Drug Of Love - 05 - Te encontrei!

Inglaterra- Londres 

13:36 P.M

Justin On

-Oi mãe. -Sorri irônico.
-Justin? -Ela gaguejou.
-Eu mesmo. -Tentei entrar mas ela me impediu.

-Você não pode entrar!

-Por que, mãe? Você está me escondendo algo? -Perguntei debochado.

Empurrei ela pro lado e entrei dentro da casa dela. Quando eu vi aquele anjinho brincando com uma boneca a primeira coisa que eu fiz foi colocar a mão na boca e sorrir. Meus olhos marejaram. Eu queria chorar, depois de tanto tempo eu finalmente estava vendo minha princesa mais uma vez.

Quando ela me viu, ela sorriu e rapidamente correu na minha direção pulando no meu colo.

-Papai! Eu não acredito. -Ela disse e segurou as laterais do meu rosto- Você veio, você veio papai! Eu te amo tanto. -Ela me abraçou com força e eu sorri.

Olhei pra minha mãe que me olhava desesperada e com lágrimas nos olhos. Quando olhei pra ela, meu sorriso sumiu. Eu não acreditava que minha própria mãe estava acompanhando meu sofrimento esse tempo e tinha escondido isso de mim.

-Você sabia onde ela estava esse tempo todo... Você mentiu pra mim. -Disse negando.

-Justin... Ela pediu que eu não falasse nada. -Disse chorando.

Inglaterra-Londres

21:45 P.M

Jennifer On

Estava chegando perto da casa da Pattie, mas resolvi passar no shopping e comprei uma boneca que ela tanto queria. Quando paguei a boneca, comi algo no shopping e logo fui até a casa da Pattie. Subi as escadas e toquei a campainha, logo abriram a porta, estava com os olhos na sacola, mas logo que aquela voz soou nos meus ouvido me fez estremecer. 

-Lembra de mim? -Eu olhei pra ele. Estava em pânico, não acreditava que ele estava ali mesmo. -Lembra? - Fiquei quieta- Seu namoradinho deve ter feito me esquecer, não foi?- Ele disse me puxando pelo braço pra dentro da casa da Pattie. 

-PATTIE? PATTIE? LIV? -Disse gritando.

-Liv está dormindo e minha mãe saiu. Cala a porra dessa boca! -Ele disse segurando minha boca me fazendo olhar pra ele- Sentiu minha falta? Sentiu falta do meu toque? Sentiu falta da minha voz? Sentiu falta da minha mão na sua cara? -Ele ficou me olhando sarcástico. Gelei sentindo as lágrimas caírem. Eu o odiava. Ele era um monstro. - Aposto que sim! -Ele soltou meu rosto com brutalidade. -Eu vim buscar o que é meu, ou seja, minha filha.

-Me deixa em paz, some da minha vida seu... -Não tinha oque falar, definitivamente não tinha nada o que falar.- Idiota.

-É, mas é claro. -Ele riu sarcástico- Você vai me pagar cada centavo por ter levado minha filha pra longe de mim.
- Aé? E você acha que eu tenho medo de você? -Disse bufando.
-Eu tenho dó de Liv, muita dó e pena.
-Por quê? -Perguntei, não entendendo.

-Por ter que ficar sem mãe aos três anos de idade. -Ele tirou uma arma do bolso e eu estremeci- Sabe, você não sabe o quanto eu sofri longe da minha Liv... Não tem noção da agonia que eu sentia em não saber onde minha filha estava, nas mãos de quem, o que ela estava fazendo, como ela estava sem mim...

-Se é pra me matar me mata logo, seu idiota! -Ele destravou a arma e desceu o dedo pro gatilho.

-O que acha de queimar no fogo do inferno Jennifer? -Ele apertou o gatilho, fechei os olhos com força. Nenhuma dor, abri os olhos e ele sorria- Acha mesmo que eu gostaria de ver minha garotinha sofrer por causa da mãe vagabunda dela?

-Achei que você tinha um por cento de amor por mim!

-Eu também achei que você tinha, mas você foi embora e levou a coisa mais importante pra mim. -Ele disse segurando meu rosto com força.

