14/01/2015

Drug Of Love -71- What Now




Stratford/Canada
10:15 AM
Justin P.O.V

Cachorra desgraçada, como ela pode ter mentido todo esse tempo pra mim? Ela é mesmo uma vadia. Tudo que eu queria acreditar é que ela não estivesse mentindo pra mim. Eu não conseguia suportar a ideia de que ela apenas brincou comigo e me fez de idiota.

O que eu fiz pra essa garota?

Tudo que eu tinha dado pra ela foi atenção, amor, carinho e ela faz isso comigo? Me apunhalou pelas costa. Eu sabia que tinha algo por trás disso, ela não faria isso comigo do nada. Eu fui mesmo um idiota em ter feito aquilo com Jennifer.

Todos esses anos ela sempre foi a mulher da minha vida, aquela mulher que eu brigava mas eu me arrependia no mesmo minuto.

Por que só agora eu fui perceber que tudo o que eu sentia por Julia era atração? Era atração por ver ela me dando tanto mole. Ela encheu tanto minha cabeça que eu acreditei que estava mesmo apaixonado por ela, mas eu errei... eu nunca estive apaixonado por ela e sim, sempre estive por Jennifer e a explicação de tudo isso é as vezes que eu não suportava ver ela com aquele homem. Eu não conseguia acreditar que eu perdi minha família porque eu troquei sentimentos.

Arrumei uma desculpa pra Julia e pedi pra que de noite ela fosse na minha casa. Hoje mesmo eu colocaria meu plano em ação e se tudo desse certo eu finalmente poderia ir ver a minha família e tentar concertar todas as besteiras que eu fiz. Mesmo sabendo que ela estava com outro, mesmo sabendo que ela não podia sentir mais nada por mim, apenas ódio. Porém, eu vi nos olhos dela sobre a WEB CAM a forma que ela ficava quando conversava comigo.

Eu acreditava que mesmo depois de tudo aquela mulher ainda me amava incondicionalmente e tudo que eu mais queria é que eu estivesse mesmo certo.

Estados Unidos/Nova York
10:25 AM
Jennifer P.O.V

Corria pelas ruas de Nova York, usava uma legging preta, um top azul, cabelo amarrado e um tênis sport. No meu ouvido tinha um fone de ouvido conectado com o meu iphone, tocava minha playlist de musicas do Ed Sheeran. Respirei fundo quando começou a tocar Give me Love. 

Eu odiava com todas as forças a forma que eu pensava nele, odiava a forma como eu queria ele por perto mesmo ele estando super longe de mim. Odiava ainda mais o fato de que eu o amava mais que tudo na minha vida. Ele era a razão de tudo, mesmo não sendo mais nada meu.

Eu queria poder voltar a um ano atrás e fazer tudo diferente e não fazer nosso casamento acabar. Mas o que eu poderia fazer? Ele mesmo terminou comigo porque estava apaixonado por outra. 

Senti uma maldita lágrima cair sobre meu rosto enquanto eu corria sem parar. Quando a raiva aumentava mais ainda eu corria mais ainda. Eu tinha vontade de ir pro Canada, joga-ló contra a parede e beija-ló sem parar mas depois bater nele por tudo que ele me fez passar.

No começou eu achei que não era capaz de aguentar tudo isso, eu achava que era o fim do mundo ser abandonada por Justin mas chegou uma hora que eu vi que eu tinha que crescer, amadurecer e parar de chorar por algo que tinha me trocado tão facilmente, que eu tinha que ficar forte.

Me sentei em um banco de praça. Caminhei até uma venda e comprei uma garrafa de água, sem pensar duas vezes despejei todo o liquido na minha garganta. Respirei fundo, joguei a garrafa de água agora vazia, no lixo. Voltei a correr dando meia-volta pro meu apartamento. Tinha saído as seis horas da manhã e ao ver já era quase onze horas. Eu tinha sonhado com Justin e acordei chorando com raiva. 

No sonho ele me pedia pra voltar e eu aceitava, ele me beijava loucamente e depois de alguns meses eu descobria que estava grávida de novo. Apenas em sonho, porque nós nunca mais voltaríamos. 

Entrei em casa que estava vazia, Logan tinha levado as crianças pra tomarem sorvete e passear um pouco com eles. Me joguei no chão da sala e liguei o ar condicionado. Liguei o som com o controle e tocava What Now da Rihanna. Tirei meu sapato e prendi meus braços atrás da cabeça sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. A uns dias atrás eu prometi que nunca mais choraria por ele e agora eu estou aqui... chorando por esse idiota, como se alguma coisa fosse adiantar algo.

