Drug Of Love - 06 - No Kiss!

Stratford-Canada 

11:17 A.M

Justin On

Desci animado. Tinha finalmente dormido bem, estaria melhor se ela tivesse dormido comigo mas isso logo aconteceria. Pela primeira vez em nove meses eu tinha dormido bem, sem qualquer peso na consciência. 

Ela estava na cozinha preparado o café. Só Deus sabe o quão de tempo eu esperei pra ter essa visão novamente. Quando ela notou minha participação na cozinha ela deu um sorriso malicioso e ao mesmo tempo sem graça. Eu estava com uma bermuda e sem camiseta na sua frente. 

-Bom dia.

-Bom dia. -Ela disse voltando seu olhar pra mesa.
-Que horas são? 
-Huu... -Ela olhou no celular rapidamente- Meio dia e vinte e dois, agora. Que horas você precisa sair?
-Uma hora. -Disse e ela sorriu, assentindo- Me associei com aquela empresa de esportes, que você sempre sonhou que eu conseguisse sociedade com eles. -Ela olhou pra mim e sorriu.

-Ah... Meus parabéns. -Assenti, sorrindo. 
-Vai fazer o que hoje? -Disse mordendo uma torrada. Em seguida me sentei.
-Primeiro vou na escola da Liv, tentar matricular ela de novo. Depois irei no atelie, depois na casa da minha mãe. -Disse e se sentou, começando a tomar café.
-E depois? 
-Vou no shopping. Ahn... Justin?
-Oi? -Disse olhando pra ela.
-Aquele atelie ainda é meu?
-Obvio que sim.
-Ahn... você foi alguma vez lá?
-Cinco vezes depois que você me deixou. -Disse abaixando o olhar- Alias, fui lá na semana passada.
-Fazer o quê?
-Avisar pra Nicole que em breve você voltaria. -Disse rindo- Você é muito folgada, vai embora e eu tenho que pagar o salario daquelas mulheres que trabalham lá.

-Tinha esquecido disso, e alias, não fez mais que sua obrigação. -Disse e sorriu, piscando pra mim.
-Mamãe, papai. -Liv disse gritando e correndo.
-Não corre, querida. -Ela assentiu.
-Vou assistir Bob Esponja, mamãe, você pode levar meu café?
-Claro, querida. Pode ir! -Disse e Liv foi, pulando pra sala.

-Quer que eu leve vocês?
-Se não for muito incomodo.
-Você sabe que nunca é.

Ela sorriu sem graça e voltou a tomar seu café. Também tomei meu café, quando estava terminando Jenni levantou e começou a organizar o café de Liv. Quando ela estava saindo ela se virou.

-Vou subir e me trocar. -Assenti e ela se virou.

-Ei, espera. -Corri na sua direção.

-O que fo...

Não deixei ela terminar de falar e selei nossos lábios, o beijo poderia ter sido aprofundado se ela não tivesse se afastado de mim. Ela sorriu, olhou pros meus lábios e selou-os novamente.

-Não esquece que você tem uma namorada. -Disse saindo, me deixando sem palavras.

Foi um sonho? Eu realmente beijei ela? Ela realmente me beijou? Caralho, Justin, você é demais. E foda-se que não passou de um selinho, já é um ótimo começo pra quem não queria mais nem me ver pintado de ouro. 

Subi, tomei um banho, coloquei minhas roupas formais e  logo desci. Ela estava lá, sentada no sofá, junto de Liv que também estava arrumada. Ela pegou sua bolsa e quando eu me aproximei pra laçar nossas mãos, ela se afastou de mim. Bufei com raiva e fui pra garagem, destravei meu carro e enfiei a chave na ignição. Sai da garagem indo até o jardim. Liv e Jenni estavam me esperando, parei o carro e as duas entraram. Fomos em total silêncio até o atelie. Eu ainda estava frustado por ela ter se negado a me dar a mão. Parei em frente a escola de Liv e antes dela sair, ela olhou pra mim.

-Ahn... Tchau, Justin.
-Se precisar de mim, não se negue em me ligar.
-Bem convincente. Vamos, querida.
-Ei, não ganho nada? -Perguntei olhando pra Liv que sorriu e selou minha boca em um selinho. -E de você, não ganho nada? -Ela beijou minha bochecha mas eu virei fazendo ela me dar um beijo meloso nos lábios.