-Liv é a coisa mais importante pra você? Achei que fosse suas bebidas e as suas baladas.
-Não me testa, garota. Você não sabe a vontade que eu to de bater.
-Ta vendo? Eu fui embora por isso, eu fui embora porque não aguentava mais ser tratada como seu capacho.

-Até que você disse uma verdade... Você era tratada como capacho! -Ele disse e me olhou com um sorriso sínico. -Ah... também você era apenas meu sexo quando eu estava com vontade de fazer mais tinha preguiça de sair de casa.
-Você não tem sentimentos.
-Ai é que você se engana. Eu tenho sentimentos, mas não por você. Sabe, eu encontrei uma mulher puta de uma gostosa e eu amo ela, de um jeito que nunca amei você. -Disse.

Tudo que eu fiz foi rir com ironia. Mesmo que por dentro tudo estivesse desmoronando. Suas palavras doíam mais do que facadas.

-E acha que isso me afeta? Por que não me deixa em paz? 

Justin ficou me encarando por algum tempo e eu fiz o mesmo, fixando meu olhar em seu rosto. Ele abaixou o olhar e respirou fundo. Quando ia dizer algo, meu telefone tocou. Atrapalhando tudo. Mas eu agradecia, só Deus sabe o que sairia da boca de Justin. Atendi meu celular olhando pra Justin. Era Alex.

-Oi... -Respirei fundo. Ficando de costa pra Justin.
-Podemos sair? Vamos comemorar o aniversario de Liv?
-Não sei se vai dar... -Respirei fundo.
-Eu estou indo pra sua casa, ok?
-Alex... Eu não to em casa. Eu estou na Pattie.
-Eu to indo pra ai então.
-Alex! -Falei com a voz fria- Não, não dá. Sem chances.
-Nossa, o que foi?
-Não dá, olha você sabe que a Pattie não gosta de você.
-Tudo bem, gata. Se cuida ok? Adoro você!
-Hum, bom... Eu também. Se cuida também.

Desliguei o telefone e logo ouvi a risada dele. Era carregada de ironia e isso me dava nojo. A forma como ele se divertia com o meu sofrimento. Eu me virei pra ele e vi ele me encarando com um sorriso de dar medo. Eu queria voar na cara dele e enfiar minhas unhas em seu rosto, eu queria fazer um estrago no seu rosto perfeito. Eu era idiota por amar esse cara, eu era idiota por achar que ele tinha sentimentos por mim quando na verdade ele não tinha nem sentimentos pela própria mãe dele.

-Acabou o romantismo, podemos continuar?
-Nunca, eu odeio você! -Dei um tapa na cara dele- Me deixa em paz! Pelo amor de Deus.

Justin me olhava parecendo que ia cuspir fogo. Eu não me arrependia do tapa que tinha dado nele mas eu estava com medo.

-SUA VADIA! -Ele veio me dar um tapa na cara mas fomos interrompidos por uma voz aveludada e meiga.
-Mamãe, papai?

Olhei pra escada e a pequena estava ali sentada, com os cabelos bagunçados, vestindo um pijama e com uma cara de sono sem igual.

-Filha! -Corri até ela e a abracei-a- Ta tudo bem! Ele fez algo com você, querida, ele te machucou?
-Não, mamãe. O papai só cuidou de mim.
-Eu nunca tocaria na minha filha. -Sua voz disse dura atrás de mim.
-Sim! -Disse sorrindo. -Vamos ir embora pra casa?
-A vovó foi comprar um bolo pro meu aniversario...
-Hum, tudo bem... Podemos espera-la! 
-Podemos? -Assenti. Mesmo querendo ir embora de lá.

Pattie chegou, e eu e ela não trocamos palavras, apenas olhares. Cantamos parabéns pra Liv e ela estava feliz. Ela estava feliz por seu pai estar ali. Ela deu o primeiro pedaço de bolo pra ele e eu não fiquei triste por isso, ela só estava muito feliz pela presença de Justin ali.

Depois de alguns minutos, eu estava agoniada. Liv queria que seu pai fosse pra minha casa e eu não queria esse homem perto da minha casa. Não mesmo.

-Liv, por favor... Você vai ver seu pai amanhã?
-Eu quero que o papai durma em casa, por favor mãe, por favor! -Ela disse quase chorando.
-Tudo bem. -Respirei fundo e Justin sorriu.