Eu odiava ele, mas com certeza meu amor era bem maior.

-I've been ignoring this big lump in my throat, I shouldn't be crying tears were for the weaker days, I'm stronger now or so I say, and I just wanna scream (Eu estive ignorando este nó grande na minha garganta, eu não devia estar chorando lágrimas são para os dias mais fracos, eu estou mais forte agora ou assim eu digo, mas tem algo faltando) -Cantarolei secando uma lágrima.

Era incrível como aquela musica falava por mim de uma forma devastadora, aquela musica só podia ter sido feita pra mim. Me levantei do piso gelado e fui andando em passos lentos até meu quarto, me despi enquanto escutava aquela melodia se aperfeiçoando por todo meu apartamento. Entrei dentro do chuveiro e a água levou todo meu suor da corrida e foi como se um alivio passasse sobre mim.

Whatever it is, it feels like it's laughing at me
(O que quer que seja, parece que está rindo de mim)
Through the glass of a two-sided mirror
(Através do vidro de um espelho de duas faces)
Whatever it is, it's just laughing at me
(O que quer que seja, está rindo de mim)
And I just wanna scream
(E eu só quero gritar)

Mais algumas lágrimas caiam sobre o meu rosto e eu me sentei sobre o piso do banheiro, eu me sentia a pessoa mais fraca do mundo por estar chorando. Mas me diga... quem é que não chora? Eu sou a pessoa mais chorona do mundo e fiquei cinco meses sem chorar, mesmo depois de tudo isso. Fui obrigada a escutar a voz dele me chamando de amor, de bebê me fazendo sentir saudades do passado. Fui até mesmo obrigada a vê-ló por uma WEB CAM e doía meu peito saber que daqui a alguns dias eu teria que ver ele pessoalmente e teria que ser forte. Eu nem ao menos sabia se conseguiria ser forte assim. Eu tinha receio de ficar chorando pelos cantos, como eu estou fazendo agora. Grande babaca você, Jennifer. Segurei por tanto tempo e agora eu estou desabando... eu sabia que não conseguiria ser forte o tempo inteiro.

-What now? I just can't figure it out. What now? I guess I'll just wait it out What now? Ooh what now? (E agora? Eu apenas não consigo entender. E agora? Eu acho que eu vou esperar, e agora? Ooh... e agora?) -Cantei baixinho.

Ele era meu tudo, ele era meu anjo, era o meu protetor, meu namorado, meu melhor amigo, meu marido, meu bebê, meu amor... Ele era meu tudo mas do nada eu tinha perdido ele pra outra pessoa, tinha perdido ele e eu nem consegui recuperar. Doía muito mesmo. Por esses cinco meses eu escondi toda a minha dor fingindo que eu não estava sentindo, fingindo que não doía, fingindo que não machucava, fingindo que não estava mais ferido, fingi pra mim mesma que eu não sentia mais nada por ele. Eu consegui me enganar, por quanto tempo? Um dia? Até eu voltar a chorar por ele, uma coisa que eu prometi não fazer mais... chorar por ele. Mas minha promessa tinha falhado e isso doía porque era a maior promessa que eu tinha feito pra mim mesma. 

I found the one he changed my life
(eu encontrei o que ele mudou minha vida)
And he just happened to come at the right time
(E aconteceu de ele chegar no momento certo)
I'm supposed to be in love
(Eu devia estar apaixonada)
But I'm numb again
(Mas eu estou paralisada de novo)

E por que essa maldita parte tinha que falar tudo sobre mim? Bufei caminhando em passos grandes até o meu roupão. Desliguei o chuveiro, amarrei uma toalha na cabeça e me enrolei no roupão. Sequei o banheiro e me apressei em passos largos. What now tinha reproduzido não sei quantas vezes. Desliguei o som e me sentei no sofá. Liguei em um canal de filme e caminhei até meu quarto. Peguei um shorts de moletom soltinho, uma regata branca e me vesti junto da lingerie preta. Penteei meu cabelo e quando ameacei ir pra cozinha meu celular tocou. 

Caminhei em passos lentos até o celular e quanto vi o nome no visor meu corpo se arrepiou por completo e minhas pernas pareciam gelatina. Por mais que eu negasse falando pra ele que eu não gostava que ele me ligasse eu gostava sim, eu amava escutar a voz dele e saber que ele estava bem. Deslizei do botão vermelho até o botão verde e coloquei o celular no ouvido.

-Alô?
-Jenn, oi. -Ele disse.