-Justin... -Ela respirou fundo, perdendo o olhar sobre o painel do carro.
-Ei, esquece isso. -Disse puxando e beijando ela de novo, só que dessa vez foi de linguá e um beijo delicioso. Nos afastamos quando ouvimos a risada de Liv, que fingia estar brincando com os dedos. Essa é minha garota. -Senti falta disso...

-Eu também! -Ela passou a linguá pelos lábios me puxando de novo e me beijando- Mas agora eu tenho que ir e você também.

Stratford-Canada 

16:30 P.M

Jennifer On

Eu não conseguia acreditar que a gente tinha se beijado. É claro que eu me sentia uma idiota, me sentia confusa também. Eu não tinha nem certeza de que eu não queria mais nada com ele, e depois desse beijo tudo que a minha cabeça fez foi se embaralhar mais ainda. Mas eu não podia negar, era o beijo dele, não é de qualquer pessoa, é da pessoa que eu amo. 

Do Justin. Do amor da minha vida.

Entrei na escola de Liv. E depois de meia hora, eu consegui matriculá-la. Depois fui até o atelie e estava tudo em ordem. Faltava alguns ajustes, uma coleção nova, uma nova decoração. Mas por cima, estava tudo bem. Depois de ter passado no atelie eu fui caminhando com Liv até a casa da minha mãe, no meio do percusso compramos sorvete e logo estávamos na casa da minha mãe.

-Filha. -Minha mãe correu e me abraçou.

-Estava com saudades, mamãe. -Disse a abraçando com força.

-Vovó. Liv disse agarrando sua perna.

[...]

-Ele ameaçou você, ou você veio por conta própria?
-É complicado, mãe! Mas ele disse que se eu não voltasse iria ficar sem a Liv, então eu decidi vir, alias, eu tenho uma vida aqui também. Na verdade a minha realidade é aqui.

-E graças á ele você voltou. Por um lado eu tenho que o agradecer. 
-Ele ta diferente da ultima vez que eu o vi, ele ta muito mais fofo... Sabe? Ele até me beijou, e droga, ele ta namorando!

-Ele te ama. Ele veio muitas vezes aqui e disse que se soubesse onde você tava ele iria se vingar. -Ela riu- Admito, fiquei com medo, mas Justin tem um coração bom... Ele só precisa que você o trate bem, pensa nisso, pensa em dar uma segunda chance pra ele. Uma segunda vez pra você. Uma boa vida pra Liv.

-Eu até queria... Mas ele está feliz com a nova namorada.
-Se ele estivesse feliz com ela, ele não teria te beijado.
-Ele que disse, mãe.
-Até parece que você não o conhece, né? -Ela bufou, me olhando.
-Eu vou pensar, mãe. Mas ele também tem que se decidir com as escolhas dele.

-Tudo bem. Vá, mas vê se não me esquece.
-Você sabe que é impossivel. Querida, venha se despedir da vovó.

[...]

-Mamãe, essa roupa é bem inda.
-É linda, filha.-

-Inda. -Disse sorrindo.

-Você quer? -Ela assentiu, sorrindo.

Comprei muitas roupas pra Liv e pouquíssimas pra mim, não tava precisando de muitas, então não tinha necessidade. Comprei três supras pro Justin e duas camisetas pra ele. Fomos pra passa de alimentação e nos sentamos. Me lembrei dele falando que quando eu quisesse eu poderia ligar pra ele, minha mãe coçou e eu não me neguei em ligar pra ele.

-Oi Justin...
-Oi, amor. Algum problema? -Corei ardentemente.
-Não, Justin... Eu estou aqui no shopping, você pode vir aqui?

-Eu to trabalhando, linda. -Ele disse com uma voz desapontada.
-Ahn... Então está bem... -Disse e suspirei, chateada.
-Tudo bem, eu vou!

Ele desligou o telefone e um sorriso invadiu meu rosto. Fiquei ali com a Liv tentando ensinar ela a dizer algumas palavras e logo ele vindo, sorri e ele também. Ele veio até mim e me deu um selinho e logo beijou a testa da pequena Liv.

-Papai, você veio. -Liv disse animada.
-Sim, amor! -Ele sorriu- Eu tenho apenas uma hora de almoço.

-Ok. -Disse sorrindo.