Ele pegou a pequena mala. Nos despedimos de Pattie logo fomos caminhando, a minha casa ficava apenas duas quadras longe da Pattie. Entramos e o porteiro estava lá, sorri pra ele. Subimos pela escada porque o elevador estava cheio, Justin estava com a Liv no colo e eu estava com minha bolsa e duas sacolas. Com dificuldade peguei a chave  e abri a porta, acendi as luzes e assim que ele entrou eu fechei notando que Liv dormia profundamente.

Justin ficou observando todo a minha casa. Mas logo seu olhar foi de encontro ao meu.

-Onde é o quarto dela? -Ela perguntou, me encarando.
-Me segue.

Subimos até o meu quarto e ele colocou ela na cama. Na casa que eu e Justin morávamos ela dormia em seu próprio quarto, agora é só um quarto pra nós duas, odiava dormir sozinha. Desci e esquentei a janta, coloquei dois pratos na mesa. Durante o percurso eu ouvi a barriga dele roncar várias vezes. Comemos em silêncio e logo eu fui pra varanda da minha casa.

-Quero falar contigo! -Me assustei com a sua voz.

-Sobre?

-Nós!
-Existe nós?

-Digo, você, eu e a Liv.
-Hum... O que é?

-Você vai voltar comigo amanhã!

-O que? -Disse tentando não gritar.

-Ta surda? Ou quer que eu grite? Você vai voltar comigo amanhã!

-Mas não vou mesmo! -Disse rindo irônica.

-Acho que você não quer perder nossa pequena Liv não é mesmo?

-A é? E como eu iria a perder?

-Fácil querida, se você não vir comigo eu vou até a delegacia e eu vou fazer a denuncia que você fugiu com a minha filha! -Engoli seco, tentando não chorar. Ele apenas tinha um sorriso irônico nos lábios.

-Eu tenho amigos aqui, tenho uma loja! -Disse tentando não chorar.

-Não é problemas, podemos vender ou você até da pra alguma amiga sua, sei lá!

-Não! Você tá louco? Eles são meus amigos!

-Eu não ligo se você tem amigos aqui! Você deveria saber que um dia isso iria acontecer 

-Mas não assim, você não pode fazer isso comigo Justin! -Disse sentindo uma lágrima escorrer.

-Já estou fazendo. -Ele piscou, com um sorriso sínico.
-Você poderia ter pelo menos um pouco de consideração por mim!

-Eu? nem um pouco. Enfim, ta dito! E ah, espero que você não me apronte problemas com a Anne, se você não quiser se machucar.

-Pode ficar relaxado, porque amor por você eu não sinto mais. Não sinto nem um pouco mas.

-Ótimo! -Ele sorriu- Então estamos kits! -Ele disse e entrou.

-Não estamos kits, o problema é que eu te amo ainda! -Disse sussurrando pra mim mesma.

Entrei em casa e ele estava sentado no sofá assistindo um jogo de hóquei, na hora lembrei de Alex, peguei o telefone e disquei o numero dele.

-Oi

-Sou eu, Jennifer.

-Sério que é ela? Eu juro que não sabia. -Disse e eu ri.
-Idiota. Quero que você e a Carla vem amanhã cedo aqui.

-Cedo que horas?
-Onze horas!
-Tudo bem, princesa. Era só isso?
-Sim...
-Preciso desligar.
-Tá me dando um fora?
-Não, amor. Eu to assistindo um jogo de hóquei.
-Hum... Tudo bem.
-Te vejo amanhã. Beijos minha linda.
-Beijos, Alex.

Desliguei o telefone e fui até o sofá, Justin tinha um sorriso nos lábios, ele olhava uma foto no celular. Quando eu passei por trás do sofá pudi ver ele e uma garota, ela era ruiva dos cabelos longos. Eles estavam dando selinho e aquela foto era o protetor de bloqueio do celular dele. Engoli seco e tossi, chamando sua atenção.

-Você pode ir dormir com a Liv.

-E você? -Ele fitava os fundos dos meus olhos.

-Eu não vou dormir essa noite, eu tenho certeza!