Pelo seu tom de voz eu sabia que ele estava sorrindo.


-Oi, Justin. -Respirei fundo- Por que ligou de novo?
-Hoje é a inauguração do seu atelie, né? -Ele disse.
-Sim. Por que?
-Liguei pra desejar boa sorte, sei que você não precisa mas eu quis ligar e escutar a sua voz. Eu sei que você vai arrasar.
-Obrigada, Justin.
-Babe? -Aquele apelido me fez se arrepiar toda.
-Jennifer. -Corrigi. -O que foi?
-Eu te amo.

Meus olhos marejarão até o ultimo. Eu sentia uma falta danada de olhar em seus olhos e ver ele falando aquilo pra mim. Escutar aquilo me deixou bem e mal ao mesmo tempo, bem por escutar o que tanto amava e mal por  saber que tudo não passava de uma grande mentira. Me despedi dele e desliguei o celular. Fui pra cozinha e fiz um suco de laranja sem açúcar. Tomei rapidamente e em seguida comecei a fazer uma faxina em casa aproveitando a energia que eu me encontrava. Liguei o som alto colocando Fancy enquanto terminava de arrumar o ultimo comodo da minha casa, o quarto das crianças. De tarde Logan chegou com as crianças alegando que tinha levado-as para o parque e tinha perdido a noção da hora. Arrumei as crianças em roupas bem lindas e formais. Coloquei um vestido preto curto que tinha um detalhe no ombro e um salto de bico fino dorado. Arrumei meus cabelos fazendo tipo um coque com a parte de baixo solta, passei perfume e uma maquiagem fraca.


-Você ta maravilhosa, amor. -Logan deu um sorriso.
-Obrigada, eu ainda preciso falar com você. -Disse séria.
-Amor, eu só liguei pra ele porque eu estava preocupado com você.
-Droga, mas você não deveria dizer que eu não to com condições de dar conta de tudo, eu tenho tudo sob-controle.
-Sério? Por que não parece.
-Ok. Só não se meta na minha vida, ok? Porque você não tem nada haver com ela. 

Ele me olhou e assentiu meio desnorteado. Ele estava triste e eu notei isso, tive vontade de pedir desculpas mas ele virou de costa e foi em direção a Math. Respirei fundo e caminhei em passos lentos até eles. 

♀♀


Stratford/Canada
17:25 PM
Justin P.O.V

Me arrepiei dos pés a cabeça assim que vi Chaz passar por aquela porta. Respirei fundo e me sentei no sofá contando todo meu plano pra ele. Ele assentiu depois de algum tempo pensando se aceitaria ou não. 


Chaz e eu entramos no carro e eu dirigi com a ajuda do GPS. Eu estava em destino a casa da mãe de Julia, tinha ligado pra casa dela e disse que queria conversar com ela sobre algumas coisas. Sem pensar duas vezes ela me passou o endereço dela. Assim que eu parei em sua casa eu me assustei. A rua era suja, cheia de becos e gente drogada fumando maconha ao ar livre, andando normalmente na rua. Quando eu parei em frente a casa dela eu me assustei. Não era uma especie de barraco, mas era uma casa que era meio velha, um "jardim" sujo e cheio de entulho.


Nunca achei que Julia fosse morar naquele lugar, nunca achei que sua família tinha pouca condição. Pelo o que ela me dizia ela é rica, mais uma vez eu descubro que ela mentiu.


Respirei fundo e Chaz olhava aquilo tudo assustado assim como eu, descemos do carro e eu bati na porta de madeira que nem mesmo tinha fechadura e sim cadeado. Uma mulher com o cabelo loiro e preso em um rabo de cavalo, de chinelo e vestido apareceu na porta. 



-Quero falar com a Cinthia. 
-Você é o Justin
-Sim. -Disse e ela me deu um pequeno sorriso.
-Sou a mãe de Julia, entre.

Ela me deu passagem e eu chamei Chaz. Ele me seguiu mas antes cumprimentou Cinthia, mãe de Julia. Quando entrei na casa eu quase arregalei os olhos. Tinha um senhor sentado no sofá assistindo televisão com um copo de cerveja ao lado. Respirei fundo e olhei pra casa. O sofá era um pouco velho, o piso não era azulejo e sim madeira. Respirei fundo tentando não acreditar que Julia morava mesmo aqui. 


-Justin? -Cinthia me chamou e eu a olhei- Esse é Joseph, meu marido e pai da Julia.
-Eu não to entendendo algumas coisas. -Eu disse atordoado.
-Precisamos conversar sobre muitas coisas querido.

