01/04/2014

Drug Of Love - 19 - Never touch it.



Stratford-Canada
13:00 PM
Justin On

Acordei e estava sentindo uma puta dor de cabeça. Ressaca, pensei. A vadia com quem transei ontem já não estava mais ao meu lado. Dei graças a Deus por isso, não queria ter que ser arrogante logo cedo. 

Fui até o banheiro, eu estava nu então polpava tudo. Quando eu liguei o chuveiro, a água entrou em contato com meu corpo, e ai sim eu consegui me arrepender de ter transado com a garota da boate. Me arrependi ainda mais de ter deixado Jennifer na pista. Nada doeu mais do que ver a minha pequena triste. Eu fiz aquilo pra provocar, céus, eu era um idiota.

Sai do quarto depois de me enrolar na toalha e então fui direto pro meu quarto. Não, não tinha dormido com a vadia no meu quarto e de Jennifer. Sai do quarto e vi que Monica arrumava a casa, dei um sorriso pra ela e ela retribuiu. Fui pra cozinha e vi que a mesa estava repleta de coisas, eu não via a necessidade daquilo. Ela sempre arrumava a mesa desse jeito e o que sobrava ela levava para moradores de rua. 

Comi um pedaço de bolo e beberiquei várias vezes meu Cappuccino. Comi bacon com ovos e depois subi pra escovar os dentes.

-Marcela, estou saindo. Se você quiser já pode ir!
-Vou tirar o pó da estante e vou, senhor Justin!
-Ok, até logo.

Depositei um beijo em sua bochecha fazendo-a rir. Peguei meu iphone, as chaves do carro, minha carteira e fui até a garagem que se abriu auto-maticamente por causa do controle que eu acabara de apertar. Minha cabeça doía e o barulho do portão fazia doer mais ainda. Apertei o segundo controle remoto e meu carro se abriu auto-maticamente, entrei e coloquei a chave na ignição. Antes de dar partida coloquei a mão na cabeça, numa tentativa que diminuísse minha dor. Depois de sair daquela casa, sai que nem louco pelas ruas de Stratford e em dez minutos já estava em frente a casa da mãe da Jennifer.

Sai do carro trancando-o, toquei a campainha da casa dela e me encostei, logo o portão foi aberto e ela me olhou com o olhar de reprovação.

-Cadê a Liv?
-Entra, Justin! Precisamos bater um papo. -Ela disse séria. Respirei fundo.

Entrei na casa dela e fomos pra trás da casa, onde tinha a piscina, uma bandeja com dois sucos estava ali.

-Sente-se. -Fiz- Sirva-se.
-Já comi, estou satisfeito. -Ela assentiu.
-Justin, vou ser bem direta. Quero falar sobre você e minha filha...
-Eu e a Jennifer não temos mais nada.
-Não? Pois parece que tem! Eu to cansada de ver minha filha recorrer a mim porque você magoou ela. -Ela disse se alterando.
-Não posso fazer nada! -Cruzei os braços como uma criança birrenta.
-Você pode sim! Tem que parar de iludi-lá, se não quer mas nada com ela diga a ela. Não quero minha filha chorando por causa de você, se fosse por causa de um homem bom, mas não, é você. -Revirei os olhos. Ia começar o mesmo discurso de sempre. - Há, e também se fosse um homem bom ele não faria a chorar.
-Esse é um problema dela, eu não posso fazer nada em relação a ela. Eu fui um homem muito bom pra ela! -Disse com convicção, mesmo sabendo que era mentira.
-Ah, foi sim. Claro que foi, alias, o melhor homem. -Ela riu irônica. - Tão bom, né? Que a traiu quantas vezes, Justin? Uma? Duas? Três? Deixa eu ver... Umas cem?
-Olha aqui, dona Rose...
-Olha aqui nada, Justin! minha filha chegou ontem aqui chorando e me disse uma coisa... Eu não pudê acreditar nisso, mas...
-O que ela disse? Fala logo. -Disse agoniado.
-Ela ta...
-Mãe? -Dona Rose foi interrompida por aquela voz maravilhosa.

Meu peito pulsou, um aperto no meu coração ao ver ela. Me recordei do que tinha feito com ela noite passa e quis pular nos seus pés e pedir desculpas. Ela estava com um coque frouxo e de pijama. De longe a mulher mais gostosa que eu já conheci.