Ele assentiu e subiu, assim que ele subiu eu tirei minha calça ficando apenas de calcinha e blusa. Calcei um chinelo e subi até meu quarto, na tentativa de saber se ele estava dormindo, falho. Ele fitava o nada, mas logo que me viu um sorriso malicioso brincou com seus lábios. Ele continuava o mesmo trairá. Me abaixei abrindo a gaveta de pijamas, peguei um shorts e vesti, foda-se nada que ele não tenha visto.

-Seu corpo. -Ele disse no meu ouvido. Me arrepiei inteira.
-O que tem? -Perguntei de costa pra ele.

-Ele mudou completamente... Você ta mais peituda, mais gostosa...

-Cala a porra dessa boca, vai. Sua namorada não vai gostar de saber disso!

-Ela nem precisa ficar sabendo -Sua voz rouca no meu ouvido me fez fechar os olhos de tanta excitação, aquela respiração no meu pescoço. Porra, eu acho que te deixei molhada.

-Não...

-Sério mesmo? -Em um movimento rápido ele estava com a mão na minha calcinha- Você não sabe nem mentir, mocinha! -Sua mão massageava minha vagina;

-Para com isso, Justin! -Gemi rebolando nos seus dedos. 
-Podemos fazer isso na sala se quiser -Ele beijou meu pescoço.
-Não, Justin. -Empurrei ele- A gente não vai fazer isso em lugar nenhum. Eu não vou me render de novo.

Desci com uma puta raiva, quem ele acha que é pra me excitar desse jeito? Eu tenho certeza que se eu não tivesse tendo um lance com o Alex e se ele não tivesse uma namorada, com certeza eu iria me render facilmente ao seus encantos. Eu só não conseguia me esquecer de seus dedos me tocando.

-Achou que ia pular fora? -Ele disse, me prensando na parede e beijando meus pescoços.

-Idiota. -Gemi.

Ele segurou meu rosto e ficou olhando meus olhos, tentei me aproximar dele para beija-ló mais foi falho, ele esquivou a cabeça pra trás e eu tentei de novo mais novamente ele recusou.

-Eu não vou trair minha namorada, não com um lixo igual a você! -Ele disse com um sorriso maldoso nos lábios. Abaixei a cabeça segurando as lágrimas.

-Maldito! -Disse o empurrando com lágrimas nos olhos- Eu te odeio.

-Estamos kits! -Ele sorriu com seu tipico sorriso maldoso. Mas só ai ele percebeu que eu chorava, ele engoliu seco.

Me deitei no sofá enquanto ele estava ali, me olhando... Ele me chamou de lixo, quer que eu esteja como? Eu fingi demais já, fingi demais que não me importo com ele mas não, eu amo esse idiota. E ele me trata feito lixo, quer que eu esteja como? 

Vi ele subir as escadas e só ai comecei a chorar igual criança, chorei tanto que eu chegava a soluçar. Eu só queria gritar e tentar descontar a dor que eu estava sentindo, toda nele.

Como sempre acordei primeiro que a Liv. Era um dia diferente, ele estava ali, sabe? Não é o tipico dia em que eu acordaria, daria banho nela, levaria ela pra casa da Pattie e iria pro meu trabalho. Fui até a mesa do café e preparei um café da manhã, subi e fiz minhas malas com lágrimas nos olhos. Eu não queria ir embora. Eu estava me sentindo uma criança quando vai pra um parque de diversões. Eu não queria ir.

Vai ser difícil, mas já que ele é o fodão eu vou dar minha loja e meu apartamento nas mãos da Carla. Fui até o quarto e Justin estava de cueca, a cena mais fofa da minha vida. Não perdi tempo, peguei meu celular e bati a foto, ele não precisa ficar sabendo disso. Ele não vai saber. Peguei uma mala e coloquei as coisas da Liv, peguei uma roupa e fui tomar um banho. Tomei um banho e me vesti. Justin já estava acordado, ignorei esse fato. Eu não queria olhar pra cara dele, não tão cedo. 

Desci e peguei algumas coisas que eram valiosas naquela casa, logo a campainha tocou e logo Justin desceu indo pra cozinha, que dava pra ver a sala toda. Abri a porta e era Alex e Carla.