Olhei sério pra ela e assenti. Joseph me olhava dos pés a cabeça e aquilo não me incomodava, o que me incomodava era o fato de eu estar ali naquela casa acabada.

-Sente-se. -Cinthia disse.
-Julia disse que era rica.
-Ela disse? -Cinthia perguntou engolindo a seco.
-Sim -respirei fundo- O que ta acontecendo?
-Julia sempre escondeu onde mora, sempre escondeu que é pobre.
-Pobre? Ela... Julia não é assim, ela não é mesquinha desse jeito.
-Ela é. -Joseph disse. -Ela é mesquinha, Justin. Sempre tentamos trazer você pra cá, mas ela sempre teve vergonha e sempre disse que você era rico e não queria mostrar onde mora pra você.
-Ela sabia que eu não me importaria. -Dei de ombros.
-O que te trouxe aqui?
-Julia esta me escondendo algumas coisas. Eu quero que vocês me respondam tudo que eu perguntar.
-Claro. -Cinthia disse.
-Por que você sempre me disse que não queria que Julia ficasse igual a prima dela?
-A prima dela foi presa por sequestro, desde então eu tenho ficado preocupada com Julia, ela era apegada a essa prima dela e do nada ela mudou.
-Julia sempre foi mesquinha? -Chaz perguntou.
-Sim, sempre teve vergonha de trazer os amigos e os namorados pra cá.
-Julia faz faculdade
-Faculdade? -Joseph perguntou e ele e Cinthia se entre olharão.
-Nunca tivemos condições pra pagar uma faculdade pra ela.
-Ela me disse que faz faculdade. Esses dias ela até mesmo me pediu quase quatro mil reais pra pagar a faculdade e comprar alguns materiais.
-Quatro mil? -Cinthia tremeu o queixo.
-Sim, quatro mil. -Chaz disse. 
-Sempre quando ela tava na minha casa ela dava uma desculpa que tinha coisas da faculdade pra resolver e nunca dormia lá em casa. Sempre tinha uma desculpa de ultimo hora.
-Como assim? -Cinthia disse- Desde quando vocês começarão a namorar Julia sempre dormiu na sua casa, nunca veio pra casa.
-O QUE? -Gritei.
-Justin, calma cara. Você sabe, nós já esperávamos por isso.
-A vagabunda me enganou o tempo todo.
-Eu não acredito... -Cinthia disse.
-Justin, acho melhor vocês conversarem.
-É isso que vou fazer mesmo. -Respirei fundo- Obrigada, vamos Chaz.

Sai de dentro da casa e bati a porta com força, maldita vagabunda. Me enganou esse tempo de baixo do meu nariz e eu nunca percebi porque estava louco por essa vadia. Ela adorava mexer com quem ta quieto e eu vou acabar com a raça dessa vadia. Bufei e chutei a lataria do carro. 

Eu não acreditava que tinha perdido minha mulher, não acreditava que tinha caído no encanto dessa vagabunda, acreditei que ela era boa pra mim, e o pior... acreditei que estava apaixonado por ela.

Chaz saiu da casa e se encostou no carro, pelo canto de olho vi que ele me observava enquanto eu estava debruçado no carro. Eu segurava meu choro, ele estava entalado bem ali na minha garganta. Eu tinha perdido minha mulher, tinha perdido a mulher que eu mais amei e amo nesse mundo. Eu não queria nunca, nunca, nunca acreditar que eu fiz isso.

-Calma dude, nem tudo ta perdido.
-Ta tudo perdido Chaz. -Bati meu punho de leve no carro- Eu perdi minha mulher porque cai no encanto dessa vagabunda, você tem noção disso? -Ele assentiu.
-Eu também perdi minha mulher por causa dessa vagabunda, mas nem por isso vou ficar chorando e sim lutar por ela depois que a gente terminar essa vingança.
-Quer saber? Você ta certo, bro. Vou acabar com a raça dessa vagabunda.

Ele sorriu e eu sorri de volta. Entramos no carro e eu dei partida. Liguei pro Ryan e depois pra Carla, ainda não acreditava que eles iriam se divorciar por causa daquela discussão, mas a verdade é que Ryan nunca suportou alguém desconfiando dele, muito menos desconfiando do amor que ele sentia. Minutos depois Ryan chegou, ele sorriu fraco pra mim e pro Chaz e se jogou no sofá.

