02/12/2014

Drug Of Love -58- Vocês não são minha família.


Stratford/Canada
10:25 PM
Jennifer P.O.V

Quando eu era pequena eu sempre sonhava casada com um homem bem lindo e com filhos e sendo feliz... Eu fui feliz por um pequeno tempo

Até tudo desmoronar.

Eu aprendi coisas que achei que nunca iria aprender, era deprimente isso, por eu ter aprendido agora. Eu descobri que assim como a felicidade a tristeza também passa. Eu achava que iria ficar destruída, chorando pelos cantos mas não foi bem assim... Eu me tornei forte. Eu não cai nem uma vez se quer. 

E por mim continuaria sendo assim, eu não deixaria mais ninguém cruzar o meu caminho, me fazer de capacho, me iludir, me usar e nada do tipo. Eu aprendi que não vale a pena se vingar, que o destino da pessoa vai fazer por você isso. Eu deixaria tudo em mãos do destino.

Eu não estava desejando a morte do Justin, nunca! Eu desejava a felicidade dele, só que desejava ainda mais que ele nunca mais cruzasse minha vida. Porque Justin Bieber acabou com ela todinha, mas eu iria reconstruí-lá. É claro que todas as feridas se tornariam cicatrizes impossíveis de ser esquecidas, mas eu iria dar a volta por cima, é claro que eu iria. O que eu mais desejava fazer agora era tudo que eu mais tinha vontades: Me tornar uma estilista famosa, cuidar dos meus filhos e me dedicar somente a eles e por fim tentar arrumar minha vida amorosa.... porque talvez o destino esteja planejando um amor pra mim, vai saber.

Respirei fundo e dei um sorrisinho me olhando em frente ao espelho. Eu tinha alugado um pequeno Flet aqui em Nova York e estava morando a apenas um mês, sim, apenas um mês se passou. Mas eu sou forte. Respirei fundo. Hoje é dia vinte e três de dezembro, amanhã é véspera e Liv veio com um papo doido de que queria passar o natal em Stratford. Quem sou eu pra negar

É claro que ela tinha saudades do pai, por mais que ela finja que não esta mais nem ai pra ele eu sei que ela sofre de saudades dele. Ele ligou algumas vezes mas eu recusei as chamadas por medo, qual é? eu não queria ter que escutar a voz insuportável dele.

O que mais me doía no momento era o fato de que eu queria passar o natal com Liv e Math, apenas nós três dentro do apartamento um distribuindo presentes para o outro, mas é claro que isso não irá acontecer... Eu vou passar trancada dentro de um quarto de hotel qualquer. 

Math chama muito pelo pai e isso me da nos nervos mas ele é apenas uma criança que não entende nada... ele esta sendo obrigado a passar por isso. 

-Esta pronta mamãe? -Liv disse parada na porta.

Seus cabelos estavam um pouco enrolados na ponta e totalmente lisos. Ela usava um sobre-tudo preto com um cachecol roxo, uma calça jeans e um par de botas. Eu estava igual a ela. 

-Sim anjo... cadê Math?
-Passei no quarto dele e ele esta dormindo. Você vai passar o natal comigo também?
-Não meu amor, eu vou deixar vocês na casa do seus avós e irei para um hotel, tudo bem?
-Não mãe... mas e você?
-Eu ficarei bem.

Ela apenas assentiu. Caminhei até o quarto de Math e o vi deitado dormindo serenamente... tão parecido com o pai.

-Anjo? -Disse passando a mão pelo seu cabelo.-Vamos
-Naw. -Ele disse engraçado e eu ri.
-Vamos ver o papai.
-uew -Ele pulou da cama me abraçando e eu sorri.

Peguei uma unica mala que eu levaria, passaríamos apenas o natal e o reveillon. Peguei Math no colo e sorri para Liv. Apaguei todas as luzes e descemos pelo elevador. Quando eu desci vi o táxi e sorri para Jonny, o porteiro. 

O lugar é ótimo, diferente da vizinhança que quando eu cheguei carregando dois filhos só faltaram me comer viva. Entrei no táxi e em minutos estávamos no aeroporto.