-Ei Jenni -Ele me deu um selinho e logo pediu passagem e então eu cedi.

-Oi amiga.

-Oi, é... -Carla disse olhando pra cozinha.

-O que esse cara ta fazendo aqui? -Disse vendo Justin de box na cozinha, ele fazia de tudo pra provocar.

-É, eu pedi pra vocês virem pra eu falar sobre isso. -Alex me olhou indignado.

-Você voltou com ele? -Indagou irritada.
-Não Carla, eu vou voltar com o Justin pra straford.

-Você não pode... -Alex disse com lágrimas nos olhos.
-Pode sim, alias, ela ta fazendo isso- Justin se pronunciou.

-Calado Justin! -Disse e ele sorriu sínico e foi até a cozinha.

-Você não pode...
-Me perdoa! -Sussurrei- Vem! -Puxei eles até a varanda. - Se eu não for ele vai tirar a guarda da Liv de mim.

-Ele não pode ser tão frio á esse ponto.
- É, mas ele esta fazendo Carla. E olha, minha loja e meu apartamento é seu, ok?

-Eu não posso aceitar.
-Eu não vou poder ficar com eles, Carla. E você ficar é melhor...
-Eu posso cuidar, ser a gerente. Mas ele vai continuar sendo seu. -Ela disse e eu sorri, e assenti - Vou sentir sua falta.

-Eu venho ver vocês uma vez por mês.

-A gente se via todos os dias e agora vamos se ver uma vez por mês, poxa, eu já odeio esse cara.

-Como você é bobo, Alex! -Disse rindo- Vou sentir a falta de vocês, mas é isso...

-Temos que ir, vamos sentir saudades! -Carla disse.

-Eu também vou, Carlita -Disse dando um abraço nela - Vou sentir sua falta, Alex- Disse abraçando-o. Ele fungou e eu sorri.

-Eca, já vi que vou ficar de vela -Carla disse e entrou.
-Será que eu posso ganhar o ultimo beijo? -Ele disse sarcástico e eu ri.

-É claro que pode. 

Um sorriso brincou com os seus lábios e ele me puxou pela cintura, ele roçou seu nariz no meu e me deu um beijo. Pedi passagem e ele cedeu, minhas mãos brincaram com o cabelo da nuca dele. Quando o ar nos faltou ele deu uma ultima mordiscada no meu pescoço, ele me deu um abraço e logo saímos dali.

Depois, eu me despedi dele. Dei um ultimo beijo em Alex, tive a coragem de esfregar na cara de Justin. E logo depois eles foram embora. Eu vou ficar sem meus amigos, por um longo tempo e quando eu achava que tava me apaixonando ele volta e contraria todos meus sentimento. E isso me deixa puta da vida.

Inglaterra- Londres
13:01

Jennifer On

-Vamos? -Ele disse rude.
-Sim... -Murmurei tentando segurar as lágrimas. -Liv, você se arrumou?
-Tia Carla que me arrumou. -Ela disse toda feliz.
-Bem, vamos então...

Olhei todo o apartamento por alguns segundos. Justin respirou fundo do meu lado, apaguei a luzes do apartamento e tranquei com a chave. Carla já estava com a chave da loja e do apartamento. Nós partimos para a casa da Pattie e rapidamente chegamos lá.

-Oi meus amores... -Pattie disse depois de um logo silêncio.
-Nunca vou te desculpar por ter falado onde eu estava. -Disse grossa.

-Não fui eu, querida.
-Eu mesmo que descobri. Agora eu estou com o meu bebê. -Justin disse abraçando Liv.
-E você vai voltar junto?
-Sim... -Entortei a boca.
-Sério? -Ela disse toda animada.
-Estou sendo ameaçada de ficar sem minha filha.

-Justin.

-Ah mãe, eu só quero minha filha por perto. Ah e tem mais, você vai morar na minha casa e sem mas! -Ele disse e eu bufei. Queria recusar mas não tinha lugar pra ficar.

-Já deveria saber disso... -Revirei os olhos.

-O que a Anne vai achar disso Justin?

-Ela já sabe, Ela ficou bravinha, sabe mãe, a Anne brava ela fica linda mais a gente acaba se beijando e ela volta ao normal. Ela é bobona, e é de bobas que eu gosto... Ela me encanta, e eu gosto disso. -Ele falava com um tom de voz apaixonado.