-Como você ta cara
-Como você acha que eu to, Chaz? -Ryan disse.
-Do mesmo jeito que eu e Justin. Que ironia, nós três perdemos nossas mulheres por uma vadia só.
-Pois é, isso tudo é culpa minha. -Deitei minha cabeça no sofá- Se eu não tivesse dado espaço pra ela entrar nas nossas vidas isso jamais teria acontecido.
-Justin, nós também temos parcelas de culpas disso. Carla deixou essa mulher entrar na nossa casa, você deixou ela entrar na sua casa, na casa da sua mãe e ela já achou que podia tudo.
-Ryan, e você e Carla fica como?
-Eu vou me separar dela, foi o que ela quis.
-Ryan, não seja cabeça dura.
-Cabeça dura Justin? Ela desconfiou que eu amo ela, você tem noção do que é isso pra mim? -Assenti- Eu to com uma puta raiva.
-Ela tentou falar com você?
-Até parece, aquilo ali é mais orgulhosa que tudo.
-Nada diferente de você. -Chaz deu de ombros.
-Pensa antes de se separar dela. -Respirei fundo- Jennifer mandou os papeis do divorcio!
-Sério?-Ryan disse assustado e eu assenti- E agora?
-Eu disse pra ela que é melhor a gente conversar pessoalmente. Mas parece que ela vai noivar com aquele namoradinho dela. -Meus olhos encheram de lágrimas- Eu to perdido.
-Justin...
-Ela não deve mais me amar, Ryan. E o que eu faço?
-Faça ela se apaixonar por você de novo.

Olhei fixo pra ele e abaixei a cabeça. Conversamos mais um pouco e Carla chegou, ela se sentou do lado de Ryan que se afastou dela e veio sentar do meu lado. Me dava pena a forma que ela falava com ele e ele a recebia com patadas e com a ignorância, ela as vezes até abaixava a cabeça. Ele começou a falar de mulheres e eu sabia que ele estava fazendo isso pra fazer ciumes.

-Eu to é sentindo falta daqueles tempos que a gente ia pra balada e ficava com várias. Casar foi a pior coisa que eu já fiz. -Carla olhou pra ele- Perdi toda minha liberdade e bundinhas novas.

Eu tava louco pra dar um tapa na cara. Carla estava de cabeça baixa e quase chorava. 

-Ryan para. -Eu disse.
-Parar por que? -Ele perguntou risonho.
-Justin, você tem algum plano? -Carla perguntou.

Ela levantou a cabeça e eu vi seus olhos marejados implorando pra que lágrimas caiam, ela respirou fundo e olhou pra cima impedindo que qualquer lágrima caísse. Ryan se remexeu incomodado no sofá. 

-Sim. 

Comecei a contar o plano pra eles e eles pareciam prestar atenção. Ficamos conversando mais um pouco e claro que as indiretas de Ryan para Carla não parava.

-Eu acho que ta na hora de você crescer, Ryan. -Carla disse- Para de ficar mandando indireta porra, eu to na sua frente.
-Ok. 

Ele levantou do sofá e parou bem enfrente dela.

-Me casar com você foi a pior coisa que eu fiz, ter terminado com você foi a melhor coisa que eu fiz. Satisfeita?

Ela assentiu com os olhos marejados. Ele voltou pro sofá e se sentou com raiva, levantei sofá e fui até onde Carla estava. Me sentei no mesmo e puxei Carla, ela se acomodou no meu peito escondendo seu rosto. Senti lágrimas molhando minha blusa e sabia que ela chorava, ela esperou alguém abraça-lá pra chorar sem que ele visse e eu admirei isso. Ryan me olhou com os olhos esbugalhados e eu neguei olhando pra ele com raiva. Chris chegou depois disso e ignorou o clima estranho, sentou-se com Chaz e eles começaram a conversar. Ryan ainda me olhava e as vezes olhava pra Carla. Ela me abraçou um pouco mais forte e eu sorri. 

Estados Unidos/Nova York
19:35 PM
Jennifer P.O.V

Estava um arraso, tinha muito mais gente do que eu imaginei que teria. Estava linda a decoração, tinha uma grande passarela no meio do atelie e em alguns minutos as modelos iriam começar a apresentar minha nova coleção. Algumas pessoas falavam comigo. Tinha roupas expostas em alguns manequins. Tinha alguns quadros na parede dos desfiles que eu já tinha ido. Logan estava com Math no colo e ele estava lá fora com o pequeno. Liv estava sentada em uma cadeira com uma menina da idade dela e elas conversavam, mas não parecia que Liv estava muito contente de estar ali. Eu estava com uma taça de champanhe na mão e muitas pessoas vinham falar comigo, tinha até alguns fotógrafos. Bella estava organizando as modelos junto com a equipe lá dentro. Respirei fundo quando vi um homem parar na minha frente.