Comemos no MC Donald's, depois ficamos andando no shopping. Ele insistia em me dar a mão, ainda mais quando via alguns garotos me olhando. Mas droga, ta difícil entender que ele tem uma namorada? Ele mesmo disse ser fiel, ele mesmo disse que não traia ela com um lixo igual a mim, então porque mesmo ele ta fazendo isso?

-
-Tenho que ir. Posso levar você em casa? -Ele disse sem me olhar, sabia que ele estava chateado.
-Sim...

Eu to sim amando o jeito que ele me trata, mas porque ele ta fazendo isso? É me iludir pra depois rir da minha cara? Sério, não ta fazendo nenhum sentido. E pelo oque ele me disse, ele mesmo disse que me esqueceu.

-Chegamos... -Ele disse olhando pra frente.
-Tchau, papai. -Ela disse saindo do carro.
-Tchau, querida.
-Tchau, Justin. -Ele tentou me beijar mas eu virei o rosto.
-Ei... -Ele respirou fundo- Por que não
-Por que não? Justin, não faz sentido tudo isso! Olha, você disse que me esqueceu, disse que sua namorada era a melhor. Então por que ta fazendo isso comigo agora? Eu tenho sentimentos, Justin.

-Eu também tenho, e ainda amo você.

Neguei cabisbaixa e sai do carro. Ele acenou pra mim, ainda triste e logo sumiu com seu carro. Ele disse que não me amava e por que ta me falando que ama agora? Isso não tem sentido. Vi Anne emburrada sentada no sofá, ignorei ela, ia subir as escadas mais escultei aquela voz que dar nojo me chamar. Virei e coloquei uma mão no corrimão da escada.

-O que foi?

-Podemos conversar?
-Sobre?
-Temos muitos assuntos pendentes.
-Temos o que conversar? Acho que não.
-Na verdade, temos sim.
-Sobe daqui uma hora. -Ela assentiu.

Subi pro quarto de Liv, a coloquei na cama pra dormir, já que ela estava caindo de sono. Voltei pro meu quarto, me joguei na cama e fiquei ali pensando sobre o dia que tive hoje. Foi exaustivo, coloquei tudo no lugar... Ou melhor, quase tudo. Bati o olho em um porta retrato do Justin sorrindo e bufei mentalmente. Por que ele tinha que estar em todos os lugares?

Fui pro banheiro, tomei um banho relaxante de alguns minutos. Hidratei minha pele e logo depois vesti um shorts jeans e uma blusinha simples. Sai do banheiro e a vi olhando meus portas-retratos. Fingi uma tosse fraca e ela se virou pra mim.

-O que estava olhando ai? E por que não bateu na porta antes de entrar?
-Foi mal, eu bati, mas você estava no banheiro. -Ela disse sorrindo. Essa retardada só sabe sorrir e sorrir sem parar?
-Beleza. O que você quer comigo?
-Você ainda gosta dele, não é?
-Dele quem?
-Do Justin, você ainda gosta dele. Não gosta? -Ela disse e quando eu ia responder ela me interrompeu- Não precisa responder, eu sei que gosta. Você não superou o fim de vocês dois, que pena, porque agora ele está comigo.

Tudo que ela tinha dito me pegou de surpresa. Mas que piranha! Se fingindo de boazinha todo esse tempo na frente do Justin pra tentar agrada-lo. Que tola. Eu ia voar na cara dela e dar umas boas bofetadas nela pra ela aprender uma lição, claro, se não fosse Justin que tinha chegado. Ele olhou pra nós duas de forma estranha. Anne notou meu olhar pra porta e se virou, vendo Justin. Ela se agarrou no pescoço e o beijou com intensidade. Me fazendo revirar os olhos e engolir seco. Justin estava com os olhos abertos, me olhando enquanto ela o beijava e eu só assistia aquele pequeno teatro.

-Amor, chegou mais cedo.
-Pois é! Desculpa, não sabia que vocês estavam conversando.
-É por que não estávamos. Vocês podem dar o fora do meu quarto? Eu tenho mais o que fazer. -Justin ficou me olhando por alguns segundos mas logo assentiu, saindo do quarto.

Eu não queria ter que ficar vendo aquela cena deles dois se abraçando e se beijando na minha frente é desgastante. É tão difícil aceitar, porque há exatamente dez meses Justin era apenas meu. Ou melhor, em partes. Ele me traia com diversas mulheres mas eu era a unica a dividir uma cama com ele a noite, eu era a mulher que tinha se casado com ele no papel. Eu era a mulher que tinha lhe dado uma filha. Mas eu não podia o culpar por isso, acho que a idiota na verdade foi eu.