-Oi, filha!
-Está tudo bem? -Ela disse me ignorando.
-Hãmm... Sim, né Justin? Estávamos conversando sobre a Liv
-Entendi...Tudo bem, então. -Ela disse começando a se afastar.
-Jenni, posso falar com você?
-Não temos nada pra conversar!
-Você sabe que sim.
-Não, não temos não Justin!
-Temos sim, droga. - Vi Rose se afastar .
-Droga é o caralho. -Quis rir de como o palavreado saiu engraçado sobre seus lábios.
-Digo, nosso amor. Nosso amor é uma droga.
-Que amor? -Ela riu pelo nariz, risada totalmente irônica. - O amor que tínhamos acabou, Justin. Supera!
-Jenni, não complica!
-Não é mesmo, Justin? Não é? A prova de que acabou foi quando você me deixou naquela pista sozinha e depois vi você saindo com uma mulher de lá!
-Deixa eu explicar, por favor!
-Não temos absolutamente nada e você não me deve explicações.
-Devo, Jennifer! Eu sei que devo.

Eu me aproximei dela até nossos corpos se colarem, segurei na cintura dela e eu olhava pro seus lábios e ela olhava em meus olhos. Aproximei nossos lábios e como sempre rocei meus lábios no da mesma e pressionei meus lábios no dela. Senti o impacto do meu corpo com algo e vi que estava totalmente molhado e dentro da piscina. Agradeci por ter me lembrado de colocar a carteira e os outros objetos em cima da mesa.

-Isso é pra você aprender a nunca mais tocar em mim, entendeu?
-Eu sei que você gosta.
-SERÁ QUE DA PRA ENTENDER QUE NÃO TEMOS MAIS NADA? QUE INFERNO.

[ ... ]

-Obrigada pela toalha. -Disse pra Rose.
-Jennifer, é louca! -Ela disse rindo.
-Louca é pouco, é maluca!
-Nunca mas toque nela... -Ela riu pelo nariz.
-Não mesmo, nunca mais.


Stratford-Canada
15:46 PM
Jennifer On

Tentava me explicar com Alex que hoje não daria pra eu sair com ele, não queria que ele se sentisse ofendido de alguma forma.

- Mas você disse que iriamos passar o dia juntos e eu achei que...
-Amanhã a gente passa, pode ser? Eu prometo! Me desculpe.
-Tudo bem, é só que você sabe... A gente nem ficou muito tempo juntos quando eu cheguei.
-Amanhã ficamos, eu prometo. -Beijei sua bochecha- Eu tenho que ir.

Ele sorriu enquanto a porta do elevador se fechava, assim que cheguei até a recepção, sorri pras recepcionistas e fui até o estacionamento onde Chris me esperava. Escultando uma musica nigga, sorri e entrei em seu carro.

-Graças a deus, achei que tinha sido sequestrada! Mais cinco minutos e eu tinha subido atrás de você.
-Céus, quanto exagero. -Disse rindo. - Igualzinho o Justin! Eu estou bem, e viva. Tudo bem pra você? -Ele assentiu rindo.
-Então coloca o cinco que nós vamos voar, amorzinho.

Eu comecei a rir e fiz oque ele pediu, coloquei o cinco. Ele era fracote demais no volante, até eu seria mais rápida que ele, ele era delicado demais e isso me irritava. Ele contava piadas e eu ria que nem idiota, estava apenas matando a saudade com meu velho amigo.
Eu e Chris eramos tão grudados que isso causava ciumes até mesmo no Justin. E isso me fazia lembrar dos velhos tempos.

- FlashBack On -

-Jenni.
-Oi Jus...?
-Me abraça? -Ele pediu manhoso e eu abracei ele.- Não fica mas grudada com o Chris, tá?
-Oi?
-Vocês ficam ai de frescura...
-Justin...?
-Oi?
-Você ta com ciumes? -Disse com um sorriso brincando nos meus lábios. Eu o amava e se ele estivesse com ciumes queria dizer algo.
-Quer saber mesmo? To sim, to morrendo de ciumes. E quer saber mais, Jenni? -Eu assenti, sorrindo. -Eu amo você, é isso.

- FlashBack Of -

Era impossivel não sentir um sorriso no meu rosto quando me lembrava das coisas do passado.  Ele havia me contado oque sentia e saiu correndo, depois eu achei ele jogando pedrinhas no lago. Ele estava chorando, e eu criei coragem pra me assumir também.

~~FlashBack On~~


Caminhei até a pedra cautelosamente, pra não assustar o Justin e nem pra cair no lago. Me sentei do seu lado e então ele percebeu minha presença e virou o rosto para o lado oposto.

-Te achei. -Sussurrei.
-Não deveria ter achado. -Disse com a voz chorosa.
-Justin, você esta chorando?
-Por quê?
-Por que o que, Justin?
-Por que você gosta dele e não de mim? O que ele tem que eu não tem? 
-Justin... -Sussurrei.
-Hum? -Murmurou.
-Eu também amo muito você.
-É sério?
-Sim.