-Jennifer Clark
-Eu mesma.
-Sou dono da Marvi Jeans. -Ele sorriu- Te liguei mas você nem me retornou. Enfim, você aceita?
-Eu aceito.

Ela me olhou dando um sorriso, conversamos mais um pouco e logo ele se despediu. Vi Alex entrar de mansinho e observar as coisas, ele deu um singelo sorriso pra mim e eu sorri de volta. As modelos começaram a entrar e as pessoas pararam em volta da passarela encarando cada uma das modelos. Sorri feliz e Ed, sorriu pra mim. 

Depois de algumas horas finalmente acabaram. Logan colocou Math na cama e foi tomar banho, me joguei no sofá cansada. O relógio marcava oito horas e dez minutos. Liguei pra um restaurante chines e encomendei comida. Liv foi tomar banho depois de Logan e depois eu fui.

Stratford/Canada
20:25 PM
Justin P.O.V

Quando eu escutei Julia chegando todos subiram. Ela entrou pela porta e me deu um sorriso enorme. Sorri pra ela na verdade querendo dar um soco na cara dela. Ela me beijou de uma vez sem me dar tempo de falar. Segurei sua cintura com força e ela sorriu entre o beijo. Julia tirou minha camiseta e arranhou meu abdômen, tirei a blusa dela mostrando o sutiã preto rendado. Apertei seu seio com força e ela gemeu. Me deitei no sofá por cima dela e comecei a estimular sua vagina com meu dedo. Ela gemeu.

-Deixa eu tirar o shorts.
-Relaxa.

Ela assentiu prendendo as pernas na minha cintura. Tirei minha calça ficando apenas de box e em seguida tirei seu shorts, tirei sua calcinha e pressionei meu pau na sua vagina. Ela gemeu mordendo meu ombro e em seguida tirou seu próprio sutiã.

-Como se fala? -Eu disse olhando em seus olhos.
-Me fode.
-Ué, Julia -Disse.

E que comece o plano. Ela me olhou com os olhos esbugalhados e eu levantei de cima dela.

-Você não é virgem?
-So-so-sou...
-E você ta pedindo pra mim te foder? -Disse e ri alto.

Bati palma uma vez e Chaz desceu com um sorriso nos lábios. Julia ao ver o mesmo tentou se cobrir com a roupa mas não deu muito certo. 

-Justin, tira ele daqui. Por favor, Justin.
-Puta falsa, desgraçada.

Dei um tapa em sua cara e ela caiu no chão me olhando com os olhos arregalados. Chaz começou a se despir e ela se desesperou. Ele vinha na direção dela apenas de cueca e ela tentava se esconder atrás de mim. 

-Justin, por favor. Não! -Ela segurou meu rosto com força- Não faz isso comigo, por favor.

Ela falava tudo aquilo em desespero mas o que eu menos tinha no momento era dó dela. Eu nunca sentiria dó dela, não depois de tudo que ela fez comigo. Ela errou comigo pra caralho e eu não sentiria pena dela, ela tirou tudo de mim, tirou minha família e quase tirou meus amigos, tentou me dar um golpe e ainda por cima tirou as mulheres dos meus amigos. Nunca deixei e nunca deixarei ninguém mexer com a minha família, e não vai ser uma pirralha que vai. Peguei ela pelo cabelo e joguei ela no sofá.

-Você vai responder tudo que eu perguntar, escutou? -Ela assentiu- Por que você fingiu esse tempo todo?
-Justin, eu não menti! Eu te amo de verdade.
-Não me faça perder a cabeça, eu to mandando você me contar a porra dessa historia. Eu não to afim de arrebentar a cara de uma pirralha.
-EU NÃO SOU PIRRALHA.
-Ah não? E quantos anos você tem meu anjo? -Perguntei irônico- Você mentia isso também?
-Justin...
-Eu te fiz uma pergunta Julia. 
-Tenho dezenove. -Ela disse baixo.
-Por que mentiu sua idade?
-Eu achei que você se interessaria mais rápido.
-Qual era seu proposito de me fazer se apaixonar por você e depois acabar com a minha vida?
-Eu não posso contar.
-CONTA VADIA. -Chaz gritou dando um seco em seu nariz.
-Chaz... -Eu disse. 
-Eu to com ódio dessa vagabunda, ela acabou com meu namoro. 
-ME RESPONDE JULIA.
-VOCÊ ACABOU COM A MINHA VIDA, VOCÊ É FILHO DE UMA PUTA POR ISSO EU QUERIA ME VINGAR DE VOCÊ. Eu sou prima de Tracy -Ela disse chorando e eu arregalei os olhos- VOCÊ ILUDIU ELA E ACABOU COM A VIDA DELA, ela foi presa e me pediu pra fazer o mesmo com você. Acabar com a sua vida, sem pensar duas vezes eu aceitei! Eu precisava me vingar da pessoa que colocou minha prima atrás das grades.