Achei que ele estava pensando em mim e sentindo minha falta enquanto eu não estava por perto. Mas era tudo pura ilusão da minha cabeça. Justin estava com outra. 

Mas quer saber? A culpa disso tudo é dele! Ele me batia, me humilhava, não soube me respeitar e eu não aguentava mais tudo aquilo. Eu estava machucada, tanto mentalmente quanto fisicamente. Ele me machucou de diversas formas e eu não podia ter ficado mais um segundo sequer nessa casa.

-Não chora, mamãe... -Notei uma voz doce me chamando. Olhei pra porta e sorri automaticamente.
-Ei, meu amor! Vem aqui, e eu não estou chorando.
-Tá sim, mamãe! -Neguei- Então por que tá saindo água?
-As vezes tem problemas na vida que é difícil de ser resolvidos, e ninguém consegue ser forte o tempo inteiro. Um dia você vai entender o que a mamãe está dizendo.

-É por causa do papai, não é? -Abaixei o olhar- Mamãe, por que o papai fica beijando e abraçando aquela moça? Ele não é seu?
-Não meu amor, ele não é mais meu. -Neguei tentando secar inutilmente as lágrimas.
-É sim, mamãe. Porquê você é minha mãe e ele é meu pai, tem que ficar juntos.
-Filha, não é bem assim. Olha pra mim. -Ela olhou- Eu sei que é dificil pra você mas eu e o papai terminamos, acabou tudo o que tínhamos. Mas isso não quer dizer que ele deixou de ser seu pai.
-Então agora ela que é minha mãe? -Ela disse desesperada. 
-Não, meu bem! É claro que não. Ela é só sua madrasta. 
-O que é madrasta?
-Madrasta é uma mulher que namora com o seu papai, e ela não pode ser sua mãe. Por isso que ela é sua madrasta.
-Mamãe... Você gosta do meu pai?
-Sim, querida. -Respirei fundo, me sentia estranha falando com uma criança sobre meus sentimentos- Mas agente tem que aceitar e olha ele escolheu ela. Ela é sua madrasta, mas eu nunca vou deixar ela ser sua mãe, ok? Nunca.

-Você promete pra mim, mamãe?
-Prometo, querida.
-Promete de dedinho?
-De dedinho! -Disse sorrindo e a abraçando.

- Eu te amo mamãe.

-Eu te amo muito filha, obrigada por existir! -Disse a apertando- Mas agora... - disse soltando ela, tem uma pessoa que tem que me ajudar a colocar as coisas dentro do closet, né?
-Sim, eba! -Ela jogou os braços pra cima rindo.

Enquanto eu e Liv arrumávamos as roupas no closet, nós ficávamos dançando com uma musica que tocava no som. Quando terminamos tudo, nós nos deitamos e ficamos assistindo um desenho.

-Mamãe, se você e o papai não ta junto porque a gente ta morando na casa dele?

-Boa pergunta, querida. -Disse rindo- Mas é uma longa história.
-Por que é uma longa historia?

-É porrue é muita coisa que aconteceu.
-E por que aconteceu muita coisa?
-Filha, você faz muita pergunta, sabia?
-Eu faço muita pergunta, lá lá lá. -Não sei quantos minutos ela ficou cantando aquilo.
-Chega, Liv. -Disse rindo.
-Mamãe vamos assistir um filme e comer pipoca e tomar refrigerante?
-Vamos, querida. Mas pra isso precisamos descer. -Ela assentiu animada.

Dei a mão pra Liv e descemos rindo. Quando chegamos na escada eu parei bruscamente e automaticamente. Justin e Anne praticamente se comiam no sofá. Ela estava deitada e ele por cima dela, enquanto apertava sua cocha sem parar e ela arranhava suas costas. Aquilo era ridículo. Ele fazer aquilo com a possibilidade da filha dele descer e ver aquilo. Ele é ridículo.

-Querida, vem, vamos sair daqui. -Disse sussurrando.

-Tá. -Ela disse com a voz embargada.

