que até agora só não me matei ainda por causa do feto que se forma na minha barriga a cada dia.

-Diz Jennifer, vai. DIZ!
-Não é nada, Justin. -Disse enquanto algumas lágrimas caiam.
-DIZ, JENNIFER!
-Eles queriam que eu fosse morar novamente em Londres. - disse de uma vez, mentindo, claro.
-Como é que é? Quem esse cara pensa que é?
-Ele só quer meu bem.
-Você pode até ir, não me importa nada disso... Só que dessa vez minha filha você não leva! -Ele disse com total frieza.


Eu não tinha nada a dizer, minha vontade era de sair daquele quarto e ir até um lugar sozinha e ir chorar o quanto desse. E assim eu fiz, sai do quarto e quando estava fechando a porta vi que ele me observava, fui até a cantina que ali tinha e pedi um expresso e pão de queijo.

-Obrigada. -Disse para uma menina que entregou meus pedidos.


Comecei a comer calmamente enquanto algumas lágrimas dos meus olhos caiam. Meu celular começou a tocar, deslizei o dedo na tela atendendo. Sorri quando vi o nome da mãe de Justin.

-Olá, dona Pattie. -Disse.
-Jennifer? Onde você está?
-Ué, oque foi?
-Eu estou no aeroporto, esperando vocês! Poxa Jennifer, vocês me esqueceram?
-Pattie, não estamos em casa. Aconteceu muitas coisas, estou no hospital.
-Hospital? Como assim, Jennifer? Está tudo bem com você?
-Comigo sim, Pattie...
-Com o Justin? -Ela disse com a voz chorosa. -O que aconteceu com meu filho? -Ela disse já chorando.
-Pattie, ele esta bem. Eu prometo. Eu estou indo buscar você no aeroporto, estou ai em trinta minutos.
-Tudo bem Jenni, vem logo.
-Até logo.


Terminei de comer e fui até o balcão pagar, agradeci e logo comecei a andar naqueles enormes corredores de hospital em direção ao quarto de Justin. Assim que cheguei parei no mesmo e abri a porta. Ele tomava café assistindo televisão.

-Está tudo bem? -Perguntei.
-Sim. -Ele disse rude. Sem tirar os olhos da TV.
-Eu vou buscar sua mãe no aeroporto, ela já chegou.
-Tudo bem. -Ele disse grosso.
-Volto em uma hora, tudo bem? -Ele assentiu.- Vai ficar bem sem mim?
-Eu sempre fico bem sem você, Jennifer! Não preciso de você, não sei nem porque esta aqui. -Pela primeira vez ele me olhou.
-Grosso. -Disse sentindo as lágrimas caírem e logo ele me olhou.

Sai daquele quarto limpando as lágrimas com as costas da mão e logo fui parada por um médico. Muito lindo por sinal.

-Esta tudo bem?
-Esta sim, obrigada. -Disse sorrindo. 

Ele sorriu e novamente voltei a andar indo até o estacionamento do hospital, minha cabeça estava em outro lugar e acabei me esquecendo onde estacionei meu carro na hora do desespero. Apertei o controle remoto e logo meu carro fez um barulho perto da entrada do estacionamento, caminhei até lá, abri a porta entrando logo em seguida. Travei as portas por dentro e liguei o carro, dei ré saindo dali e logo estava andando nas ruas de Stratford em direção ao aeroporto que em vinte minutos lá já estava, liguei pra Pattie e logo ela atendeu.

-Pattie, já estou aqui onde você está?-Disse saindo do carro e logo apertando o controle remoto o travando as portas.
-No McDonald's. -Disse com uma voz cansada.
-Tudo bem, vou ai.


Fui até o MC Donald's e logo avistei ela sentada comendo, fui até ela e assim que ela me viu largou seu lanche e me abraçou.

-Que saudades, meu amor! 
-Vamos? -Ela disse afobada.
-Espera, termina seu lanche. -Disse e ela assentiu.

Enquanto ela comia eu contava a causa do Justin estar no hospital, ela estava assusta com a situação do filho. Ela não demonstrou estar com raiva de mim por ser minha culpa.

-Mas foi a primeira vez dele Pattie, pode ter certeza. 
-Eu sei, mas porque ele fez isso, ele só pensou em você! Não pensou em como eu ou Liv ficaríamos. -Ela disse e revirou os olhos.
-Nessa parte eu concordo... Ele está seco e rude comigo, mas não é pra menos. Eu já estou acostumada, então isso é quase nada pra mim.
-Quando você saiu de lá o que ele estava fazendo?
-Tomando café.
-Hum... Na semana do aniversario dele ele fica desse jeito!
-É horrível... -Disse e ela assentiu.
-E a Carla e o Alex?
-Estão arrumando as malas... Eu vou trazer eles pra cá pelo fim de tarde. -Ela assentiu.
-Terminei, vamos?
-Sim!