~~FlashBack Of~~

E assim que tivemos nosso primeiro beijo. Foi fofo, muito fofo. Eu me sentia realizada quando beijei ele. 

-Chegamos!
-Nossa Chris, você é fracote demais. Achei que iriamos voar mesmo. -Disse rindo.
-Eu sou rápido até demais, ok? -Revirei os olhos e assenti.
-Sério? -Ele negou rindo.

Descemos do carro e ele trancou o mesmo. Tocamos a campainha da casa do Justin e e um barulho soou no interfone e em seguida a voz de Justin veio atona.


-Já estou saindo.

Ficamos conversando, e em seguida vi ele caminhar pelo jardim. Ele me viu e revirou os olhos e desviou o olhar, confesso me senti mau, mas nem demonstrei. Talvez ele tivesse bravo pelo oque eu fiz essa manhã.

-Cadê minha afilhada?
-Tá terminando de se arrumar,querem entrar?
-Vamos esperar aqui fora mesmo.
-Vocês que sabe... -Ele me olhou- Obrigada pelo o que você fez, em?
-De nada, o maior prazer. Faço de novo se quiser!
--Engraçadinha. -Revirou os olhos- Juízo viu Christian, to de olho em você!
-Credo, Justin. Não sou amigo traidor.
-E se quisermos ficar? Não temos mais nada mesmo.
- Foda-se!
-Ei ei, não comecem por favor!
-Mas nem começamos! -Justin disse me fuzilando com o olhar.
-E nem vai começar, fala sério, vocês sem amam e ficam de putaria!
-Eu não amo ninguém. -Justin disse firme, mas eu sabia que era mentira. Ele me amava, isso estava estampado no rosto dele. Sorri com deboche pra ele.
-Nem eu.
-Enfia dois pepinos no cu e sejam feliz, ok? -Chris disse nervoso.- Ou melhor enfia a sua pica nela Justin, e sejam feliz pra sempre! -Começamos a rir sem parar por ele ter ficado nervoso- Idiotas. 
-Credo, Chris. -Disse rindo.
-Vocês ficam de frescura, isso me estressa.
-Vamos lá, Jenni. -Justin disse.
-Onde? -Perguntei com curiosidade.
-No quarto.
-FAZER O QUE?
-Pra eu enfiar minha pica em você.
-Você é ridiculo. -Disse revirando os olhos. Christian começou a rir.
-Ué, to seguindo o conselho do meu mano!
-MOMMY. 
-FILHAAA. -Ela veio correndo e me agarrou.
-O titio xis vai, mamãe?
-Sim, bebê.
-E o papai?
-Não... -Disse olhando pra Justin.
-Eu quero que o papai vá. -Ela disse ameaçando chorar.
-É, Justin! Vamos... -Chris disse.
-Claro que eu vou. -Justin piscou pra mim. -Só vou me arrumar, volto já. -Ele disse e saiu.
-Xis, não era pra ter chamado ele! -Eu disse brava.
-Xis o cassete. -Disse rindo. -E você pestinha, até quando vai me chamar de Xis?
-Sempi. -Ela disse não dando muita importância.
-É sempre, anta. -Ele disse, rindo.
-Não fala assim com a minha filha! -Disse rindo.

[...]

-Estou pronto!
-Aproveitou pra fazer a roupa? -Disse com ironia.
-Ah, vai pra puta que pariu! Eu dirijo, Xis.
-É CHRIS. -Ele gritou bravo, fazendo todos nós rirmos.

Xis, ou melhor Chris, foi atrás com a Liv e eu e Justin na frente. Ele colocou uma mão na minha coxa e foi subindo e logo parou perto da minha virilha dando um aperto, arfei baixo e tirei a mão dele dali, olhei pra trás e Chris e Liv dormia. Ele continuou apertando minha coxa, em um movimento ágil ele enfiou a mão dentro da minha calcinha. Olhei pra ele e arregalei os olhos, ele começou a massagear e deu um leve aperto no meu clítoris. Gemi baixinho e olhei pra ele que sorria completamente malicioso, maldita hora que eu fui ficar na frente. Ele tirou a mão e continuou dirigindo, encostei minha cabeça no vidro e fechei os olhos.

Alguns minutos depois escutei Justin dizer:

-Chegamos, gente!

[...]

Chris foi levar Liv no parquinho e antes veio com um papo doido de que não queria ficar de vela, Justin passou os braços envolta da minha cintura e aquilo me assustou. Por que ele estava agindo daquela forma?