Peguei ela no colo e fomos pra cozinha, coloquei ela em cima do balcão e algumas vezes ela ficava olhando pra sala com cara de choro. Mesmo que não desse mais pra ver Justin e Anne. Eu agradecia por isso. Quando me aproximei de Liv ela começou a chorar e minha primeira reação foi aperta-la nos meus braços. Meu mundo desabou.

-Não querida, não chora. -Suspirei.
-Eu quero ele e você, mamãe. Eu odeio essa mulher.
-Liv, ódio é uma palavra forte e feia, não quero mais que você repita isso. Sim? -Ela assentiu.
-Eu quero que vocês mamorem. -Ri do jeito que ela falou.
-Esquece esse assunto, tudo bem? Mas não chora.
-Vocês estão ai. -Justin disse entrando na cozinha, parecendo sem graça e coçando a nuca- Meu amor... -Ele foi em direção a Liv mas tudo que ela fez foi abrir a boca e começar a chorar. -O que foi? -Ele disse assustado.

-Mamãe... -Ela estendeu o braço pra mim e eu a peguei no colo.
-Querida, eu pedi pra você não chorar. Por mim, pela mamãe. -Eu disse e ela parou de chorar.

-Por que você está chorando, filha? -Ele perguntou aflito.
-Por que você não gosta da minha mãe, pai?
-Sua mãe que disse isso? -Ele perguntou me olhando com ódio.
-Eu não disse nada, ela viu você se comendo com a ruivinha lá na sala. -Pisquei, pegando o balde de pipoca. -Vamos filha. -Peguei ela no colo.
-Liv, filha, vem com o papai.
-Não, sai. Vamos mamãe. -Ela disse quase chorando.

Olhei pra Justin e ele tinha um olhar de desespero, de arrependido e triste. Mas a culpa era dele. Ele tinha que ficar se agarrando com aquela garota bem na sala? Eu perco até as contas de quantos quartos tem nessa casa e ele tem que ficar logo na sala. 

Entramos no quarto e eu notei que tinha esquecido os malditos refrigerantes. Coloquei Liv na cama e ela pegou a pipoca.

-Quero coca, mamãe.
-Eu vou buscar. Já volto, não desça as escadas sozinhas. 

Desci e Justin estava na sala, ele me viu e levantou e no mesmo momento se levantou me seguindo. Fui o mais rápido que consegui pra cozinha e quando abri a geladeira vi de canto de olho que ele estava sem camisa e apenas de bermuda. Puta que pariu, sua retardada. Por que mesmo que você não abriu as pernas pro Alex quando teve as oportunidade? Era uma droga, porque agora qualquer coisa eu ficava excitada. Passei a linguá nos lábios enquanto pegava uma garrafa de coca-cola. Me virei e Justin estava encostado no balcão, mordendo os lábios me olhando dos pés a cabeça. Eu tinha mesmo que estar com um mini shorts bem agora?

-Você tem ciumes da Anne? 

-O que? -Comecei a rir, sem parar.- Você só pode estar louco Justin, por que eu teria ciumes de você com ela?

-Não é obvio? Porque você gosta de mim.
-Quem anda te iludindo tanto assim, Justin?
-Eu ouvi toda sua conversa com a Liv enquanto vocês arrumavam as roupas. -Olhei brava pra ele- De qualquer jeito, ela iria me contar.
-Você é um idiota.
-É dos idiotas que você gosta.

Cada palavra que saia da sua boca me fazia ficar ainda mais excitada. Esfreguei minhas pernas na outra quando ele chegou mais perto de mim. Ele olhou pra baixo e segurou minhas pernas com força, me impedindo de continuar. Ele voltou a olhar pra mim e logo escondeu seu rosto na curvatura do meu pescoço. Senti sua lingua brincar com meu pescoço e eu gemi.

-Você tem namorada. -Disse segurando seu rosto com força.
-Eu não quero ela. Eu quero você. -Ele disse prendendo me prendendo entre seus braços.
-Era isso que você dizia para as outras quando a gente tava juntos? -Ele fechou os olhos com força e negou, rindo sem humor.

-Não! -Ele sussurrou perto dos meus lábios- Porque eu sabia que no fim eu sempre me arrependeria, porque eu sabia que você é a unica que faz gostoso.

-O que? -Comecei a rir.- Cada vez suas piadas fica mais engraçada, você deveria trabalhar de comediante.
-Você acha isso?
-Sim.