Ela largou lá, ajudei-a com as malas e fomos em direção do meu carro. Assim que entramos, guardei as malas dela no porta-malas e comecei a contar depois que voltei pra Stratford. Contei de tudo, da parte que eu fui até a parte do Justin parar no hospital;

-Depois que vocês voltaram ele sempre me ligava dizendo pra mim ajudar ele a voltar com você. Você volta, vai viajar a trabalho e ele faz tudo novamente? Onde esta o juízo dessa pessoa? Eu realmente quero meu filho de dezesseis anos de volta;
-Não é só você que quer, Pattie.
-Vou deixar as malas na casa dele e vamos pro hospital.
-Tudo bem!

Deixei ela descer e ajudei com as malas, os seguranças ajudou e ela voltou ao carro, entramos e fomos até o hospital.

-Apresente o RG e diga que é mãe dele, eu não vou descer... Ele não me quer ai. -Cocei a nuca- O quarto dele é duzentos e quarenta e cinco. A recepcionista vai dizer, até logo. Pattie!
-Você tem certeza? -Assenti- Tudo bem, meu amor. Até logo!

Depositei um beijo em sua testa e logo arranquei meu carro dali indo até o chalé, guardei meu carro e enquanto subia o elevador ligava pra minha mãe.

-Oi, mãe...
-Oi meu amor, tudo bem?
-Sim e ai?
-Esta bem! E o Justin?
-Já esta bem graças a Deus. Liv esta ai, né?
-Sim, ela tava chorando preocupada com o pai mais acalmei ela, e ela foi dormir!
-Obrigada, mãe. Eu posso buscar ela mais tarde?
-Claro meu amor, mas aconteceu alguma coisa?
-Hoje ta corrido. Justin no hospital, Pattie voltou de viagem, Carla vai embora e eu vou levar ela até lá.
-Entendi... Não tem problema, pode deixar ela aqui o tempo que for preciso.
-Obrigada mãe, vou desligar, tudo bem?
-Ok filha, beijos, eu te amo.
-Também amo você! Mande um beijo pra papai e pra Liv. Até logo!
-Até.

Caminhei até o quarto ao lado que era o da Carla e do Alex, bati na porta e depois de alguns minutos atenderam.

-Bom dia! -Disse sorrindo pra Carla.
-Oi amiga, bom dia! -Ela disse e suspirou, triste.
-O que foi?
-Entra! -Entrei e me sentei.- Eu vou ter que ir embora, eu realmente não quero... - Algumas lágrimas cairão. - Eu to apaixonada, Jenni...
-O QUE? -Gritei, incrédula em ouvir aquilo. Em todo o tempo que eu a conhecia nunca tinha visto ela se interessar por ninguém.
-Eu to apaixonada pelo Ryan, sei que foi a pouco tempo, mas já saímos juntos muitas vezes, ele me entende tão bem... E ele sente o mesmo por mim.
-Tá esperando o quê? Fica então.
-Alex nunca vai me perdoar... -Ela disse e respirou fundo, se sentando.
-Ele não tem que fazer escolhas por você! Você tem.
-Eu sei, mas eu vou ir... Eu acho que é o melhor, sabe? Tudo isso é muito novo pro Ryan. Ele nem me pediu pra ficar. -Ela sorriu triste.- Eu quero dar um tempo, quero ver ele me ligar e dizer que precisa de mim, e então eu vou.
-Você é esperta. -Ela riu.- E ele veio se despedir?
-Ele disse que não quer se despedir, não quer sofrer com a minha ida. -Revirei os olhos.
- Eu não acredito que ele disse isso, mas não te pediu pra ficar. -Ela riu com os olhos cheios de lágrimas.
-É. -Ela disse chorando e logo bateram na porta e ela foi atender, mas antes limpou todas as lágrimas. - RYAN?
-Oi, meu anjo -Ele abraçou ela e entrou. Ele corou totalmente ao me ver, acho que nunca vi Ryan tratar nenhuma garota da mesma forma que ele a tratou.
-Oi, Ryan!
-Eu vim te ver... É... acabei de vir do hospital com os meninos e Justin disse que quer te ver de novo.
-Agora ele quer né? -Disse ironica. Mas não pude negar a felicidade que senti.- Carla eu vou ir pro meu quarto, vou tomar um banho e dormir! Trinta minutos antes de vocês irem vai lá me acordar, tudo bem?
-Ok amiga, te cuida!
-Tchau, Ryan!

Sai dali triste indo até o meu quarto, coloquei a chave na fechadura e rodei-a abrindo a porta do meu quarto, tomei um banho e me sentei no chão do banheiro enquanto as lágrimas caiam e eu chorava sem sessar, a essa altura eu já soluçava. Estava tudo tão difícil, meu deus, por que as coisas nunca se ajeita?

Acordei e me virei na cama enquanto meu celular tocava. Era Carla, nem atendi sabendo que era pra mim levantar. Fui até meu closet e escolhi uma roupa. Um vans azul, uma calça jeans apertada e um moletom um pouco maior do que uma blusa ficaria. Vesti uma daquelas toucas caída atrás e peguei minha bolça saindo do pequeno closet e apagando as luzes do meu pequeno apartamento. Encontrei Carla e Alex puxando as malas no corredor, ele me olhava com um olhar muito triste.