♀♀

Minha barriga revirava a cada vez que eu passava por todas aquelas casas. Sim, eu estava no taxi próximo a casa de Pattie. Respirei fundo antes de pagar o taxi e ele me ajudar a descer com as malas. Bufei encarando o casarão. Math vibrou assim como Liv que carregava um pequeno sorriso entre os lábios. Toquei a campainha e logo apareceu Pattie que veio correndo até o portão e que quase caiu.

-EU SABIA QUE VOCÊ VINHA! -Ela exclamou abrindo o portão. -Céus como eu senti a sua falta. -Disse ela me abraçando.
-Eu vim trazer as crianças apenas...
-NÃO. Entra apenas alguns segundos.

Mal tive tempo de falar alguma coisa e ela me puxou pra dentro da casa pegando Liv no colo com um pouco de dificuldade. Entramos dentro da casa e era estranho... eu me sentia uma intrusa ali, eu me sentia um idiota. Escutei vozes vindo da sala e minha barriga deu mil reviradas quando Pattie foi pra lá. Apareci na porta e vi uma cena que me quebrou inteira. Justin estava sentado com o braço por cima do ombro de Julia e ela com a mão na perna dele. Todos os meninos e namoradas deles estavam ali, menos Chris. O olhar se voltou pra mim e eu engoli seco voltando meu olhar pra Liv que parecia se sentir como eu... uma intrusa.

-Eu vim apenas trazer as crianças... Me desculpe o incomodo, Liv estava querendo vir então...
-Que isso Jennifer, você é da casa, sabe que pode vir quando quiser aqui.  -Isso pareceu incomodar Julia.

Justin já tinha levantado e pegado Math do meu colo mas sem antes me dar um sorriso sem graça. 

-Eu já estou de saída. Vim apenas pra você ver as crianças mas já estou indo pro hotel.
-Jennifer que hotel o que, você vai ficar aqui.
-Não Pattie, eu realmente não posso...
-Pode sim!
-Eu não irei me sentir muito bem, espero que me entenda. -Sorri pra ela que retribuiu.
-Vamos filha

Ela olhou pra mim com os olhos cheios de lágrimas. Justin ao menos tinha dado um oi para a garota. Ela assentiu e Carla foi correndo até ela lhe dando um abraço. Eu desejava nunca mais ver eles. 

-Filha. -Justin disse.

Ele me entregou Math e abraçou Liv... e ela correspondeu! Apertei Math contra mim mas ele logo foi roubado do meu colo por Ryan.

-Você ta grande em garotão? -Ele disse pegando na mão de Math.
-Esta mesmo em? -Jeremy disse aparecendo na sala- Que bom te ver aqui. -Ele disse me abraçando.
-É bom ver você Jer. 


O clima ali era super tenso, diferente do que eu tinha chegado, o ambiente estava feliz. Pattie me puxou pra cozinha e eu vi Diane e minha mãe ali engoli a seco. Droga, droga, droga. Minha mãe olhou pra mim e seu olhar congelou. 

-Ti... -Julia chegou na cozinha- Me desculpe atrapalhar algo... Tia, Justin pediu pra você fazer biscoito para as crianças. -Ela sorriu e saiu dali.

Tia? Ela chamou a minha mãe de tia? Vaga... Calma Jennifer, apenas relaxe. Sai da cozinha tomando Math da mão de Justin e pegando a mão de Liv rapidamente e puxando pra fora da casa escutando as pessoas me chamarem. Logo na porta vi minha mala ali e soltei a mão de Liv.

-Me segue. -Disse a ela que assentiu.

Respirei fundo sentindo a brisa do vendo bater contra meu rosto, eu tinha vontade de chorar e sair matando todos ali. JULIA CONQUISTOU ATÉ MESMO MINHA MÃE! Droga. Respirei fundo e acenei pro primeiro taxi que eu vi. Entrei dentro do mesmo e coloquei minha mala no porta-malas vendo Justin sair correndo de dentro da casa e vir até mim. Entrei no quarto e assim que ele ia colocar a mão na porta eu bati escutando ele gritando de dor, o que me fez rir claro. 