-Eu não acho, só falei a verdade. Você querendo acreditar ou não, eu dou valor ao que eu tenho.
-Ao que você tinha! -Corrigi e ele revirou os olhos- E se você deu tanto valor assim, por que mesmo eu fui embora?

-Porque você não aguenta o fardo, porque você não aguentaria algo tão sexy igual a mim. -Disse e eu ri.

-Eu não to falando? Você daria um bom comediante.

-Eu sei mostrar uma outra coisa que eu sou bom! -Ele sorriu malicioso, passando a mão no vão entra meus seios. 
-É? -Ele assentiu, beijando ali onde ele estava passando a mão. Arfei no mesmo instante- O que é então?

Suas mão seguraram minha cintura com força, uma mão foi pra parede enquanto a outra estava na minha cintura me segurando com tanta força que era impossível eu sair dali. Seus lábios se abriram fazendo toda minha boca sumir, ele pediu passagem e eu cedi minha mão correu até o sua nuca. Nesse instante eu já tinha perdido todos os meus sentidos. Eu tinha esquecido completamente que há uns minutos atrás ele estava praticamente se comendo com a namorada dele ali. Que se foda ela. Entrelacei minhas mão no seu cabelo o puxando mais pra mim, sua mão desceu e apertou minha bunda e eu não sei onde encontrávamos tanto ar daquele jeito. Talvez a gente queria tanto isso que tava impossível de  desgrudar. A outra entrou por dentro da minha blusa subindo até meus seios e apertando. 

Desgrudamos nossos lábios por falta de ar, eu abri meus olhos e ele ainda estava com os olhos fechados e com um sorriso de matar nos lábios. Ele me puxou novamente me beijando e dessa vez ele queria ir um pouco mas longe, mas não poderíamos esquecer que eu deixei minha filha lá em cima esperando. Ele tentou tirar meu shorts minusculo mais eu interrompi.

-Droga, você tem namorada! -Disse ofegante.

-Eu não to nem ai pra ela, assim como você também não está. 
-Mas ela é sua namorada. E outra, eu deixei minha filha me esperando. -Me desvincilhei dele.
-Posso ir? -Ele disse fazendo uma carinha triste.
-Tudo bem, mas se desculpe com ela. 
-Esse foi o melhor beijo da minha vida. -Ignorei sua fala. -Pode sorrir, eu deixo. 

-Cala a boca.

Entramos no quarto e Liv olhou pra mim, logo pra Justin fazendo uma careta de choro.

-Filha, me perdoa... -Justin tentou dizer.

-Mãe...

-Olivia, ele é seu pai. Perdoa seu pai.

-Tá bom.-Ela respirou fundo.

Ele abraçou ela e eu fiquei sorrindo, observando os dois e desejando que voltassemos a ser uma familia normal. Coisa que não eramos mais. A gente se deitou, Justin abriu os braços e cada uma deitou em cada braço. Com a sua mão que me abraçava só de um lado ele fazia carinho no meu ombro. Estávamos assistindo e ele beijou minha testa, levantei minha cabeça e Liv já dormia. Olhei no relógio e era noite já. Durante o filme compramos pizza e eu acabei nem fazendo a janta.

-Vem vamos... -Ele me puxou, saindo do quarto dela.- Vamos dormir no nosso quarto.

-Justin, não...
-Deixa de frescura. Quando ela não dormir aqui, você dorme comigo.

-Obrigada, mas não quero ser substituta de ninguém.
-Ei. -Ele me encostou na parede.- Eu só não quero dormir sozinho, eu odeio dormir sozinho e eu também sei que você odeia dormir sozinha.

-Ok, mas se sua namorada chegar e ver, eu não quero nem saber.

Entramos no meu antigo quarto e eu respirei fundo, tendo todos as minhas lembranças. Principalmente a lembrança da ultima vez que dormimos juntos. Respirei fundo olhando pra minha cama, tantas garotas já deviam ter passado ali. Ter tido uma noite longa de sexo com ele. Bem na nossa cama.

-Relaxa, ninguém dormiu aqui! -Ele surgiu no reflexo do espelho- Sempre quando a Anne vem a gente dorme no quarto ao lado. Eu nunca trouxe ninguém aqui depois que você se foi. Esse quarto é nosso, e sempre vai ser, nunca outra pessoa vai tomar seu lugar. Eu te amo Jennifer! -Ele me virou pra ele- Eu te amo, meu amor.

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