-Eu vou sentir tanto a falta de vocês. -Disse abraçando os dois.
-Nós também! -Alex disse e me deu um pequeno sorriso.
-Vamos? -Carla disse com a voz um pouco chorosa, sabia muito bem que era por causa do Ryan e isso me trazia uma grande culpa, pelo fato de eu ter apresentado. Mas talvez eles sejam felizes juntos um dia.
-Vamos.

Ajudei Carla com uma mala e fomos até o elevador, na hora me lembrei do Justin e o choro veio, mas deixei-o preso na garganta, essa sensação era horrível.

Descemos até meu carro, coloquei as malas no porta-mala. Carla entrou na frente e Alex atrás, dirigi até o aeroporto, e assim que chegamos Alex foi mais rápido saindo e pegando as malas dele e da Carla e colocando no chão. Sai do carro e ele fechou o porta-mala, Carla saiu do carro e me abraçou.

Alex foi fazer o chekin-g enquanto eu e Carla conversava sobre Justin e os meninos.

-E quando vocês volta?
-Bom, eu não sei o Alex, mas eu volto daqui um ou dois meses!
-Ah sim, que eu gosto. -Disse sorrindo.
-Quero estar presente em cada mês da sua gestação. -Ela disse passando a mão na minha barriga. -E eu vou ser a pessoa mais feliz do mundo!
-Eu te amo, Carla.
-Também amo muito você, Jenni. -Ela sorriu.
-Bom, tudo pronto! O voo sai daqui cinco minutos.- ficamos em silêncio- Jenni podemos conversar um minuto?
-Claro! 
-E eu vou ligar pro RyRy. -Olhei incrédula pra ela por causa do apelido, mas ela apenas me ignorou e se afastou de nós dois.
-RyRy... -Alex disse revirando os olhos e eu ri.
-Diga! -Disse.
-Então... Ryan bate em garotas, também?
-Alex! -Disse e comecei a rir- É claro que não. Carla deu sorte por o Ryan ser o mais ajeitado do grupo.
-Fico feliz com isso.
-Era só isso?
-Não... Queria dizer que vou sentir muito sua falta, que eu adorei o jantar de ontem, mesmo no fim acontecendo aquilo. -Ele cortou palavras.- Eu quero que você se cuide e cuide dessa criança que por vir estar. Quero também que entre você e Justin tudo se ajeite -Olhei estranho.- É estranho dizer isso, é... -Ele riu.- Mas quero que esteja ciente que eu te amo e te quero ver você bem com quem você ama.
-Você vai achar alguém que te ame.
-Eu sei que eu vou, e quando eu achar vou ter o prazer de traze-lá e esfregar na tua cara -Ele disse e gargalhamos. -To brincando... Ok, talvez tenha um pouco de verdade. -Disse e rimos. -Quero que saiba que te amo muito, viu pequena?
-Eu te amo muito também!
-Primeira chamada pro voo para Londres!- A voz ecoou.
-Deixe a Carla vir quando ela sentir saudades do Ryan. -Implorei.
- Eu vou deixar e quero ver ela feliz com ele. Ela sempre foi muito reservada, quero ver alguém fazendo ela bem.
-Ryan faz, ela queria muito ficar. Só não ficou por você!
-Eu sinto muito por isso.
-Ultima chamada pra o voo 402 para Londres!
-Se cuida. -Ele me abraçou.
-Amiga, eu te amo. -Carla disse chorando nos meus braços.
-Eu também te amo muito!
-Cuida do Ryan por mim, e não deixa nenhuma vadia pegar ele.
-Não vou deixar, eu quebro a cara dos dois.
-Por isso que te amo -Ela sorriu. - Tchau, amiga.
-Tchau Carla, tchau Alex! Boa viagem. Eu amo vocês.
-Também te amamos!

Carla olhou com um olhar de piedade antes de virar as costas e partir, quando eles estavam no portão de embarque eles sorriram e acenaram um tchau enquanto eu chorava. Dei tchau e logo eles partirão, as lágrimas desceram ainda mas forte.

Agora era eu sozinha, sem minha Carla e sem os conselhos dela..

Agora era eu sozinha com o meu bebe.


...

Continua


Oi meus amorzinhos, fiquei tão feliz pelos comentários. Continuem assim, amo vocês
Posto minha fanfic lá no Anime: 
Comentem viu, amo vocês muito! Beijo da lara
@feia_66 @swagsbaby

6 comentários:

  1. Que foda... quero que Justin perdoe Jenni e que fique tudo bem com eles...tambem quero que ele descubra a gravidez... ia ser tão lindo.... VC CONTINUA ESCREVENDO TÃO BEM...continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  2. Mds continua que ta muito perfeito

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  3. Ohh Gosh .. Leitora nova
    continuua , Jenni tem qe se acertar logo com. o Juss

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