Ele não sentia mais nada por mim. Eu sabia que mesmo ele me batendo, Justin gostava de mim. Mas agora ele não gostava mais. Ele tinha encontrado alguém... Eu estava feliz por ele mas isso significava que ele não sentia mais nada por mim e isso doía. Mas por outro lado eu ficava feliz, porque agora ele estava realmente feliz ao lado de alguém. 

-Fico feliz por ter aberto esse coração de gelo, Justin. -Pattie disse sem graça.

Enquanto eu? Estava de cabeça baixa com  lágrimas escorrendo sobre meu rosto, eu fingia brincar com a Liv mas ela parecia estar preocupada.

-Não chola mamãe. Papai, a mamãe ta cholando. -Ela disse desesperada.

-Não, Liv, não estou.
-O que foi, Jennifer? -Justin disse, parecendo preocupado.

-Se é pra ir embora, eu só quero ir logo.

-Ok, então vamos. Mãe, aparece qualquer dia por lá.

-Pode deixar filho. Se cuidar ok?eu amo vocês! Felicidade com a namorada Justin. E você Jenni, Boa sorte lá. Encontre alguém, querida. Você merece alguém. -Ela disse e Justin suspirou.
-Obrigada, Pattie. Vou tentar. -Ela sorriu.
- Você sempre vai ser minha nora preferida.
-Você vai ser sempre minha sogra!  -Olhei pro Justin, ele sorria. - E minha segunda mãe. Obrigada, por tudo que fez por mim.
-Vocês tem que vir me visitar viu? E quando vocês vir eu quero que estejam junto!
-Impossivel. -Sorri- Seu filho ta apaixonado. -Justin me olhou e abaixou o olhar. Sorri sem mostrar os dentes- Até mais Pattie.
-Se cuidem meus amores, e bom voo.

Nos despedimos dela e logo saímos da casa e antes de irmos ela chamou o Justin e falou algo pra ele. Fomos de táxi e partimos pro aeroporto. Estava esperando o voo de uma hora, e ainda era meio dia e vinte. Estava com uma raiva danada, vi um Starbooks e fui até lá, Liv estava no meu colo dormindo e Justin estava arrumando as coisas do voo. 

Estava com fome, nem havia tomado café.  Pra falar a verdade eu não tava com a minima vontade de voltar pra Stratford, mas como eu não queria ficar sem minha filha eu teria que ir e de um jeito ou de outro u sabia que tudo iria voltar. Eu iria começar a ficar deprimida, mal. E agora seria pior, porque agora ele taria com uma garota e eu iria ter que ver todos os dias ele beijando e abraçando uma garota.

Pedi um cappuccino e me sentei na mesinha ainda com a Liv no meu colo, chequei meus sms e vi duas da minha mãe "Justin esta indo atrás de você" "Me dê noticias, estou preocupada se ele fazer alguma coisa". Mandei pra ela "Está tudo bem... estou voltando com o Justin. Quando eu chegar em casa eu vou ai, beijos". Logo vi o cappuccino chegar, e Justin sentou na mesma mesa que eu.

-Um pra mim também.
-Um minuto, senhor. -A garota disse sorrindo tímida.
-Ok. -Ela saiu- Por que você tava chorando?
-Eu? 
-Sim, na casa da minha mãe.
-Não é fácil dar adeus á tudo que eu conquistei.
-Nós dois sabemos que não é isso.
-Eu não quero falar sobre isso. -Disse olhando o fundo de seus olhos.
-Tudo bem... -Ele respirou fundo.
-Aqui senhor. -A garota apareceu, deixou o café e logo foi embora.
-Liv vai gostar da Anne! -Ele disse sorrindo, todo bobo.
-Eu não quero que ela chegue perto da minha filha.
-Calma, ela é só minha namorada e não um monstro -Ele riu- Mas tudo bem eu entendo, seu ciumes.
-Ciumes de você? Ah Bieber, faça mil favores né! Você que ficou morrendo de ciumes do Alex.
-Eu? É obvio que não. Ele nem chega nos meus pés, e obviamente você não vai me esquecer, não com ele.
-Eu tenho dó de você, você é tão iludido -Dei um gole no meu cappuccino.
-Eu não, mas você é sim e agora termina logo porque nosso voo sai daqui a 5 minutos.