-Tem uns caras te olhando. -Ele disse travando o maxilar.
-E o que tem? Eu sou solteira.
-Não, Jennifer. Você é minha mesmo que aceite isso. -Disse e deu uma risadinha.
-Bobo. -Disse e ri.
-Seu bobo. -Ele sorriu me selando.
-Escultei alguém dizer que não ama ninguém.
-Eu sonhei com você. -Ele mudou de assunto.
-Está vendo? Você me ama.
-Você tava gravida no sonho... -Ele disse e mordeu os lábios. Engoli a seco e olhei pra ele aflita.
 -Gravida? Nossa Justin, que sonho patético.
-Também acho. Porque no sonho você me escondia e sei que não faria isso. -Disse e eu quis chorar.
-E se eu tivesse?
-Ué...
-Como você reagiria?
-Eu assumiria, mas não gostaria da ideia. Vem cá Jenni, você ta gravida?
-Eu? Claro que não.
-Hum... -Disse sério, me olhando.
-Eu to falando sério!
-Eu sei que ta, você jamais me esconderia isso. -Ele beijou minha testa.

[ ...]

Joguei minha bolsa encima da cama e me deitei exausta, o relógio marcava sete da noite, funguei e revirei os olhos ao minhas pálpebras pesarem pra caralho. 

Acordei sentindo uma forte pontada nas costas, havia dormido de mal jeito. Tirei os sapatos que ainda ficava em meu pé, peguei a bolsa que eu havia jogado em cima da cama na noite passada. Liguei pra portaria pedindo um café da manhã, a moça disse que chegaria nos próximos vinte minutos seguinte.

Me despi ali mesmo e peguei uma roupão, peguei as roupas do chão e joguei no cesto, liguei a banheira enquanto me sentava em um tipo de banco que havia na banheira. Me lembrando dele.

Pensava sobre o papo de gravidez de ontem, aquilo me deu arrepios, achei que ele já estava sacando mas tive a certeza de que não quando ele disse "você jamais me esconderia isso". Confesso, eu senti pena e me senti culpada até demais. Mas eu não posso contar, ele mesmo disse que não gostaria da ideia. Talvez se um dia ele descobrir que eu estou gravida, eu posso dizer que um dos motivos de eu não ter contado era por causa das coisas que ele disse. Sim, eu meio que jogaria a culpa nele.

Assim que a banheira encheu, tirei minhas roupas intimas, amarrei meu cabelo em um coque frouxo e fechei a torneira da banheira. adentrei sentindo um alivio percorrer todo meu corpo, eu estava mesmo precisando de um banho assim. Gostoso e relaxante.

Eu não tive paz na minha vida desde quando cheguei de Paris, foi muitas coisas que aconteceram, muitas mesmo.

Sai da banheira, quando eu ouvi a campainha tocar. Abri o ralinho da banheira e vesti uma roupa intimas =, coloquei o roupão e fui até a porta, abri me deparando com ele.

Alex.

Ele carregava aqueles típicos carrinhos de hotel com um café da manhã farto.

-Alguém aqui pediu um café da manhã? -Ele disse e eu ri.
-Oi, Alex. Entre. -Dei espaço pra ele entrar.- Não sabia que agora fazia parte da equipe do chalé. -Ele riu.
-Eu estava vindo e encontrei o mordomo do hotel, então resolvi trazer pra você. Até porque hoje vamos passar o dia juntos, não é mesmo?
-Claro, Alex! -Tinha me esqueci completamente, mas disfarcei.- Você espera eu me trocar?É rápido.
-Claro, vai lá. -Ele olhou todo meu corpo e sorriu.

Peguei uma roupa, um shorts e uma blusa caída, calcei uma sapatilha confortável e sai do banheiro. Arrumei meu cabelo e ele sorriu aprovando, me sentei e tomamos café conversando.

-A gente vai ao médico?
-Sim... Quer dizer, você não se importa, não é?
-Não, claro que não. -Ele sorriu. -Espero que o pequeno ou pequena esteja bem.
-Tenho certeza que sim. -Disse sorrindo.
-Você ainda não gosta da ideia, não é?
-Nem um pouco. -Disse triste. -Aos dezenove anos vou ter meu segundo filho.
-Não fica assim, Jenni, além do mais, essa criança nem tem culpa! Os pais que são dois irresponsáveis e que não sabem nem usar camisinha. -Ele disse e revirou os olhos. -Eu ainda não acredito que você ta gravida daquele crápula, poxa, de novo Jenni? -Ele fez uma feição triste.
-Antes ele do que qualquer outro cara.
-Tem razão, em partes, porque eu ainda acho que deveria ser comigo.
...



Continua.

Ei meus amores, comentem! amo vocês ♥

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