Eu ficaria em um hotel, tinha até pensado em ficar no chalé mas aquilo ia ser muito pra mim... preferia mil vezes ficar em um hotel. O táxi passava sobre as ruas nevoadas e eu respirava fundo tentando me achar naquele mundo.

Era estranho, antes eu me sentia a vontade aqui em Stratford mas agora eu não me sentia mais, eu não me sentia mais no meu lar... eu precisava encontrar meu ponto de liberdade.

Assim que o táxi parou em frente ao hotel eu tirei uma nota de vinte dólares e lhe entreguei. Um homem vestido de porteiro me ajudou com a mala. Fui até o hall do hotel. Aluguei uma suite. A mulher me deu um sorriso entregando um cartão magnético e eu sorri. O homem me acompanhou me levando até o quarto, passei o cartão e agradeci assim que ele colocou a mala ali e se retirou. Liv olhava todo o quarto e sorriu fraco. Math respirava fundo a cada três minutos no meu colo, ele dormia profundamente. 

-Liv, vai tomar um banho meu anjo. Tem toalha no banheiro!
-Ta bom mamãe.

Ela foi para o banheiro e eu deitei Math na cama observando cada detalhe de seu rosto, ele era tão parecido com Justin que chegava a me machucar de uma forma tremenda. Senti uma lágrima molhar meu rosto e a sequei rapidamente... e eu achando que eu tinha me tornado forte.

Sua idiota.

Coloquei travesseiros em volta de Math e caminhei até a janela observando o pequeno movimento de Stratford. Tirei as roupas da mala e escolhi um moletom para Liv, abri a porta e deixei em cima da pia. Em minutos ela saiu do banheiro e sorriu fraco deitando ao lado do Math. Peguei uma calça de moletons, uma blusa justa de mangas cumpridas e lingerie. Caminhei até o banheiro em passos lentos e suspirei ao sentir a água quente bater sobre meu corpo. Me encostei na parede sentindo a água molhar-me. Passei sabão liquido em meu corpo e lavei meus cabelos.

Peguei uma toalha e me sequei colocando minha roupa. Penteei meus cabelos e sai do banheiro vendo as crianças dormirem. Vi que a noite fria se instalava. Pedi serviço de quarto e alguns minutos depois atendi pegando o chocolate quente que pedi. Me sentei na cadeira de frente pra janela e coloquei meus pés sobre ela. É... irá ser uma noite longa.

♀♀

Eu terminava de colocar uma bota em Liv. Eu estava com um casaco grosso, uma touca e botas e Liv estava com as mesmas roupas que eu. Arrumei Math e ele não parava quieto.

-Filho por favor, coopera. Você não quer ver o papai?
-Papa... -Ele bateu palminhas e Liv riu.
-Ele vai adorar ver isso. -Disse baixinho.
-Vai mesmo. -Disse, olhando para ela que abaixou o olhar.

Terminei de arrumar Math e peguei minha bolça peguei na mão de Liv que resmungou. Math se olhava no espelho do elevador e ficava batendo no espelho o que fazia Liv rir. Corremos até um táxi que estava parado em frente ao hotel, lhe dei o endereço e ele dirigiu enquanto eu conversa com Liv e Math ria. 

-Obrigada. -Disse descendo do táxi.
-Eu estou animada.
-Eu sei. -Ri.

Toquei a campainha e alguns segundos depois Justin saiu de calça de moletom, sem blusa, de chinelos e com cara de sono. Ele passava a mão nos braços e um sorriso brincava em seu rosto. Abaixei meu olhar pra não ter que ver aquilo. 

-Filha. -Ele pegou ela no colo lhe deu um beijo na testa e sorriu. -Math
-Papa. 
-CARALHO.
-Justin não fale palavões na frente dele! -Disse brava e ele riu pegando ele do meu colo.
-Desculpa. Vem bebê, diz papai de novo diz.
-Papa. 
-ISSO! -Justin disse e Math começou a bater palma. Soltei um risinho e Justin olhou pra mim- Vai passar o natal conosco?
-Eu? Ah... não! 
-Por que? Liv, leva Math. Vovó ta fazendo biscoitos.