Arregalei os olhos. Como eu nunca pensei? É claro que Tracy tramaria algo, ela nunca que me deixaria me paz. Julia chorava baixinho de cabeça baixa e eu levantei seu queixo com força.

-Então foi essa vagabunda que fez isso? -Ela assentiu.- E por que você me pediu aquele dinheiro?
-Justin...
-ME DIZ CARALHO, VOCÊ TIROU MINHA FAMÍLIA, FINGIU SER OUTRA PESSOA PRA MIM.
-Eu tenho um namorado, ele se envolve com drogas e ta devendo pra um cara. Ele sabe de tudo que eu faço, eu precisava de dinheiro Justin eu tinha que pegar dinheiro. Eu não podia deixar ninguém matar ele e eu preciso de mais dinheiro ou vão matar meu namorado.
-Eu quero os quatro mil reais que você pegou meu. Ou eu acabo com a sua vida, escutou?
-Você nem precisa desse dinheiro, Justin.
-EU NÃO PRECISO MESMO, MAS EU ESTOU FAZENDO ISSO POR CAUSA DA MINHA DIGNIDADE. VOCÊ TIROU A MINHA FAMÍLIA DE MIM.
-VOCÊ QUE SE APAIXONOU POR MIM. -Ela disse com raiva- EU NÃO TENHO CULPA, VOCÊ QUE TROCOU JENNIFER, VOCÊ QUE TROCOU ELA.

Chaz riu irônico assim como eu. Me aproximei de Julia e forcei seu queixo aproximando bem mais ainda de mim. 

-O que te leva a achar que eu sou apaixonado por você?
-Você sempre disse...
-Oh meu anjo... sempre tão iludida. -Ri- Eu sempre amei Jennifer, sempre. Enquanto eu estava com você eu batia punheta pensando nela. Eu gozava pensando nela.
-Você é nojento.
-Não é nojento meu amor. -Eu disse rindo- Vai dizer que você nunca bateu punheta pro seu namorado?
-Eu sou...
-Virgem? -Ri- Conta outra né. Essa sua carinha de puta não engana ninguém. -Ela negou.
-Não me chama de puta. 
-"Não me chama de puta" -Disse fazendo uma voz gay e Chaz riu- É isso que você é. -Ela negou. -Fica de quatro. 
-Não...
-Vai querida, você não me pediu pra te foder?
-Justin, não... -Ela negava.

Eu não ia estuprar ela, longe de mim fazer isso. Apesar de tudo que ela me fez estupro era uma coisa que comigo nunca iria rolar. Eu queria bater nela mas iria deixar Carla fazer isso por mim. Eu não podia encostar um dedo se quer nela. Escutei passos e Carla desceu com Ryan atrás dela. Ryan agarrou a cintura de Carla o que fez ela ficar surpresa. Carla parou na sala e Julia olhou pra todos ali, com certeza morrendo de vergonha. Julia começou a chamar por Carla e eu vi seus olhos marejados. 

Carla andou em direção a Julia e pegou ela pelos cabelos jogando-a no chão, ela começou a chorar ainda mais. Ryan tinha um sorriso divertido no rosto. Peguei minha roupa e comecei a me vestir e Chaz fez o mesmo. Tínhamos tirado a roupa apenas pra assusta-lá e não pra estupra-lá, eu nunca estupraria alguém e se um dia eu fizesse isso pode ter certeza que não seria com a nojenta de Jula. Eu sentia nojo dela, sentia nojo de ficar perto dela. 

Me sentei no sofá observando Carla arrebentando Julia, eu definitivamente não tinha dó nenhuma e ainda acha pouco depois de tudo que ela me fez. 

Carla deu um chute forte em seu rosto e em seguida sentou em cima de Julia começando a esmurra-lá de todas as formas. Carla batia mais em Julia do que quando eu tinha batido em Chaz. Quando ela estava totalmente machucada Ryan puxou Carla.

-Isso é por tudo que você fez, por todas as coisas que você já fez com a gente.

Chris tirou uma foto de Julia e sorriu. 