Chegamos em Stratford era madrugada. Eu não queria voltar, ia tudo começar e ia tudo começar de novo, mas três vezes pior.

Chegamos em casa e eu vi uma garota ruiva, era ela. Ele foi até ela e deu um beijo nela, olhei aquela cena e senti algo preso na minha garganta. Eu queria vomitar ao ver aquilo, eu jurava que não precisava ver isso. Ela veio até mim e eu revirei os olhos. Simpatia agora não.

-Oi, sou Anne. -Ela disse e sorriu- Prazer. -Estendeu a mão. -Olhei pra ela e bufei, revirando os olhos.

-Não lembro de ter perguntado. Justin onde fica meu quarto?

-Ao lado do quarto de Liv. -Ele disse e bufou. 

Stratford- Canada

21:00 P.M

Justin On

Ela não precisava ser assim, tão ignorante com a Anne. Droga, ela não tem culpa de nós dois ser orgulhosos demais... Eu quero ela, ta difícil entender? Eu não quero terminar com a Anne, mas também não posso mentir pra ela que quem eu amo de verdade é a Jennifer. Aqueles lábios rosados, que saudades que eu estou dele. É tão difícil porque por quatro anos estivemos juntos. Ela foi embora e quando eu reencontrei ela, eu não pudê beijar-la. É tão estranho. Talvez se eu não a tratasse mal nada disso estaria acontecendo. Se eu a tratasse bem desde o começo, poderíamos ser uma família feliz e não contrariar a cabeça da pequena Liv, ela não tem culpa de nada, não tem culpa de ter dois pais idiotas e orgulhosos.

E eu logo cambaleei.

-Nossa, só assim pra te acordar! -Ela disse se sentando- Sua ex, ela é muito ignorante. -Ela disse encarando as unhas.
-Foi mal, eu estava pensando em algumas coisas. E Anne, ela não fez por mal. Ela deve ta cansada só isso.
-Eu entendo, até porque eu sei que ela ainda ama você. -Ela disse colocando suas mãos envolta do meu pescoço- Mas será que um dia ela vai entender que você prefere a mim? -Ela disse no meu ouvido, se ela queria me excitar ela não fez isso certo.
-Eu vou dormir, estou mega cansado.
-Que? Eu achei que...
-Foi mal... Mas eu estou cansado.
-Justin, Justin... -Ela gritou enquanto eu subia as escadas.
-Não grita, minha filha e minha esposa devem estar dormindo. -DROGA, EU FALEI MINHA ESPOSA. Foi automático.
-O que você disse? -ela veio atrás de mim enquanto eu tirava a roupa e fiquei apenas de box.
-É que sei lá, ela ainda é minha esposa. A gente não se separou.
-A é, obrigada por lembrar. Até porque amanhã mesmo eu vou dizer pra ela!
-Não, você não vai falar nada! Deixa isso pra outro dia.
-Justin, eu vou embora. -Ela disse fazendo pirraça.
-Ok, mas fecha a porta antes!
-O que essa vagabunda fez pra você, Justin?
-Ela não fez nada, agora se você não se importa EU QUERO DORMIR! -Disse aumentando o tom.

Sério, ela é só uma das inúmeras garotas com quem eu já transei dentro de uma boate. No começo eu não queria mas eu passei o numero pra ela, fomos na balada juntos e acabamos no sofá da minha casa. Transando loucamente. Ela acabou vindo aqui outras vezes e agora deu no que deu. Mas nunca teve um pedido oficial. A gente só fica. Mas já que ela diz que a gente é namorado, não vou falar e dizer nada. Mas eu nunca deixei de ficar com outras garotas depois que tivemos o tal lance. Eu não queria me separar nem fodendo da Jennifer e eu não vou lembrar ela que somos casados ainda. Não vou, porque ela sempre vai ser minha. Entendeu? Sempre.

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Continuo logo, talvez eu demore ou sei lá, depende dos comentários
quero no minimo 10 por favor amores.
Até logo.