Ela apenas assentiu e foi caminhando com Math enquanto eu seguia os passos dela com o olhar, até ela desaparecer. Olhei pra Justin que me encarava.

-Em? por que?
-Você não acha que já esfregou demais sua namoradinha na minha cara, não?
-O que você ta falando? Eu não esfreguei Julia na sua cara coisa nenhuma, eu ainda evito ficar agarrado com ela perto de você.
-Ah claro. -Sorri irônica- E também natal se passa em família
-E a gente é sua família.
-Vocês não são minha família. -Soltei um riso irônico.
-Nós somos sim sua família Jennifer.
-VOCÊS NÃO SÃO MINHA FAMÍLIA -Apontei o dedo em seu rosto- TODOS VOCÊS ME ABANDONARAM QUANDO EU PRECISEI. A MINHA UNICA FAMÍLIA É LIV E MATH, A UNICA. 

Ele engoliu a seco e eu respirei fundo colocando a minha mão sobre a testa. Peguei minha carteira e tirei uma nota de cem dólares.

-Toma, é pra quando vocês forem comprar os presentes, as trocas de presentes.
-Não... eu pago Jenni, pode deixar.
-É Jennifer pra você, e pega logo. 

Ele bufou mas pegou. Dei as costas pra ele e comecei a andar sentindo um caroço se formar em minha garganta, eu tinha vontade de chorar. Eu tinha saudades dos natais que passávamos todos nós juntos, ele estragou tudo. Revirei os olhos e dei meia volta andando em direção a casa de Pattie, Justin ainda estava parado no portão e eu parei em frente a ele, ele me olhou com um sorriso enorme e segurou minha cintura.

-O que você acha que ta fazendo

Disse e tirei suas mãos de minha cintura. Ele arqueou as sobrancelhas me olhando.

-Você não veio aqui...?
-Não? -Falei obviamente.- Eu vim pegar a chave da sua casa, quero meu carro. 
-Ata... Eu posso ir lá com você.
-Eu posso ir sozinha, os seguranças estão lá?
-Não! Por isso eu vou com você.
-Eu vou sozinha, me da a chave. -Disse autoritária e ele bufou.

Ele entrou pra dentro da casa de Pattie e alguns segundos depois vi ele vindo até mim segurando uma chave. Ele me deu e eu nem dei tempo de deixar ele falar e sai andando até minha ex casa, que ficava perto dali. Alguns minutos depois em meio a pensamento eu já tinha chegado. Abri o portão e senti aquele cheiro de casa, meu estomago revirou me fazendo pensar no tempo que convivi ali com Justin, as coisas agora pareciam tão obscuras... Era horrível. 

Entrei dentro da casa e arregalei os olhos assim que entrei na sala e vi diversos retratos de fotos minhas com o Justin. Na mesinha da sala tinha uma dele e de Julia dando um selinho. Meu estomago revirou novamente, eu esperava nunca ter que ver aquela cena.

Me sentei no sofá sentindo as lágrimas descerem.

FlashBackOn


-Eu nunca me apaixonaria por outra mulher que não fosse você. -Beijou minha testa.
-Mas meu pai disse que...
-Eu disse aquilo porque ela estava insegura de entrar. É logico que eu queria que fosse você que estivesse ali.
-Nunca me deixa. -Se joguei em seus braços.- Eu sei que sou insuportável, chata e só faço merda. Mas promete me amar pra sempre e nunca, nunca me trocar?
-Eu te prometo. Eu te amo, e ei... -Ele tocou meu queixo- Você a insuportável mais suportável de aturar. -Abri um sorriso enorme e joguei em cima dele.


FlashBackOff

Ele era um canalha que além de me machucar, de me abandonar, de me trocar, ainda deixou meu coração todo estraçalhado sem ao menos se importar, ele era um idiota. Ele tinha definitivamente acabado com toda a minha vida. 

...

Continua


Próximos capítulos pegaram fogo!!!! 
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Beijos!!!

Um comentário:

  1. Aiiiiii caralho que perfeitoo!!
    Contiiiinua por favoooor!!! Beijoooswaggy ^^

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