-As pessoas irão gostar de ver isso.
-Você não pode...
-Posso. -Chris sorriu.
-Justin, não deixa. Eu sei que eu errei com você mas você não pode deixar eles fazerem isso. -Ela suplicou de joelhos na minha frente- Eu aprendi a te amar, e descobri isso ontem por isso que eu iria me dar a você. Não faz isso.
-Bonequinha, mulheres de joelho na minha frente é apenas para o boquete. -Sorri.- Eu vou te dar o ultimo aviso. Eu vou viajar hoje de madrugada mas vou colocar dois seguranças meu na sua cola, Eu quero meu dinheiro e você vai se virar.
-Eu não posso te dar, da onde eu vou tirar isso?
-Se prostitui, se vira. Eu quero o meu dinheiro até amanhã de manhã ou eu entrego o merdinha do seu namorado pra policia.Eu tenho é dó da sua mãe, duvido que depois de tudo que eu disse pra ela, ela vai te aceitar lá. -Ri- Eu espero que você vire uma mendiga e morra atropelada. Você é digna de pena, não é digna do amor de NINGUÉM.

Chaz foi em direção a ela e lhe deu um tapa forte na cara dela. Depois foi Ryan e depois Chris. 

-Eu acho isso pouco, temos que fazer mais alguma coisa com ela. -Carla disse.

Em um movimento rápido vi Chaz jogar Liv no chão com força e começar a chuta-lá e descontar toda sua raiva. Eu sabia que ele se arrependeria depois, mas ele se arrependeria mais ainda se ele não descontasse a raiva. Ele parou de bater nela e se sentou no sofá. Puxei meu celular e disquei o numero de Bella.

-Você vai contar toda a verdade pra Bella, escutou? -Ela assentiu chorando.

Joguei minha camiseta pra ela e ela a vestiu me agradecendo com o olhar. Apesar de tudo eu gostei dela, ela me fez sorrir, apesar de tudo eu sentia pena dela. Pena por se apaixonar por um crápula e pena por ter mexido comigo. Depois de Bella ter falado com Julia, Bella avisou que estava vindo.

Quando ela chegou ela tomou um susto ao ver aquilo. Ela olhou pra Chaz que nem olhou pra cara dela, ele estava de cabeça baixa. Julia estava de joelhos no meio da sala. Bella foi em direção a ela e lhe deu um chute na cara.

♀♀

Eu tinha jogado ela no meio da rua e avisei que queria meu dinheiro até amanhã de manhã. Todos estavam sentados na sala e eu subi correndo. Joguei duas malas na cama e comecei a jogar minhas roupas ali dentro. A porta do quarto se abriu e todos entraram.

-O que você ta fazendo? -Ryan disse.
-Eu vou atrás da minha mulher. -Eles sorriram.- Chris, cara... não pense em jogar essas fotos na internet, entendeu? -Ele me encarou.
-Mas por que?
-Se essas imagens chegar na mão da policia, o que pode acontecer, nós estamos fodidos!
-Bem pensado.

Ele sorriu. Peguei uma roupa e fui tomar banho. Sai correndo com as malas. Chamei Ryan e ele dirigiu pra mim até o aeroporto, quando chegamos eu desci correndo com as minhas malas. Comprei uma passagem e uma hora depois eu estava voando.

♀♀

Quando cheguei eu entrei no primeiro táxi que eu vi. O guiei até o endereço que Jennifer tinha me passado. Quando cheguei paguei o táxi e vi que era um apartamento pequeno. O relógio marcava meia noite e eu tinha receio dela estar dormindo. Perguntei na recepção o apartamento dela e o porteiro me informou. Subi o andar e minhas mãos soarão assim que eu parei em frente a sua porta. Levei minha mão até a porta e dei dos socos fracos.

A porta se abriu revelando uma figura linda que arregalou os olhos ao me ver. Seus cabelos caiam lindamente sobre meus ombros e ela estava enrolada em uma toalha. Sorri pra ela.

-Oi Jenn.


...

Continua


Sei que muita gente esperava que o Justin espancasse ela, estupraria mas eu não queria tornar a personalidade de Justin mais covarde do que já é. 
Me perdoem e eu fiquei com medo de postar esse capitulo e sei que vou receber muita criticas mas não me abandonem :(

amo vocês.

Participem do grupo: 011 989798937
favoritem minha fanfic: http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-anahi-forbidden-love-2426125
Falem comigo: http://ask.fm/swagssbaby
Falem comigo no twitter: https://twitter.com/whoaollg
Beijos!!!


7 comentários: